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Xbox 360

Ghost Recon Advanced Warfighter

31/03/2006

da Redação
Quando o Xbox 360 foi anunciado, "Ghost Recon Advanced Warfighter" apareceu como um dos títulos que integrariam a primeira leva dos jogos do novo console da Microsoft. Desde aquela época, já se mostrava como um dos games de maior expectativa e os quatro meses extras de desenvolvimento parecem ter sido muito benéficos para a produtora fazer os últimos ajustes.

De fato, "Advanced Warfighter" é um dos primeiros games do Xbox 360 a se fazer sentir a chegada da nova geração de videogames, trazendo algo além de um visual com um pouco mais de resolução. O título vai além: o poderio do aparelho foi utilizado para criar um ambiente mais verossímil, seja pelas representações em grande escala, como a topografia de uma região, com destaques para os centros urbanos, ou pelas minúcias, como o pó que se levanta quando um helicóptero passa.

Guerreiro avançado

"Ghost Recon Advanced Warfighter" é uma evolução da série, que começou com fortes elementos táticos, mas acabou reforçado o lado da ação nas iterações seguintes. Aqui, os dois vetores se integram de forma harmoniosa, proporcionando uma experiência de jogo intensa, fazendo o jogador mergulhar numa guerra urbana.

É como um jogo tiro em primeira pessoa, com a vantagem que a visão também pode ser em terceira pessoa, que proporciona cenas mais dramáticas. No geral, esse modo é mais vantajoso, pois a tela de proporção de cinema permite um amplo campo de visão mesmo com o personagem ocupando, às vezes, boa parte da tela. Mas também traz elementos de comando de times, de reforço - tanto aéreo quanto terrestre - e de apetrechos tecnológicos, tudo sob a tutela do jogador.

Parece muito complicado e, de fato, é fácil ficar perdido em meio a tantos botões e funções. Naturalmente, a produtora incluiu uma fase de treinamento, em que ensina cada um dos movimentos do protagonista, o capitão Scott Mitchell, e como ele deve fazer para comandar seus subordinados.

Essa parte e tutorial dará o empurrão inicial, mas a plenitude do aprendizado virá apenas com as missões de fato. Quando chegar a esse ponto, poderá compreender como os comandos estão bem-planejados, com cada um dos botões realizando inúmeras tarefas, seja pelo modo de operação - toques curtos ou longos - ou pela dependência do contexto - quando a mira estiver sobre um objeto, como um caminhão, este passa a ser alvo das ações.

O sistema de controle básico é similar a outros jogos de tiro, como andar, mirar e atirar. Mas, "Advanced Warfighter" possui características um pouco mais realistas. A precisão da mira é ideal apenas quando você estiver parado, ou seja, esqueça qualquer pretensão de usar a tática do atirar e correr, pois além de sua mira ser totalmente ineficiente, bastam tomar poucos tiros para pôr tudo a perder. Sendo assim, a melhor posição para atirar é deitando. Nesse estado, a mira é a mais precisa possível, além de diminuir consideravelmente sua exposição aos tiros dos oponentes. A mobilidade só não é mais limitada porque é possível rolar para os lados.

Sendo assim, a tática mais importante, tanto para você quanto para seus subordinados, é se abrigar em locais em que se possa ficar a salvo. Felizmente, Mitchell é capaz de usar muito bem os obstáculos. Direcionando o personagem para uma parede ou muro, ele fica de costas para essa superfície, permitindo deslocar-se para os lados nesse estado.

Assim, de forma segura, ele pode comandar seus soldados ou os reforços para acabar com os oponentes. Nesse estado, você tem todo o tempo do mundo para mirar e basta apenas um pequeno ajuste apenas na hora de atirar. Com isso, sua exposição ao fogo adversário fica minimizada. E isso, pode acreditar, faz toda diferença em jogos como "Ghost Recon Advanced Warfighter". Mas não se preocupe, pois na maioria das situações não existe tempo-limite para cumprir as missões.

Por tudo isso, o andamento do jogo não é dos mais velozes, pois o jogador deve alternar entre fases de reconhecimento e de ação. Pular etapas é o caminho mais curto para um fim prematuro. Enfim, o título tem um lado cerebral, em que saber a localização dos inimigos de antemão é uma vantagem fundamental para passar as fases. Mas também há parte em que a ação corre solta, como nas missões a bordo do helicóptero Blackhawk, em que está a cargo de uma artilharia pesada. Aqui, o negócio de mirar e mandar chumbo, para espantar de vez o estresse.

Quarteto mágico

Mas nessa guerra você não luta sozinho. O capitão tem uma série de recursos que lhe auxiliam nas mais variadas situações. A presença mais constante são os seus três comandados, cada um com uma especialização diferente. Em geral, isso é apenas um detalhe, pois na hora que precisar de um fogo pesado para destruir veículos, por exemplo, o soldado adequado realiza essa ação.

"Advanced Warfighter" simplifica ao máximo os comando para os subordinados. Existe apenas a opção de enviar o grupo para um determinado ponto, seja apontando com a mira ou usando o mapa tático, ou de reagrupar todos para perto do capitão. Se der a ordem de avançar quando a mira estiver sobre um inimigo ou um veículo, o pelotão atacará esse alvo.

Além disso, há um botão que muda o comportamento do time. No modo Recon, o grupo anda silenciosamente, enquanto no Assault, eles atacam quem estiver pelo caminho. Tudo que seus companheiros estiverem vendo é transmitido num pequeno monitor no canto superior esquerdo da tela. Também há um canal de comunicação para seus superiores.

Tanto quanto sua sobrevivência, também é necessário garantir que o pelotão esteja bem, pois, se eles forem eliminados, você fica o perde permanentemente. E isso pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso das missões seguintes. Sempre que um companheiro estiver ferido, tente medicá-lo e tirar das situações de perigo por um tempo.

Assim como esses soldados, você também poderá, se for o caso, comandar tanques e helicópteros, dando ordens para atacar determinados alvos. O tanque também tem função tática, pois pode ser usado como um escudo móvel e você pode fazer o blindado avançar ou parar quando bem desejar, conforme a situação do combate.

Os inimigos apenas ficam identificados com um sinal vermelho se você ou seus companheiros o avistarem. Nesse sentido, o equipamento AUV Cypher é um olho biônico importante para fazer o reconhecimento de uma área. Você deve navegar esse dispositivo voador pelo mapa tático e os inimigos que forem identificados aparecerão em seu visor.

O mapa é um instrumento importante para se localizar nos complexos mapas do game. Como é mostrado em 3D, é possível ver as rotas e a topografia da região, tendo uma visão bastante completa do terreno. Além disso, esse mapa também serve para apontar para onde seus soldados e o Cypher deve seguir, além de mostrar a localização dos inimigos identificados e do alvo da missão.

Mapas de nova geração

É fácil perceber porque "Advanced Warfighter" para Xbox 360 é um jogo para a nova geração de consoles. Isso se mostra bem no começo, depois do treinamento, quando o capitão Mitchell está a bordo de um Blackhawk. Do lado de fora, percebe-se uma imensa cidade, com prédios até onde a vista alcança e o sol aparecendo no horizonte. Quando se olha diretamente para a intensa fonte de luz, todo o redor fica praticamente escuro, como que simulando uma situação real, graças à tecnologia de iluminação HDR, e isso é apenas o começo.

Não apenas a quantidade de prédios impressiona, mas todo desenho da cidade, em que cada região tem características diferentes. São áreas residenciais, blocos com prédios de escritórios e típicas fábricas, entre inúmeras variações. Praticamente não há repetição de instalações. No chão, a topografia é ainda mais impressionante, pois quase nenhuma rua ou construção é igual a outra. A sensação é de estar andando numa cidade real, tamanha a variedade e verossimilhança.

Existem diversos caminhos a seguir, que abre um leque de táticas amplo. Assim, o enfrentamento pode ficar mais ou menos feroz dependendo da posição que escolher para atacar. As missões são relativamente simples: quase sempre basta chegar num determinado ponto, fazer o que é pedido e depois seguir para outro local do mapa. Mas a progressão é comedida devido ao sistema de jogo, que, como mencionado, exige cautela para avançar.

Os detalhes também impressionam e ajudam a dar vida ao game, como o pó que se levanta quando helicópteros passam por perto. Quase todo o cenário, por mínimo que seja, reage às explosões e tiros: as paredes ficam marcadas e nuvens de areia ou pedaços de terra voam quando o projétil toca o solo. Objetos destrutíveis não são tão numerosos como se poderia imaginar e o nível de destruição também não é muito alto, mas mesmo assim, o visual é um show.

Porém, quem comanda mesmo o espetáculo são as fantásticas iluminações do game. Quase todas as tecnologias sobre o assunto foram empregadas aqui. Sombra no próprio corpo? Tem. A luz do sol é projetada nos objetos e personagens? Sim. Enfim, a iluminação é a mais realista possível, e isso deixa o visual com um aspecto natural. Isso não quer dizer que o gráfico seja fotorrealista, mas a o trabalho de luz e sombra dá um toque especial no ambiente.

Naturalmente, os personagens também estão mais detalhados que os jogos da geração anterior, mas o destaque mesmo fica para os veículos, como o próprio helicóptero Blackhawk ou os blindados, projetados magnificamente. Sempre que eles aparecem, o game ganha um ar mais cinematográfico. Se tudo isso já impressiona numa TV comum, que dirá numa HDTV. Nem toda essa sofisticação faz o console perder o fôlego, que mantém o desempenho do início ao fim.

Para combinar com uma produção tão sofisticada, "Advanced Warfighter" traz uma trilha épica típica de filmes que guerra de Hollywood. Os diálogos também são top de linha, mas o grande destaque vai para os efeitos sonoros. Os tiros e explosões se sobrepõem aos outros sons, de tão altos e pesados. Nesse caso é praticamente imprescindível um home theater para explorar todas as qualidades do áudio.

Xadrez com espingardas e bombas

O modo de campanha para um jogador não chega a ser extenso. As onze fases requerem cerca de dez horas para serem vencidas, mas há toda uma gama de opções multijogador para experimentar. E realmente o cardápio é variado, entre três modalidades cooperativas - inclusive uma campanha dedicada exclusivamente para o multiplayer - e quinze modos competitivos, sejam no sistema "cada um por si" ou divididos por times.

As opções são até tradicionais - inclui mata-mata, captura de bandeira e dominação territorial, por exemplo - mas tudo com um tempero de "Advanced Warfighter", ou seja, com uma veia mais tática. Além disso, uma série de opções, como as regras para "respawn" (renascimento), identificação de inimigos e canais de comunicação via voz, traz uma variedade de situações quase sem fim.

Mesmo com até 32 personagens (16 jogadores e 16 "bots"), o desempenho continua muito bom, e os atrasos de conexão, o chamado "lag", são apenas eventuais. Na maioria das vezes, isso quase não é percebido, mostrando a solidez do modo online do título. O visual fica menos impressionante, mas a diversão compensa esse detalhe.

Guerra de nova geração

"Ghost Recon Advanced Warfighter" combina ação e tática em doses equilibradas, com um sistema de jogo bem-projetado. O conjunto técnico e artístico é dos mais impressionantes, produzindo uma experiência digna de um console de nova geração, também graças a mapas que trazem cenários tão diversos que até parecem de verdade. Além de uma campanha desafiadora, há praticamente uma infinidade de modos online, que multiplicam a vida útil do game. Se há algum porém é que os novatos terão muito trabalho para se adaptar a tantos comandos e uma dificuldade relativamente alta.

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    Ghost Recon Advanced Warfighter (Xbox 360)

    67 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Ubisoft
    Lançamento: 09/03/2006
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1-16 jogadores, Xbox Live, cartão de memória
    Outras plataformas: PC
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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