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Juiced 2: Hot Import Nights

02/10/2007

THÉO AZEVEDO
Da Redação
Produzido pela Juice Games, "Juiced" passou por um desenvolvimento conturbado e quase não viu a luz do dia com a falência da Acclaim - no final das contas, a THQ colocou o título nas prateleiras, em 2005. É a mesma THQ que traz a continuação, "Hot Import Nights" que, por sinal, é tão dispensável quanto o original, não apenas por explorar um tema batido, mas por não fazê-lo de uma forma minimamente inovadora.

De novo

"Juiced 2 assume de vez a identidade da franquia com o "street racing" e o "tuning" - temas que, aliás, foram a tábua de salvação para os jogos de corrida arcade recentes -, tanto que traz no título "Hot Import Nights", fruto da parceria com a tour homônima que percorre os Estados Unidos para celebrar a cultura das corridas de rua. Basicamente, o jogo divide-se entre as corridas tradicionais e o "drift", que são as competições de derrapagem.

O modelo de pilotagem é completamente diferente de uma para outra. O mesmo veículo que se comporta da forma como era de se esperar na corrida (desde que não se leve o realismo tão a sério), parece acelerar sobre o gelo nas provas de derrapagem. Por um lado, é compreensível, afinal, a idéia é adaptar-se à modalidade em questão, mas a mudança é tão grande que fica impossível passar despercebida. Na verdade, a idéia é dificultar a vida do jogador no "drift". E dá certo: o carro sai de lado com uma facilidade incomum, obrigando o jogador a habituar-se a dois estilos de direção.

A estrutura do modo Career, o prato principal de "Juiced 2" começa com o básico, ou seja, montagem do personagem e escolha do veículo. Feito isso, é hora de enfrentar os primeiros desafios, que são uma espécie de ritual de iniciação às corridas e ao "drift". Depois, há dez ligas, de dificuldade crescente, com diferentes estilos de prova para as duas modalidades básicas. O recheio, naturalmente, são as opções para "tunar" os veículos, divididos em categorias como "Muscle Car" e "Super Car", com eventos específicos para cada uma.

Para progredir, não exatamente é necessário vencer a tudo e a todos. Pelo contrário: cada liga possui uma série de objetivos, variados e distintos, que vão desde ganhar uma aposta com um competidor até completar uma corrida na dianteira. É possível cumprir várias delas em uma prova apenas, o que poupa trabalho do jogador, que consegue avançar sem ter que obrigatoriamente jogar tudo. É um sistema justo, que premia a habilidade no volante.

O famigerado calendário de eventos de "Juiced" foi devidamente extirpado, então não é mais necessário pagar para competir. Agora, a grana serve apenas para apostar com outros corredores, o que é totalmente opcional, diga-se de passagem. Também não existem elementos não-lineares, como uma cidade aberta à exploração, por exemplo: em "Juiced 2", é um desafio após o outro, e pronto. Não há enredo - o que não chega a ser ruim, à medida que os games do gênero nunca conseguiram criar uma história decente.

Exame de DNA

Talvez o que mais decepcione em "Juiced 2" seja a inteligência artificial, que lembra os primórdios de "Mario Kart": quando se está à frente dos oponentes, eles conseguem manter-ser próximos; ao ser ultrapassado, parece que os adversários correm mais devagar para que o jogador mantenha uma distância mínima. Nos desafios finais, a IA tira pique não sei de onde para ultrapassar na reta de chegada, uma incoerência que não poderia ser mais irritante.

Supostamente, "Juiced 2" introduz um inovador recurso que determina o estilo de pilotagem dos competidores. Trata-se de um sistema chamado DNA que, por assim dizer, é pura perfumaria. Teoricamente, se um corredor adota um estilo agressivo, colide logo após uma manobra e usa muito nitro, seu "DNA" pega fogo, enquanto aquele que consegue ser preciso em sua performance ganha um status diferente, bem como o perfil que consegue um equilíbrio entre os dois extremos. Porém, na prática, é quase impossível distinguir um do outro.

No Xbox 360, o melhor está reservado para o modo Career online, que é uma cópia idêntica à mesma modalidade offline. Isso é bom e ruim: bom porque, obviamente, é muito mais legal competir contra adversários de carne e osso em um modo de longa duração; ruim porque, se você já jogou a modalidade offline, tem que fazer tudo de novo, exatamente igual. Melhor seria se a Juice Games tivesse adicionado algo novo ou então encontrado uma alternativa para conciliar os dois formatos. No caso do PlayStatio 2, pior ainda, pois nem modo online o console tem - no máximo, tela dividida.

Do ponto de vista visual, "Juiced 2" é ok, e só. As pistas são ambientadas em diferentes cidades do globo, então vez ou outra você reconhece um ponto turístico. Os carros receberam uma modelagem bacana, mas longe de impressionar, assim como as canções licenciadas da trilha sonora, no melhor estilo "nightclub".

CONSIDERAÇÕES

"Juiced 2" não é um game ruim, mas levando em conta a quantidade de títulos semelhantes (e superiores), torna-se dispensável. Além de se basear em um tema amplamente explorado, o "street racing", o faz de um modo nada inovador. E, quando tenta implementar algo novo, como o "DNA", falha. No Xbox 360, vale pelo modo carreira online, mas no PS2, melhor fica com "Need for Speed" mesmo.

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    Juiced 2: Hot Import Nights (Xbox 360)

    48 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Juice Games
    Lançamento: 17/09/2007
    Distribuidora: THQ
    Suporte: Cartão de memória, Xbox Live
    Outras plataformas: DS PC PS3 PSP PS2
    RegularAvaliação:
    Regular

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