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Jumper: Griffin's Story

28/03/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Desde o lançamento de "Enter the Matrix" virou moda criar jogos inspirados em filmes que mostram eventos que não puderam, independentemente dos motivos, ser mostrados nas telonas. "Griffin's Story" é um exemplo deste tipo de produto, que tenta complementar a história do longa "Jumper", mas, além de falhar na tentativa, não consegue nem mesmo oferecer um entretenimento decente.

Saltando pelo mundo

"Jumper", o filme, conta a história do jovem David Rice que por acidente descobre ser capaz de se teleportar para qualquer lugar que já tenha visto, seja pessoalmente ou através de fotos ou vídeos. Filho de uma família desestruturada e sem grande base moral, ele nunca questiona a origem de seus poderes e resolve fugir de casa, mantendo um alto padrão de vida em Nova York às custas de roubos a banco que promove graças a seu dom. Tudo vai bem até ele ser rastreado por um grupo de guerreiros autodenominados Paladinos, que caçam e matam esses tais "Jumpers".

No meio da trama, com o perdão do trocadilho, salta o tal Griffin, outro jovem com os mesmos poderes de David que parece ser bem experiente, não só em se teleportar pelos quatro cantos do mundo, mas também em enfrentar os tais Paladinos. Sim, parece, uma vez que o personagem não é desenvolvido no filme. Suas motivações ou histórico nunca são mencionados e ele está ali somente para viabilizar algumas cenas de ação espetaculares e dizer a David certas coisas para fazer com que a história chegue a seu clímax. Coisa de roteiro furado.

Então você curtiu o filme e espera que o jogo preencha os furos da trama? Infelizmente isso não acontece. O jogo, ao contrário do que o título pode indicar, não faz muita questão de aprofundar a mitologia do universo dos "Jumpers" e recicla eventos e cenários do filme, misturando gráficos renderizados com alguma arte imitando histórias em quadrinhos, dando vida a uma combinação indigesta.

Batendo e pulando

A mecânica é a mais batida possível: você enfrenta intermináveis legiões de Paladinos idênticos durante todo o jogo, utilizando seus poderes. No Wii, isto é feito por meio de uma mira com o Wii Remote, que parece ser um pouco desengonçada durante lutas mais intensas. No Xbox 360, os comandos funcionam pelos botões frontais e têm um pequeno toque estratégico, uma vez que cada inimigo tem blindagem voltada para uma determinada direção, mas não há muito o que pensar além disso e de um pequeno sistema de combos. É o tipo de jogo que poderia ter várias outras características e ainda ser terminado apenas pressionando os mesmos botões repetidamente para matar os inimigos.

Para quebrar um pouco o ritmo há algumas ações, digamos, cinematográficas. Durante as lutas surgirão momentos em que Griffin poderá lançar os inimigos, como no filme, em situações bem extremas. Como teleportá-los para o alto de um prédio e jogá-los lá de cima. É algo bacana de se ver, mas depois de tanta repetição, são eventos que se tornam cansativos e aumentam ainda mais o sofrimento.

Tudo piora com os aspectos técnicos: como um típico jogo ruim feito para acompanhar a estréia de um filme nos cinemas, fica claro que "Griffin's Story" foi realizado às pressas e sem muito cuidado. A versão do Wii é, obviamente, mais pobre visualmente e apela mais para o visual cartunesco, com personagens feitos em "cel-shading". Mas ambas sofrem com graves problemas de colisão, texturas que somem e lentidão em geral - no Xbox 360, em especial, a câmera é ingrata, o que torna algumas passagens intragáveis. O mais frustrante, todavia, é apertar os botões de ataque contra os inimigos e ter a sensação de não estar atingindo nada, mesmo que não seja isto que aconteça na tela.

CONSIDERAÇÕES

A mesma história se repete, a tal maldição dos jogos licenciados: com a pressa de fazer algo para coincidir com o lançamento do filme nos cinemas, testemunhamos um verdadeiro conjunto de defeitos e idéias recicladas. "Jumper: Griffin's Story" é fraco tanto como jogo quanto como complemento para o filme, em ambas as versões, ainda que a do Xbox 360 seja levemente superior, simplesmente por ter o sistema de luta um pouco mais robusto e visuais mais consistentes.

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    GALERIA

    Jumper (Xbox 360)

    3 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Brash Entertainment
    Lançamento: 12/02/2008
    Distribuidora: Brash Entertainment
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: WII PS2
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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