UOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos onlineUOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos online
UOL BUSCA

Xbox 360

Kingdom Under Fire: Circle of Doom

24/01/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
A franquia sul-coreana "Kingdom Under Fire" nunca foi exatamente uma campeã de vendas mas, apesar de um inexpressivo começo no PC, conseguiu conquistar uma fiel legião de fãs com dois excelentes jogos para o Xbox original, " The Crusaders" e " Heroes".

Eles apresentaram uma interessante mistura de ação e estratégia em tempo real, com grandes campos de batalha que obrigavam o jogador lutar contra inúmeros inimigos ao mesmo tempo enquanto comandava as ações e o posicionamento dos regimentos. Um modelo muito mais sofisticado e compensador do que, por exemplo, as incontáveis variações de "Dynasty Warriors", da Koei. Agora, com "Circle of Doom", essa mistura foi descartada em detrimento do foco na ação incessante com toques de RPG, algo que com certeza dividirá os fãs.

Seis histórias

"Circle of Doom", na verdade, parece mais como um capítulo paralelo, já que sua confusa trama - que transita entre o mundo real e o mundo do sonho - parece começar pela metade, presumindo que o jogador já esteja familiarizado com a mitologia do universo de "Kingdom Under Fire", algo que também ocorreu com o título anterior.

Momentos de violência e sedução
Somos apresentados, então, aos cinco personagens principais selecionáveis - Kendal, Regnier, Celine, Leinhart e Duane -, heróis de diferentes capítulos da série. Todos têm personalidades bem definidas; têm design, estilo de combate e habilidades bastante distintas entre si e cada um possui sua própria história e caminho, fazendo o jogo funcionar como uma antologia de cinco partes - ou melhor, seis já que há também Curian, um personagem extra para habilitar.

Com algumas alterações e simplificações, os mais ágeis parecem funcionar como em "Ninja Gaiden", enquanto os mais fortes e pesados parecem ter saído do próprio "Dynasty Warriors", sempre respondendo bem aos (poucos) comandos disponíveis.

Ação pura

Com a queda dos elementos de estratégia e controle de soldados, tirando a necessidade de comandar as tropas no campo de batalha durante os caóticos confrontos, as atenções em "Circle of Doom" se voltam para a pura e plena pancadaria, como no clássico "Diablo". Com uma leve administração de itens e habilidades, o jogador deve se aventurar por caminhos lineares repletos de objetos destrutíveis, divididos basicamente por seis "dungeons" (masmorras), que têm elementos que surgem de maneira aleatória. O objetivo é destruir incontáveis hordas de inimigos repetidas vezes.

O combate, apesar de apresentar poucas variantes, é intenso o suficiente para agradar aos fãs mais ardorosos de jogos de ação, mas não mostra maiores atrativos para, digamos, os não-iniciados.

Força bruta e magias
A grande variedade de ataques especiais somada às armas, armaduras e outros itens, e até mesmo de um sistema de aperfeiçoamento dos mesmos através de fusões, parece mera perfumaria, já que, além de apresentar uma interface pouco amigável, a esmagadora maioria das 40 horas de jogo se resumirá mesmo a pressionar as mesmas combinações de botões de ataques básicos.

Como dito antes, é algo que fará a alegria de uma pequena parcela de jogadores que não dispensa uma boa dose de pancadaria à moda antiga, como nos fliperamas de "Knights of the Round" ou "Dungeons & Dragons" na década de 90 - aliás há um bom modo cooperativo, que só funciona pela Live, colocando até quatro jogadores na disputa. Infelizmente para o jogador casual, ou talvez alguém simplesmente mais jovem, acostumado a jogos mais complexos, o design de "Circle of Fire" parecerá simplório demais.

Ambientação envolvente

Heróis em ação
Apesar do modo de jogo curto e grosso, "Circle of Doom" tem uma ambientação extremamente detalhada. Desde os cenários até inimigos, itens e personagens foram desenhados com grande capricho e singularidade, utilizando bons efeitos especiais de brilho e reflexos, para criar uma atmosfera singular, e em alguns momentos até mesmo perturbadora, diante do design exótico de certas criaturas. A variedade também impressiona, já que são dezenas de modelos de monstros e armas à disposição.

O áudio também contribui bastante para a sensação de imersão, principalmente graças à imponente trilha sonora que pontua bem a ação e os momentos de desenvolvimento da história, mesmo que perca pontos devido à fraca dublagem e tradução para o inglês, aspectos que já afetam a franquia há tempos.

Apesar de contar com alguns momentos em que há uma notável queda de quadros por segundo e o mau posicionamento da câmera em determinados pontos, em geral o jogo exibe bons desempenho e performance, inclusive em partidas online, desde que não haja problemas na conexão do jogador que hospeda a sessão.

CONSIDERAÇÕES

"Kingdom Under Fire: Circle of Doom" parece um retrocesso para a franquia, mas deve ser encarado com cuidado, como um capítulo à parte, uma boa experiência para agradar ao nicho de jogadores que só se importa com ação desenfreada. Só não funciona fora deste espectro, já que para um público casual irá parecer limitado e repetitivo em relação aos padrões atuais.

Compartilhe:

    Receba Notícias

    GALERIA

    Kingdom Under Fire: Circle of Doom (Xbox 360)

    55 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Blueside
    Lançamento: 08/01/2008
    Distribuidora: Phantagram
    Suporte: 1-4 jogadores; Xbox Live
    Outras plataformas: PC
    RegularAvaliação:
    Regular

    Shopping UOL

    UOL Jogos no TwitterMais twitters do UOL
    Foots - Jogo social online para Orkut
    Hospedagem: UOL Host