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Mark of the Ninja

Claudio Prandoni

Do UOL, em São Paulo

01/11/2012 12h04

"Mark of the Ninja" consegue traduzir para o universo 2D a mesma ação furtiva e cheia de bugigangas de "Batman: Arkham City".

O game da Klei traz gráficos lindos, com qualidade de desenho animado, e controles extremamente precisos que tornam o simples ato de controlar o ninja uma diversão.

Dentre tantos ótimos títulos exclusivos para download lançados em 2012, "Mark of the Ninja" desponta como uma das produções mais competentes e refinadas da temporada.

Introdução

Depois de impressionar com a dupla de títulos de ação da série "Shank", o estúdio Klei Entertainment usa o expertise para trilhar o caminho oposto em "Mark of the Ninja".

No lugar de porradas e tiros ininterruptos, entra em cena a furtividade dos ninjas, com seus golpes precisos, habilidades atléticas e diversas bugigangas. Tudo isso em um jogo com o mesmo detalhado visual 2D que o estúdio já mostrou em "Shank".

Pontos Positivos

Controles precisos

A parte mais divertida de "Mark of the Ninja" é simplesmente controlar o protagonista. Versátil, o herói pode escalar paredes, segurar em beiradas, pendurar em cordas, se esconder nas sombras, aniquilar inimigos com um golpe de espada e muito mais.

O ninja é capaz de dar conta de qualquer situação apresentada de muitas maneiras diferentes. Com prática e habilidade, é possível realizar tudo com precisão, elegância e rapidez - qualidades todas que são convertidas em pontos de bonificação.

Arsenal ninja

O ninja titular dispõe no começo apenas de alguns poucos artifícios, mas logo seu cardápio de equipamentos abre de forma tentadora. Além de golpes próprios para diversas situações - como matar inimigos ao se pendurar em uma corda ou atrás de portas - há opção de comprar equipamentos dos mais diversos.

Bombas de fumaça, estalinhos, caixas de papelão (!), armadilhas terrestres e muito mais compõem o arsenal do guerreiro, sendo que cada item funciona de uma maneira diferente e possibilita criar variados estilos de jogos e furtividade.

De fato, "Mark of the Ninja" acaba lembrando muito o estilo de "Batman: Arkham City", em que o Morcegão dispõe de várias traquitanas para acabar com os bandidos como bem entender.

Visual caprichado

Os dois episódios de "Shank" já marcaram pelo incrível visual em 2D, caprichado como nos melhores desenhos animados, e isso continua em alta em "Mark of the Ninja".

Em uma história de vingança cheia de clichês e reviravoltas previsíveis, animações competentes se aliam ao caprichadíssimo visual das fases, que mescla personagens bem animados com cenários cheios de minúcias e uma infinidade de indicadores de jogo, como alcance de barulhos que podem alertar os inimigos e feixes de luz.

A princípio, pode parecer uma grande salada, mas o jogo faz um excelente trabalho de apresentar aos poucos cada conceito e novidade.

Novamente, a comparação com "Batman: Arkham City" é válida, já que a aventura do herói da DC apresenta um esquema parecido, com vários indicadores na tela norteando suas ações.

Pontos Negativos

Alarmes impiedosos

Como em qualquer jogo de furtividade, há sempre o desagradável momento em que os inimigos encontram o herói e tentam dar cabo dele.

Enquanto Solid Snake, Batman e Sam Fisher conseguem utilizar suas armas e proezas para fugir e reorganizar as ideias, o pobre guerreiro de "Mark of the Ninja" não tem a mesma sorte.

Quando os inimigos te encontram é mais fácil se deixar matar ou escolher a opção de voltar para o último checkpoint e tentar de novo, já que os ataques são implacáveis. A saúde do ninja aguenta poucos ataques e a bagunça que se estabelece é tamanha que fica difícil colocar tudo em ordem e continuar a fase.

Nota: 9 (Excelente)