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Rock of Ages

ANDRÉ FORTE

Colaboração para o UOL

09/09/2011 10h00

Com modo multiplayer divertido e uma trama engraçada, os únicos defeitos de "Rock of Ages" são sua câmera pouco usual e a repetição de elementos decorativos no cenário. O game é competente onde precisa: na diversidade e ritmo acelerado da sua mecânica, seja na estratégia de formar seu exército ou na corrida frenética destruindo barragens, soldados e fortalezas antes do adversário.

Introdução

Ação e estratégia pontuam o ritmo de "Rock of Ages". No controle de uma enorme bola de pedra, você deve destruir as fortalezas inimigas, ao passo que a estratégia se dá exatamente no caminho oposto: elaborar e organizar sua barreiras, armamentos e soldados no mapa para evitar que a pedra do inimigo faça o mesmo com o seu território.

Essa divertida mecânica é apresentada em uma trama ambientada em períodos históricos diversos, passando por épocas e locais famosos como Roma, Florência, Esparta e Valáquia.

Pontos Positivos

Ação e estratégia bem encaixadas

"Rock of Ages" combina o ritmo cadenciado dos jogos de estratégia com ação rápida e constante. Os elementos estratégicos são simples como barragens e plano de defesa de territórios, com catapultas e soldados. Já a ação é frenética e é difícil analisar os movimentos do oponente enquanto controla sua bola para destruir as fortalezas inimigas.

Mesmo no turno de defesa, é preciso pensar rápido e conhecer bem o mapa para melhor posicionar suas unidades, o que dá ao jogo uma dose salutar de tensão.

Desafio elevado

Os mapas do game não são muito grandes, mas oferecem um grau de desafio elevado em cada fase. Os adversários são rápidos na formação de barreiras e aprendem com o comportamento do jogador, adaptando seus muros ao trajeto de sua preferência.

No modo multiplayer, as partidas rolam em tela dividida ou online, com duas modalidades: "War", que reproduz as partidas contra a máquina e "SkeeBoulder", onde ganha quem somar mais pontos destruindo os alvos no mapa.

Humor na medida certa

Antes de cada guerra, personagens caricatos apresentam os objetivos. Durante o game, fatos históricos, unidades malucas como vacas lutadoras e referências da cultura pop se misturam. Logo no começo, o Rei Leônidas, de Esparta, marcha diante de seus soldados e, como em "300", motiva a tropa gritando e chutando um personagem: não um inimigo, mas sim o personagem do jogador. Piadas simples, mas bem colocadas, divertem o jogador durante a campanha.

 

Pontos Negativos

Visual repetitivo

O estilo visual de "Rock of Ages" agrada pela mistura competente de elementos 3D dos objetos, o traço estilizado da paisagem e soldados feitos de papel, mas o jogo peca pela repetição exagerada desses itens. Objetos que deveriam servir para decorar os campos de batalha, mas acabam cansando pela falta de originalidade e diversidade, independente da época e local em que a fase se passa.

Câmera atrapalhada

Problema comum em jogos de ação, uma câmera atrapalhada incomoda o jogador em "Rock of Ages". Basta encontrar barreiras ou inimigos, ser obrigado a circular inimigos ou realizar uma curva brusca para a câmera ficar instável e tomar um tempo precioso para ser ajustada. Além de incômoda, a tarefa deixa o jogador em desvantagem quando enfrenta um adversário controlado pela máquina, já que para ela, a câmera não faz diferença.

Nota: 8 (Ótimo)