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Silent Hill: Homecoming

17/10/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
"Silent Hill: Homecoming" é um marco na famosa franquia de horror da Konami por consolidar a atitude da empresa em passar o controle da série, com fortes raízes no terror japonês, para equipes ocidentais, iniciada em "Silent Hill: Origins", no ano passado.

Por fim nem tudo mudou, uma vez que este primeiro título da série voltado para a geração atual de consoles acabou supervisionado pelo produtor e compositor Akira Yamaoka, veteraníssimo na série. O que ficou foi a sensação de um típico "Silent Hill", sem maiores mudanças estruturais, com uma narrativa típicas da cultura ocidental que acabou por diluir um pouco do charme e do mistério da franquia.

Novo herói, nova cidade

A trama de "Silent Hill: Homecoming" apresenta um novo herói, Alex Shepherd, um soldado ferido em combate que está a caminho de casa, na pequena cidade de Sheperd's Glen. Assombrado por pesadelos que giram ao redor de seu irmão mais novo, Josh, Alex encontra o lugar tomado por uma estranha névoa e sua mãe em estado catatônico. Para tornar a situação ainda mais intrigante para ele, o ex-combatente descobre que o pai desapareceu ao sair em busca de Josh.

Clima de tensão está sempre presente
Logo Alex passa a ser atormentado por visões aterrorizantes de figuras célebres da franquia, além de outras referências ao passado que só fãs da série irão reconhecer. Tudo piora quando ele se vê explorando a cidade de Silent Hill, que é vizinha de Shepherd's Glen, e começa a desvendar um grave segredo ocultado por sua família a respeito das origens do lugar.

Entre flashbacks e viagens extradimensionais típicas da franquia, o roteiro de "Silent Hill: Homecoming" acaba se diferenciando dos outros por sua previsibilidade, em uma discrepância que é mais facilmente notada entre filmes de terror japoneses e os norte-americanos. Enquanto o cinema japonês não pára para tentar criar explicações mundanas para fenômenos sobrenaturais, utilizando esta falta de regras para criar suspense, o cinema hollywoodiano pega o espectador pela mão e tenta dar tudo mastigado, lhe poupando alguns neurônios na hora de encaixar todas as pistas e preencher sozinho certas lacunas.

Acontece aqui, por mais interessante que seja a história e que se encaixe bem dentro da mitologia da série. A maneira como ela é apresentada sofre deste decepcionante ranço do grande entretenimento ocidental. O script faz questão de telegrafar pistas óbvias permitindo que o jogador preveja reviravoltas a quilômetros de distância. Ao menos há algumas pausas na história para que o jogador faça certas escolhas morais, decidindo o destino de determinados personagens, que podem levar a um final "bonzinho" ou a quatro outros bem menos benevolentes. Ajuda, mas não salva o jogo de uma narrativa pasteurizada e menos instigante.

Batendo em monstros

A escuridão te acompanha
Além da mudança na narrativa, "Silent Hill: Homecoming" tem algumas mudanças técnicas dignas de nota, assim como as de sua mecânica básica. Este novo game logo se revela muito mais voltado para a ação, colocando Alex como alguém que não tem medo de partir para a pancadaria, por mais medonho que seja o oponente. Além de contar com armas brancas e de fogo, o soldado pode apelar até mesmo um oportuno movimento de esquiva para se salvar de ataques. Nem sempre o combate funciona, principalmente quando você tem que lutar contra vários inimigos e se defender de todos eles ao mesmo tempo, mas dentro do clima de pesadelo do jogo, certa imprecisão pode até ser perdoada.

Já a apresentação é mais conservadora, mantendo o sempre competente Yamaoka sob controle da pontual e envolvente trilha sonora. Também são utilizados todos os truques visuais e artifícios dos jogos anteriores (além dos vistos no filme de 2006), como transições de cenas, simbologias, monstros escondidos na penumbra e portas calculadamente intransponíveis.

Pelo menos a geração de alta definição foi capaz de reduzir os irritantes tempos de carregamento à cada porta ou passagem aberta, assim como propiciou maior liberdade de movimentação e de controle de câmera. É mais fácil navegar e explorar os cenários, melhorias que mereciam alguns quebra-cabeças e mistérios mais elaborados, deixando o enredo linear com um aspecto um pouco mais sofisticado.

CONSIDERAÇÕES

"Silent Hill: Homecoming" é mais ágil, mais intuitivo e mais simples que os anteriores. Tais mudanças, ao menos para certos fãs mais ardorosos, podem ter justamente acabado com o grande charme da franquia, o que não é de todo justo. Embora não seja especialmente inteligente ou tecnicamente corajoso, o jogo ainda preserva qualidades suficientes para intrigar uma boa parcela de seu público-alvo e manter a franquia respirando com dignidade.

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    Silent Hill: Homecoming (Xbox 360)

    135 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: The Collective
    Lançamento: 30/09/2008
    Distribuidora: Konami
    Suporte: 1 jogador
    Outras plataformas: PC PS3
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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