UOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos onlineUOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos online
UOL BUSCA

Xbox 360

Small Arms

24/11/2006

da Redação
A Xbox Live Arcade é uma fonte rica de jogos clássicos e títulos originais que se baseiam em mecânicas de uma era passada. A Gastronaut Studios, de "Fuzzee Fever", percebeu que um famoso jogo da Nintendo se encaixaria como uma luva para o robusto recurso de multiplayer online que o Xbox 360 possui. Além disso, não há nenhum game desse formato para o console da Microsoft.

Não dá para esconder que a inspiração de "Small Arms" é "Smash Bros.", game maluco de luta lançado originalmente para Nintendo 64. O mote era colocar as principais estrelas da Nintendo numa briga desenfreada, mas cômica. O game da Gastronaut não tem famosos, mas traz boa parte da diversão da fonte, ainda mais na modalidade com vários jogadores.

"Small Bros." ou "Smash Arms"?

"Small Arms" é um jogo de combate que acontece em arenas pequenas, com várias plataformas. A visão é lateral e até quatro personagens ficam se digladiando para ver quem sobra no final. A diferença em relação a "Smash Bros" - ou nem tanto - é que todos possuem armas de fogo desde o começo, e é possível atirar para todas as direções.

O game conta com 12 personagens - mas apenas oito estão disponíveis de imediato -, cada um mais maluco que o outro. Eles parecem prestar homenagem a alguns jogos famosos. A ninja Fox Claw é clara referência a Fox McCloud, protagonista de "Star Fox" e participante de "Smash Bros.", ambos da Nintendo. Há também um porco assassino equipado com um rifle de precisão, como querendo imitar o agente 47, de "Hitman", e um robô marine espacial, Unit 51, que lembra o personagem de "Doom".

Ao contrário do game da Nintendo, em "Small Arms", os personagens não diferem muito uns aos outros. Na verdade, muda mesmo apenas a arma inicial. Quem já viu "Smash Bros", não terá dificuldade com nos controles. Os bonecos correm, pulam (até duas vezes), deslocam-se com jatos e atacam com socos e chutes. O intuito é causar o maior dano possível aos adversários ou fazê-los cair pelos precipícios.

Pequenas armas, grandes estragos

A novidade do game é a presença das armas de fogo. A maioria pode ser disparada para todas as direções usando a alavanca direita para mirar, muito como em "Geometry Wars". As armas também possuem dois modos de disparo. Essa mecânica de tiro é um fator complicador no início, pois não é nada fácil conciliar os dois analógicos e ainda os botões principais, para os pulos e os ataques corpo-a-corpo.

Se você é um jogador de certa experiência, deve pegar o jeito em cerca de uma hora. Já os casuais, deverão ter um pouco mais de dificuldade - aliás, o game não é tão casual assim. Essa mecânica um tanto "multitarefa" é o que impede "Small Arms" de agradar logo de cara, principalmente no modo para um jogador. O deslocamento com inércia também não ajuda muito.

Há limite de munição para as armas. Para contornar isso, basta pegar balas extras, que se materializam em determinados pontos das fases, assim como comida e outras armas. Sim, você pode pegar outros tipos de equipamentos. Como dito, cada arma tem dois modos de disparo: a metralhadora de Marky Kat, por exemplo, dá rajadas rápidas com o tiro primário e uma carga pesada, mas curta, como uma espingarda, se ativada com o botão secundário. Saber as características de cada arma é a chave para a vitória.

Seis graus de separação

Em "single player", as opções são Mission, Training e Challenge. O segundo ensina na prática os comandos, e, de quebra, ainda dá uns pontinhos de conquista. O domínio dos comandos só vem com o tempo mesmo. Na Mission, o jogador enfrenta diversas fases, contra um, dois ou três oponentes, além de contar com fases-bônus, que ficam disponíveis numa opção separada. É um minigame simples, mas divertido. Além de conquistas, a modalidade serve para liberar personagens. Na Challenge, o objetivo é eliminar quantos inimigos puder com um punhado de vidas.

No entanto, "Small Arms" fica muito melhor na modalidade multiplayer. O jogo que o inspirou já era assim, mas aqui, todo o potencial é revelado com a rede online. Nada de rotinas previsíveis - não que o computador seja um oponente fácil -, apenas a individualidade de cada um. Tem aqueles mais agressivos e outros que preferem usar de malandragem, ficando longe da confusão e atacando de uma distância segura. De qualquer maneira, a probabilidade é de combates mais que malucos e divertidos, não importando o resultado - de preferência empurrando seu oponente com a vida cheia para um precipício, para humilhar.

A confusão gera boas risadas, mas também traz um efeito indesejado. Muitas vezes você perde seu personagem de vista, principalmente numa TV de resolução padrão. Quando você percebe, pode ser tarde demais.

O desempenho do multiplayer é muito bom. Mesmo com adversários com "ping" não muito recomendável - um ou dois traços no medidor -, as lutas correm bem. Não há travamentos. Quando ocorre atrasos de comunicação, os personagens ficam se "teletransportanto" em pequenos intervalos. Mas como há muita confusão, é mais provável que você não perceba nada. Às vezes acontece de você ser desconectado da partida.

Desenhos minimalistas, literalmente

Apesar de os controles serem de um game 2D, os cenários são todos em 3D. As fases têm temas específicos e as estruturas são inventivas. Tem até um cenário no meio de um tornado, como se estivesse dentro do filme "Twister" - bem, talvez não tão frenético. Há ambientes que acontecem num trem, num mercado persa ou numa plataforma de lançamento de foguetes. Todos eles têm várias passagens, que garantem acesso e rotas de fuga dos mais variados. Mas também há armadilhas.

O visual não tem muita personalidade, mas está adequado ao tema. Os personagens, do estilo "badboy fofurinha", também não são dos mais visualmente carismáticos, mas algumas biografias divertem, como a de Pector El Pollo, um galo de briga... de luta-livre mexicana.

A trilha sonora apenas marca o ritmo, sem muita melodia. Mas realmente não precisa. O que dá o tom são as armas, as explosões e os gritos dos guerreiros. Tudo bem caótico, como são os combates.

Embates malucos na rede

"Small Arms" conseguiu captar boa parte da diversão de "Smash Bros." e levou suas lutas para o ambiente online, um "habitat" natural como um game como esse. O arranca-rabo multiplayer é divertido e perfeito para uma reunião informal, seja física ou virtual, e pagam, som sobras, os 800 pontos (US$ 10) investidos. Por outro lado, jogar sozinho só serve mesmo para liberar mais personagens.

CONSIDERAÇÕES

Compartilhe:

    Receba Notícias

    GALERIA

    Small Arms (Xbox 360)

    9 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Gastronaut Studios
    Lançamento: 22/11/2006
    Distribuidora: Gastronaut Studios
    Suporte: 1-4 jogadores, Xbox Live
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

    Shopping UOL

    UOL Jogos no TwitterMais twitters do UOL
    Foots - Jogo social online para Orkut
    Hospedagem: UOL Host