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Spare Parts

23/02/2011 15h09

De tempos em tempos, mesmo as grandes produtoras, proprietárias de marcas consagradas entre os videogames, precisam experimentar e colocar novas idéias no mercado. Algumas emplacam, outras são ignoradas pelo público e esquecidas na beira do caminho.

O crescimento da distribuição digital também facilitou esses experimentos, ao reduzir o custo para colocar o jogo desconhecido no mercado. É nesse cenário que a Electronic Arts nos entrega "Spare Parts", um jogo de plataforma tridimensional em que dois robôzinhos, Chip e Mar-T, exploram um planeta exótico e enfrentam um exército de robôs malvados.

Indicado para menores

Veja cenas de ação em "Spare Parts"
O roteiro simples não deixa dúvidas quanto ao público que "Spare Parts" é um game para os jogadores mais jovens. Logo no começo, a nave dos robôs cai nesse planetinha e os personagens são guiados pelo computador de bordo, dublado pelo ator inglês Simon Pegg, em sua aventura: encontrar partes da nave espalhadas pelo mundo e também peças para seus corpos cibernéticos. É aí que está o cerne da mecânica de "Spare Parts": cada nova peça acrescenta uma habilidade diferente ao robô.

As peças podem ser trocadas ao toque de um botão e assim o jogador consegue atingir áreas antes inacessíveis ou encontrar objetos escondidos e passagens secretas. Na nave, basta navegar pelo mapa para retonrar aos estágios anteriores e explorar o cenário com suas novas habilidades e ferramentas.

"Spare Parts" é um jogo competente dentro do que se propõe: seus estágios são bem elaborados, com vários recantos para explorar, passagens secretas e itens escondidos. Cada inimigo pede por um golpe ou habilidade específico, mas o jogador pode atravessar o game apertando o botão de ataque sem se preocupar com combinações, sequências ou movimentos especiais.
Ator Simon Pegg é dublador do jogo
Mesmo as atividades cooperativas, que em outros games exigiriam a participação de outro jogador, podem ser resolvidas com um único robô. Assim, o jogo sempre procura divertir e dar opções para o jogador, sem frustrar os mais jovens, que poderiam ficar "encalhados" em alguma fase mais complexa.

Problemas existem, claro. Em alguns momentos a câmera atrapalha e prejudica o salto entre as plataformas. O mesmo acontece com os controles, que não são tão precisos quanto o gênero exige. Mas talvez a maior falha de "Spare Parts" esteja na falta de personalidade. As fases são bem feitas, os personagens têm habilidades interessantes, mas não há nada ali que outros jogos não tenham feito antes e os robôs não tem o carisma de heróis como Super Mario ou os Sack Boys, por exemplo.

Nota: 7 (Bom)