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Stuntman: Ignition

07/09/2007

THÉO AZEVEDO
Da Redação
"Stuntman: Ignition" mantém o mote da versão original lançada para PlayStation 2 em 2002, ou seja, você assume o papel de um dublê de Hollywood que dirige veículos variados, de carros a motocicletas, passando por caminhonetes e "bif foots", em uma série de cenas arriscadas. A tecnologia da nova geração, como era de se esperar, fez muito bem à franquia, mas o esquema de "tentativa e erro" pode desagradar quem não tem lá muita paciência.

Luzes, câmeras, desastre!

Tal como os filmes que servem de pano de fundo para a ação, o jogo segue um script pré-definido: há um roteiro para cada cena, envolvendo todo tipo de manobras, performances e insanidades que se possa imaginar, como derrapar de lado com a moto passando por baixo de um caminhão ou, dirigindo a caminhonete, atravessar uma casa que está sendo arrastada pela lava de um vulcão em erupção.

Não há momento de descanso. O objetivo, a exemplo do antecessor, é obter um placar mínimo para avançar à cena seguinte. As orientações são passadas antes do início da cena e, durante a filmagem; além do diretor e suas repetitivas ordens, setas indicam o caminho correto e ícones as manobras que devem ser executadas, tais como fazer uma curva fechada, tirar uma "fina" de um veículo, saltar por uma rampa etc. Em alguns casos, há ações sensíveis ao contexto, ativadas com o botão Y.

A performance é avaliada em estrelas ao final da fase e, para dizer a verdade, avançar não é necessariamente difícil; complicado mesmo é obter a pontuação máxima: cinco estrelas. Para tanto, é preciso aproveitar o que o game chama de "streaming", ou seja, combos que multiplicam o placar. Mas não é nada fácil, pois isso significa não cometer erros e encaixar uma manobra rapidamente após outra, de forma a não deixar a peteca cair. É neste ponto que "Ignition" foge um pouco à linearidade, já que entre derrapagens e outras ações não necessariamente dentro do script, é que se consegue manter a seqüência.

Porém, em sua essência, o jogo consiste mesmo em obedecer aos ícones, já que cinco erros invalidam a cena, sem contar que é indispensável ficar atento a certos parâmetros, como manter o caminho correto ou não jogar o veículo em direção à lava. Ok, faz sentido, de fato. Entretanto, é uma mecânica que transforma "Ignition" em um esquema de tentativa e erro, restando a você decorar tudo o que deve ser feito na cena até obter a pontuação exigida. Não que isso seja ruim, há quem não aprecie tanto passar horas tentando fazer uma mesma seqüência.

Sobrevivendo à Hollywood

O modo Career divide-se em seis filmes ficcionais, com seis "takes" cada um: "Aftershock" é um longa-metragem de desastre, com um vulcão em erupção; "Overdrive" é um thriller policial típico dos anos 70, ambientado em San Francisco; "Striker Force Omega" é de ação, em uma base militar no deserto; "Never Kill Me Again" segue os moldes de 007 e se passa em montanhas nevadas de Beijing; "Whoopin and a Hollerin' II" é a seqüência do filme da versão original do jogo; e, finalmente, "Night Avenger", se trata de um típico filme de super-heróis em uma metrópole.

Às vezes, é inevitável voltar a fases já completadas para tentar elevar a performance, mas se a situação estiver muito difícil, você pode lançar mão dos Odd Jobs, que geralmente são seqüências mais curtas, como comerciais de TV, e que ajudam a ganhar preciosos pontinhos extras.

Certamente faltou criatividade ao modo Career, que poderia tentar variar um pouco as coisas adicionando mecânicas até simples, como contratos e opções não-lineares para escolher os filmes. Enfim: algo que quebrasse a mesmice de seguir take a take até o próximo longa-metragem, sem nenhuma expectativa de ver algo de diferente acontecer no meio do caminho.

O Multiclash, como o nome sugere, é o modo multiplayer, que suporta quatro jogadores em modo local e oito online. São duas variações: Battle, que nada mais é que uma disputa pela maior pontuação, completando um certo número de voltas, enquanto Race é uma corrida na qual as manobras rendem doses de nitro. Completa o cardápio de opções um editor que permite montar suas próprias cenas em uma arena.

Na nova geração, o game usufrui gráficos que, com certeza, tornam a experiência muito mais agradável, mas às vezes há tanta coisa acontecendo na tela que, somado aos efeitos visuais que indicam o que deve ser feito, pode acabar confundindo. No PlayStation 2, naturalmente, a qualidade é inferior, com menos elementos na tela, efeitos visuais e de física mais modestos, mas ainda assim dentro do que era de se esperar.

Sobre a trilha sonora, é complicado falar, pois o diretor, que passa orientações sobre o que deve ser feito sobressai-se à música. E pior: considerando que é preciso refazer inúmeras vezes a mesmíssima cena, ouvir a voz repetindo as mesmas frases nos mesmos instantes ajuda a minar a paciência do jogador.

CONSIDERAÇÕES

Para aqueles que apreciaram a primeira versão, "Stuntman: Ignition", mesmo sem apresentar muitas novidades, vale pelo banho de tecnologia que a nova geração de consoles pode proporcionar. Contudo, não é o suficiente para nutrir muita expectativa, senão de alguns dias de entretenimento, mas, ainda que se trate de um título bastante acessível, o excesso de tentativa e erro pode afugentar e frustrar o perfil de jogador, digamos assim, menos paciente.

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    GALERIA

    Stuntman: Ignition (Xbox 360)

    50 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Paradigm
    Lançamento: 28/08/2007
    Distribuidora: THQ
    Suporte: 1-8 jogadores, cartão de memória, Xbox Live
    Outras plataformas: PS3 PS2
    RecomendadoAvaliação:
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