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The Walking Dead Ep. 5: No Time Left

Pablo Raphael

Do UOL, em São Paulo

23/11/2012 16h09

A primeira temporada de "The Walking Dead" chega a sua inevitável conclusão com um episódio mais linear do que os anteriores, mas com um grande final, mostrando que o adventure tem a mesma coragem da série original dos quadrinhos, coisa que a série de TV não tem. O derradeiro episódio "No Time Left" encerra o primeiro arco do melhor adventure da Telltale, e deixa os fãs na expectativa pela próxima temporada de "The Walking Dead".

Introdução

Inspirado no universo sinistro criado por Robert Kirkman, "The Walking Dead Ep.5: No Time Left" leva a história de Lee, Clementine e dos outros sobreviventes ao seu momento final. Lee precisa resgatar a pequena Clementine nas ruas de uma Savanah infestada de zumbis, lidando com problemas muito piores do que os cadáveres ambulantes.

Pontos Positivos

Final corajoso

"No Time Left" é o quinto e último episódio da primeira temporada de "The Walking Dead". A estrutura episódica deu ao jogo a mesma tensão de uma série de TV, com a ansiedade pelo próximo capítulo, mês após mês. Mas, diferente de outras séries - sejam elas videogames ou seriados televisivos -, o adventure da Telltale conseguiu entregar tudo o que prometeu, com um final corajoso e envolvente.

As escolhas que você fez ao longo de todos os outros episódios são questionadas e atiradas na sua cara, mostrando que nem tudo é fácil, certo ou errado no universo de "The Walking Dead". E mesmo pequenas decisões em situações simples podem terminar em desastres, com consequências geralmente fatais.

Há cenas fortes e momentos comoventes, muita violência e discussões acaloradas, ainda que o episódio - por sua natureza 'final' - seja mais linear e apressado do que os anteriores. "The Walking Dead" é um exemplo de como um roteiro corajoso e expectativas pequenas podem resultar em uma obra das mais empolgantes, quando bem executada.

Qualidade técnica

Em todos os outros episódios de "The Walking Dead" há pequenos bugs que, se não estragam por completo a experiência de jogo, incomodam. Problemas de colisão, cortes estranhos de câmera e paredes invisíveis. Esses problemas não existem em "No Time Left". A Telltale soube contornar as limitações do motor gráfico de seus jogos e elaborar cenários e situações que evitam os problemas técnicos presentes nos episódios anteriores, oferecendo uma experiência mais agradável para que você se concentre no que importa: a tensa e emocionante aventura de "The Walking Dead".

Pontos Negativos

Pontas soltas

Ao concentrar a história na busca por Clementine, "No Time Left" deixa de lado elementos introduzidos no episódio anterior e, mesmo que a trama termine de forma satisfatória, fica claro que muita coisa poderá ser aproveitada na próxima temporada. A escolha foi sensata e permitiu resolver os pequenos conflitos envolvendo Lee e seus companheiros, mas jogadores ansiosos para explorar mais o mundo apresentado pela Telltale terão que esperar por um próximo game.

Mesmo a cena depois dos créditos não explica muito, mas deixa claro que uma continuação está por vir. O que não é ruim, dada a qualidade do adventure, mas fica aquela sensação de "e agora?" que só vai passar quando jogarmos a próxima temporada.

Nota: 9 (Excelente)