Lançado em 1979 sem muito estardalhaço, o filme "The Warriors - Os Selvagens da Noite" se tornou um fenômeno cult graças ao visual inovador, bastante colorido e moderno para a época, e tema controverso, que foi visto por alguns críticos como apologia ao crime. Até hoje, a obra dirigida por Walter Hill causa comoção entre admiradores e constantemente ganha reedições e produtos derivados como bonecos e quadrinhos assim como games.
O primeiro, lançado pela Rockstar em 2005, foi um jogo muito interessante que foi além da pancadaria e colocou o jogador dentro do enredo do filme. Infelizmente não podemos falar o mesmo deste novo, "The Warriors: Street Brawl", lançamento da Xbox Live Arcade que se contenta em reutilizar o esquema de luta clássico de títulos como "Final Fight" e "Streets of Rage" sem maiores sofisticações ou cuidados.
O esquema é aquele de andar da esquerda para a direita em busca de inimigos para socar, chutar ou agarrar. É um ritual que se repete do início até o fim, sem maiores variações, incluindo aí os modos extras que apresentam fases bônus ou sequências de chefes.
A grande diferença é que seu personagem se movimenta em todas as direções e inimigos podem atacar de todos os lados. Esta característica, aliás, só parece boa para o computador já que é muito difícil revidar quando seu personagem está cercado. A defesa não dá conta e como o repertório dos lutadores é bem limitado e não possui contra-golpes, resta apenas fugir para um canto ou outro na tentativa de atacar alguém sem ir para o chão toda hora.
A apresentação ao menos parece mais elaborada e tenta seguir os eventos do filme com fidelidade. Tem lá seus tropeços, mas consegue reproduzir bem o visual do material original, assim como músicas, sons e personagens que se movimentam de forma razoavelmente natural, ainda que devagar. Nada que realmente faça os olhos brilharem, mas para um jogo vendido por download até que segura as pontas.
CONSIDERAÇÕES
"The Warriors: Street Brawl" não mantém o padrão de qualidade do game produzido pela Rockstar em 2005 e simplesmente aplica o verniz do filme sobre uma mecânica antiquada. Nitidamente não houve nenhum esforço em tornar a experiência mais elaborada e, mesmo com os gráficos adequados para o formato, temos em mãos um clone de "Final Fight" bem menos interessante.