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Xbox 360

Over G Fighters

27/07/2006

da Redação
"Over G Fighters" é o primeiro título para Xbox 360 a explorar o gênero simulador de combates aéreos - ou o segundo, se "Blazing Angels" puder ser considerado um simulador. Quem domina esse tipo de jogo é a Namco, com a série "Ace Combat". O jogo da Taito guarda algumas semelhanças com a conceituada série da Namco, mas falha miseravelmente em proporcionar diversão, trazendo uma mecânica de jogo tediosa.

É verdade que, no Japão, o jogo saiu em fevereiro, ou seja, ainda numa época em que as produtoras ainda estavam explorando o potencial do videogame da Microsoft, mas não se justifica o visual pálido do game. Além disso, é o típico caso em que o realismo - não dos gráficos, que são ruins - apenas desafia a paciência do jogador, sem contribuir um milímetro para a diversão.

Força da gravidade

"Over G Fighters" é um típico simulador de vôo com caças militares. O jogador poderá pilotar diversas aeronaves, todas baseadas em modelos reais, combatendo outras forças aéreas ou alvos terrestres. Em comparação com "Ace Combat", tende a ser mais realista, pois os aviões carregam menos armamentos, os controles são mais difíceis, além de outros pormenores. E, como um jogo para Xbox 360, tem uma modalidade multijogador.

A história do game é mínima. Como um piloto da Energy Airforce, você precisará manter a paz mundial. Tão cândido quanto discurso de Miss. Esse enredo aparece no modo "Scenario", que consiste em debelar conflitos ao redor do globo terrestre.

A primeira missão, como de praxe, é de treino. Antes de cada fase, segue um pequeno "briefing", com uma produção bem pobre, feito de imagens estáticas e um texto sem sal, totalmente anticlímax. Durante o treinamento, o jogador fará operações básicas, como decolar, movimentar a nave no ar, usar as armas e aterrissar.

Como em outros jogos de simulador, há um controle simplificado, que no final das contas acaba atrapalhando mais que a configuração completa, na qual o jogador tem controle dos três eixos de rotação, a saber: balanço (roll), guinada (yaw) e arfagem (pitch). Mas, nem assim, os comandos ficam melhores. Talvez seja assim numa aeronave real, mas a inércia é muito grande e dificulta os controles.

Também é muito fácil entrar em "stall", ou seja, a perda de sustentação da nave, em que passa a cair em queda livre. Se não tiver altura suficiente, é garantia de estatelar contra o solo. E a força G, propalada no título do game, também é fonte de limitações. Você não pode fazer o movimento de pitch, colocando o controle para cima ou para baixo, por muito tempo, sob pena de ter sua visão escurecida ou avermelhada, supostamente simulando a fuga ou o acúmulo de sangue na cabeça.

Realismo que entedia

Os combates são muito simples e geralmente se resumem em achar os inimigos, selecionar a arma apropriada, esperar chegar ao raio de ação e disparar os mísseis, ao menos nos primeiros níveis. Assim, o jogo vira uma competição de quem consegue travar o inimigo primeiro no radar. Há como desvencilhar dos mísseis, mas o sucesso parece ser meio aleatório. Outra opção é usar o "chaff". Os inimigos em terra funcionam da mesma coisa.

Além de alvos primários, há outros inimigos para destruir, que garantem mais pontos. Mas, como o número de armamentos é exíguo, muitas vezes é preciso voltar à base para reabastecer. Na hora de decolar, o jogador deve taxiar a nave até a cabeceira da pista. Tudo isso pode ser realista, mas é todo chateação.

Mas o que torna o jogo entediante, quase sonolento, é a falha em demonstrar velocidade. É verdade que, em grandes altitudes, tudo parece meio parado, mas mesmo perto do solo, a impressão é de estar andando de bicicleta. Para girar a nave também demora uma eternidade.

Há bastantes missões. Depois de escolhido o país, o jogador tem algumas opções para a primeira fase, outras na segunda e assim por diante. Mas tudo isso desemboca numa única missão final, além de existir outros tipos de fases especiais. O problema é que não há muitas diferenças entre um estágio e outro. Como dito, tudo se resume a encontrar as aeronaves e ativar os mísseis. Isso pode ser feito em menos de um minuto, dependendo da missão.

Dependendo do caminho que fizer, novas conquistas são desbloqueadas e eles podem ser o único incentivo para você querer refazer o jogo mais de uma vez. As fases também representam naves extras para usar, pré-requisito para aproveitar melhor o modo de arena, seja online ou offline. Cumprir as missões pode resultar em melhoramento da capacidade do piloto, mas não parece fazer diferença nenhuma.

Nova geração? Onde?

Além do "Scenario", o jogador também pode jogar no modo "Challenge", que oferece um mapa aberto, cheio de inimigos, ou treinar situações específicas: você de encontro ao inimigo, numa altura de cinco mil metros, por exemplo, é uma das situações que você pode especificar.

No modo online há opções de jogar o "Arena" ou o "Versus", valendo ou não pontos no ranking. Jogando contra outras pessoas, o game tende a ser um pouco melhor, já que os inimigos deixam de atuar como portas ou ter aquela inteligência meio trapaceira. A lentidão tem lá suas vantagens e, no caso de "Over G Fighters", é que o "lag", se houver, não será notado.

Se há algo de bom no visual do game, isso está no modelo dos aviões, que articulam bem suas partes móveis, mas, mesmo assim, não estão à altura do que o Xbox 360 poderia fazer. Mas como na maior parte do tempo o jogador estará vendo o cenário em primeira pessoa, o resultado é uma lástima.

As texturas, de perto, são de baixíssima definição, piores que muitos jogos da geração do Xbox. E os objetos de algumas fases - árvores, por exemplo - remontam à simplicidade de games para PSOne. Os cenários são mortos, repetitivos, mas, mesmo as cidades, um pouco mais complexas, não são verossímeis.

Pelo menos, tudo roda com boa fluidez, mas é o mínimo que se espera de um visual tão simples. Até mesmo os menus têm design ruins, com fontes equivocadas. Os efeitos de explosão, que são mostrados com destaque no replay, chegam a ser toscos.

O som segue o mesmo caminho. A trilha sonora é um rock sem a mínima personalidade. Os diálogos são forçados, e os textos, burocráticos. Ainda por cima há vários erros de tradução. E os seus companheiros ficam repetindo algumas poucas frases na hora de escolher a nave.

Emoção pálida

"Over G Fighters" é uma monotonia só, com uma ação sonolenta. Contra o computador, quase não existe confronto, já que consiste apenas em marcar os inimigos e soltar mísseis, esperando que o tiro seja certeiro. O modo online é um pouco melhor, mas os fãs de simulador de combate aéreo devem esperar até sair algo mais empolgante ou procurar isso em outros consoles.

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    Over G Fighters (Xbox 360)

    126 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Taito
    Lançamento: 27/06/2006
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1-8 jogadores, cartão de memória, Xbox Live
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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