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X-COM

Pedro Henrique Lippe

do Gamehall

17/07/2013 15h48

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    Nem todos os invasores alienígenas de "XCOM Declassified" são mirrados e cabeçudos

O projeto da 2K Games que teve um dos mais conturbados processos de desenvolvimento da geração finalmente sairá do papel. Sete anos após entrar em produção, "The Bureau: XCOM Declassified" chegará com uma proposta bem diferente daquela apresentada no início da geração pela Irrational Games.

Agora sob a responsabilidade da 2K Marin, de "BioShock 2", "The Bureau" é um shooter de esquadrão em terceira pessoa, e não mais um FPS como originalmente seria. Neste formato, o jogo busca transportar melhor as mecânicas de estratégia em turnos por quais a série "XCOM" é conhecida para o campo do tiroteio tático.

VEJA COMO FUNCIONA A AÇÃO EM "THE BUREAU"

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Aliens no subúrbio

Enquanto a maior parte da franquia "XCOM" se passa em um futuro próximo, "The Bureau" tem como cenário os EUA no auge da Guerra Fria. 1962 é o ano em que os jogadores assumem o controle do agente especial do FBI William Carter, cuja missão é combater uma invasão alienígena durante o primeiro contato da humanidade com as espécies extraterrestres hostis.

ARSENAL ESPACIAL

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    No começo, o agente William tem em seu arsenal apenas armas iguais às utilizadas pelo FBI nos anos 1960, mas vai se apropriando de armas alienígenas no decorrer do jogo.

Em entrevista ao site CVG, o produtor Nico Bihary explicou tal escolha de palco: "Um ambiente familiar, confortável, com a justaposição de uma ameaça alienígena. É raro vermos esse encontro entre a América nostálgica e a noção de tecnologia alienígena que temos hoje em dia. Nesse ramo, o normal seria ver um disco voador de filme B pendurado por um barbante".

Percorrendo cenários suburbanos, William é controlado como um protagonista comum do gênero, devendo proteger-se atrás de coberturas e enfrentar inimigos com seu arsenal. Mas "The Bureau" começa a diferenciar-se de seus semelhantes e parecer mais com um "XCOM" quando entram em ação os dois agentes que William comanda.

Ação estratégica

Completamente personalizáveis como os soldados de "Enemy Unknown", esses dois agentes são capazes de agir livremente, mas dependem de ordens diretas para serem realmente efetivos nos campos de batalha. No primeiro protótipo de "The Bureau", a ação era completamente interrompida na hora em que o jogador queria dar ordens. Mas isso mudou.

Agora, o tempo continua correndo em um ritmo lento. Assim, ainda existe tempo para que as ordens sejam dadas com precisão – mas agora existe também o constante risco de um de seus personagens serem alvejados caso o jogador demore demais.

Assim, como seus próprios desenvolvedores descrevem, "The Bureau" torna-se um shooter que recompensa os que pensam inteligentemente ao invés de simplesmente jogar-se frente as balas inimigas – uma tática que costuma funcionar na maior parte dos títulos do gênero.

Novo ponto de vista

Com o sucesso de "X-COM: Enemy Unknown" em 2012, ficou claro que a série devia preservar suas características táticas, independente do formato adotado pelo jogo. Com a reformulação de "The Bureau", o game atrasou e sem dúvida a equipe envolvida passou por períodos conturbados, mas o resultado tem potencial para agradar muito mais do que o jogo de tiro que se desenhava sete anos atrás.