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Gears of War 3

RODRIGO GUERRA

da Redação

15/09/2011 04h10

“Gears of War 3” é o grande jogo do Xbox 360 para este ano.  Esta aventura de Marcus Fenix ao lado de Dom Santiago e os outros membros da CGO é uma das mais empolgantes que apareceram na história do console. Existem pequenos detalhes, como alguns probleminhas com a inteligência artificial, mas nada que tire o brilho desse fantástico jogo.

Cenários mais amplos, armas mais poderosas e até mesmo a história - que antes era um repositório de clichês – foram itens que ganharam um peso maior para o jogo e que tiveram um cuidado notório por parte da Epic Games. “Gears of War 3” é um jogo indispensável para o fim do ano e felizes são os donos do console da Microsoft que vão se divertir como nunca explodindo ou partindo seus inimigos ao meio.

Introdução

 

A série “Gears of War” conta a história Marcus Fenix e seus companheiro do esquadrão Delta, soldados Coligação de Governos Ordenados (CGO, ou COG, na versão em inglês) treinados especificamente para acabar com os Locusts, e salvar a humanidade.

A história deste terceiro episódio acontece 18 meses após os eventos finais de “Gears 2” e mostra um novo inimigo: os Lambent, que na verdade são Locusts infectados pela Imulsão - um líquido que é a fonte de energia do plante Sera  - e que se tornaram uma ameaça para todos os habitantes do planeta, sejam eles humanos, animais ou Locusts. Marcus e seus aliados do esquadrão delta se refugiam em um navio-fortaleza no meio do mar – e esse acaba sendo um dos lugares mais seguros do planenta.

Mas com a chegada de Prescott, agora ex-presidente da CGO, muda tudo. Ele traz uma mensagem e Marcus acaba descobrindo que seu pai ainda está vivo e que ele é a única pessoa que pode acabar com os Lambent. E isso é o pontapé inicial para que a aventura para a salvação se inicie.

Pontos Positivos

Uma história de arrepiar

CARONA NO TREM COLE


Uma das novidades para a versão nacional de “Gears of War 3” é que este é o primeiro jogo da série que foi totalmente legendado em português do Brasil. Isso significa que os fãs da série que não sabem falar inglês vão poder acompanhar a história sem dificuldades. O problema para os veteranos será se acostumar com alguns termos traduzidos, como Trem Cole (no original era Cole Train) ou até mesmo a CGO, no lugar de COG - e isso só será um problema para os fãs chatos.

A série “Gears of War” foi marcada por dois jogos interessantes mostrando a guerra contra os Locusts. Nela os humanos eram os alienígenas que colonizaram o planeta Sera e acabaram entrando em guerra com os locais. Neste terceiro jogo a história vai além dos dramas exagerados de Dominic Santiago ou do pobre destino dos irmãos Carmine. Agora é a vez de salvar o pai do protagonista, Marcus Fenix, um dos caras mais brutamontes da história do videogame.

Sem entregar o ouro, o jogador vai acompanhar a aventura do esquadrão delta por locais que aparecem no decorrer da aventura, como é o caso da relação de Cole Train e o Thrashball Stadium. A cena é emocionante o suficiente para fazer com que qualquer fã de “Gears” fique empolgado. Momentos como esse não são raros e todos os personagens principais têm pelo menos um momento como esse na aventura.

E para deixar a aventura ainda mais divertida existem diversos chefes e batalhas épicas, como um combate com diversos CGOs contra um Brumak enfurecido. A cena de todos atirando contra o monstro gigante é inebriante para os fãs do jogo, afinal, esta é uma das feras mais temidas – e lembradas – da série.

Cenários mais variados

 

Os primeiros jogos da série foram marcados por cenários que mais se pareciam com grandes corredores com locais estratégicos para se esconder. Dessa vez os produtores pensaram melhor e proporcionaram mais arenas abertas e com menos esconderijos.  Esse é o caso da cidade de Hanover, que fica nas cercanias de Sovereign, onde é difícil encontrar lugares para tomar cobertura e lutar contra a constante onda de inimigos.

A variação também está em alta, com cenários mais coloridos fugindo do tom de sépia – que quase se tornou uma marca registrada da série. Agora existem outros tons de cores, como o azulado do anoitecer que ficam cintilando com os disparos das lancers.

Todas essas novidades  deixaram “Gears of War 3” com um ar mais orgânico e menos repetitivo. Depois de cada cena de corte o jogador é colocado em uma situação diferente –  essa sensação de insegurança em um mundo estranho é o que faz a série ser indispensável  para qualquer jogador.

Imagens estonteantes

 

Dificilmente você encontrará um jogo mais bonito que “Gears of War 3” no Xbox 360. Os efeitos visuais evoluíram muito do primeiro ao terceiro jogo da série, como os efeitos de partículas, que dão um ar de realismo incomparável.  Quando a tela é tomada por fumaça ou uma tempestade de areia é possível ver diversos níveis de profundidade, fazendo com que as granadas de fumaça se tornem armas mais eficientes e interessantes de serem usadas.

E se você tem um televisor 3D pode ficar feliz, pois “Gears 3” utiliza esse recurso muito bem, fazendo com que bolas de fogo, carros e explosões saltem da tela a todo momento.

Mais armas, inimigos e execuções

 

Além de novos cenários , não poderiam faltar mais ferramentas para a execução dos inimigos, como é o caso da Lancer Classic, que no lugar de uma motosserra, a metralhadora tem embutida uma baioneta que empala o alvo como um espetinho de churrasco – e a cena da execução é violenta e ao mesmo tempo magnífica.

Outra adição é a Digger Launcher, uma bomba que percorre o chão até chegar em frente ao alvo para acabar explodindo. Essa arma geralmente é encontrada logo após um combate com Digger Boomer, um dos novos inimigos que povoam o jogo. 

Horda 2.0

O modo Horda, introduzido em "Gears of War 2", recebeu algumas inovações em "Gears 3". Os jogadores podem  instalar defesas no mapa, como cercas, metralhadoras fixas e armadilhas. Entre uma onda e outra de inimigos, é possível melhorar essas defesas, transformando uma cerca de arame farpado em uma barreira laser, por exemplo.

A novidade deixa o jogo mais estratégico, e é preciso pensar rápido se vale investir em uma nova barragem ou comprar mais munição, antes que os adversários ataquem. As ondas vão desde grupos de drones e outras criaturas menores até grupos de Berserks e um Brumack, entre outros monstros.

Jogar uma partida do modo Horda 2.0 com os amigos, do nível 1 ao 50, é uma das experiências mais gratificantes que você pode encontrar no Xbox 360.

Multiplayer viciante

As várias modalidades multiplayer de "Gears of War 3" podem prender o jogador por muito tempo. Desde o modo Horda e sua versão "malvada", chamada na versão brasileira de Besta, onde você joga com os Locust contra os soldados COG, até os modos competitivos, o jogo é fácil de aprender e rende momentos emocionantes.

Mais ainda, o sistema de progressão e itens desbloqueáveis, que vão desde cores para as armas até personagens, sem falar das sempre presentes Conquistas, mantém o jogador ligado em sua evolução no game e na expectativa por mais uma partida.

Pontos Negativos

Um probleminha aqui, outro ali

O que diferencia um inimigo do outro é o quão forte são suas armas e suas armaduras, por outro lado eles compartilham a mesma inteligência. Alguns se escondem e atiram, procurando o melhor lugar para atacar - da mesma forma que o jogador faz - mas não são raros os momentos momentos que vemos os personagens inimigos e aliados se encarando, sem a menor intenção de brandir sua lancer e acabar com o adversário.

Outros momentos vemos os adversários saindo correndo de sua cobertura e ficando parado olhando para o vazio - e se tornando um alvo para os disparos do jogador. Esses momentos não chegam a atrapalhar a experiência de jogo, mas é estranho e às vezes até engraçado.

Corre, esconde e atira

"Gears of War 3" segue a mesma fórmula dos jogos anteriores: o famoso corre, esconde e atira. A Epic até tentou fazer uma mudança adicionando alguns elementos diferentes, como usar um exoesqueleto para levar uma caixa de suprimentos para um ponto 'x' do cenário, deixando o jogador sem uma arma de fogo. Mas isso corresponde a praticamente 10% do jogo.

Isso não quer dizer que o game é repetitivo à exaustão, mas deixa claro que os produtores não quiseram arriscar e colocar novos elementos para desafiar o jogador - e é de conhecimento público que a Epic é capaz de fazer coisas novas e interessantes.

Nota: 9 (Excelente)