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Mario Tennis 3DS

Felipe Carettoni

do Gamehall

29/05/2012 11h14

Mesmo com um modo para um jogador simples e tedioso, “Mario Tennis Open” impressiona pela renovação da série, com um inédito sistema de poderes que fornece mais desafio, diversão e uma boa dose de estratégia. Junte tal novidade com a divertida edição de Miis, criada nos moldes do que foi feito com as peças dos carros de “Mario Kart 7”, e o resultado é um título que surpreende e diverte pessoas de todas as idades, mas sempre acompanhadas de amigos ou parceiros online.

Introdução

Após se aventurar por pistas de kart e participar das olimpíadas de inverno no 3DS, o popular encanador da Nintendo se prepara para resgatar uma de suas principais franquias esportivas. “Mario Tennis Open” une muitas características tradicionais de seus títulos anteriores, como a mecânica simples, habilidades especiais e vários personagens já conhecidos, e faz uma adaptação ao universo 3D do portátil da Big N. O resultado dessa mistura é um jogo novo que já nasce com cara de velho, mas será que há espaço para inovação?

Pontos Positivos

Edição de personagens

Diferente de seus antecessores, "Mario Tennis Open" inaugura um interessante sistema de moedas que, quando recebidas através de partidas especiais ou minigames, podem ser usadas para comprar roupas, acessórios e até raquetes de tênis. Tais itens podem ser equipados no Mii do jogador, outra boa novidade.

Assim como em “Mario Kart 7”, no qual peças de kart influenciam no desempenho do carro, o mesmo ocorre aqui, mas com as peças de roupas. Se o Mii for vestido com uma camiseta do pesado Bowser, por exemplo, seus atributos de velocidade serão reduzidos consideravelmente, mas sua força terá um ganho incrível.

Agora não basta apenas escolher um dos personagens populares da turma do encanador, mas é possível também montar o seu próprio tenista com características particulares, aumentando a variedade de opções e ampliando as estratégias. Vale destacar que esse sistema não é tão fácil de ser compreendido em um primeiro momento e exige prática para que as diferenças sejam notadas.

Mais estratégico

Uma das mudanças de maior impacto entre o novo título e os anteriores é o fim dos poderes especiais de cada personagem, tanto de defesa quanto de ataque. Apesar de parecer um ponto negativo, tal alteração facilitou a entrada de um sistema inédito de golpes.

Quando um jogador rebate a bola, há uma probabilidade (que envolve diferentes fatores, como força e precisão) de surgir um símbolo colorido no local onde ela irá pingar. Cada cor possui um respectivo movimento de tênis, como o amarelo para lob e vermelho para um topspin, por exemplo. Se o adversário se movimentar em direção ao símbolo e apertar a combinação correta de botões, sua rebatida ganhará um bônus de intensidade, seja de velocidade, força ou curva.

Dessa maneira, assim que houver a chance de usar uma dessas habilidades especiais, o jogador pode optar por usá-la ou não, já que dependerá ainda da posição de seu adversário. Se, por exemplo, surgir o símbolo amarelo no chão, é possível dar um lob para encobrir o oponente, mas se este último já estiver no fundo da quadra, acaba sendo mais vantajoso aplicar uma deixadinha e ganhar o ponto.

E para deixar tudo ainda mais complicado, todos os símbolos coloridos são visíveis para ambos os tenistas, então a vítima de um golpe especial pode prever os movimentos do rival e se antecipar para ganhar vantagem.

Fica claro que a Camelot criou um sistema para deixar as partidas mais competitivas, premiando jogadores que utilizarem estratégias em curtos espaços de tempo e tornando tudo muito mais divertido.

Multiplayer online

O ponto forte das franquias esportivas do encanador é o multiplayer e isso não mudou em “Mario Tennis Open”. Além das tradicionais partidas simples e de duplas para até quatro jogadores, a Nintendo habilitou o modo online, bastante parecido com o que foi criado em “Mario Kart 7”. Nele é possível procurar por adversários regionais ou amigos da lista do 3DS para enfrentar.

A procura por oponentes online é extremamente eficiente, mas o mesmo não pode ser dito sobre a conexão. Dependendo dos níveis de internet de cada jogador, as partidas podem ser completamente arruinadas por pequenas reduções de velocidade da bola, o que compromete até mesmo o uso do sistema de poderes especiais.

Por fim, há também a boa opção do Street Pass, com o qual jogadores podem transferir informações e disputar partidas com a cópia virtual do outro, obtendo ainda moedas e itens que podem ser usados na loja de esportes do Mii.

Pontos Negativos

Single player

Apesar de ser muito divertido em grupo, “Mario Tennis Open” pode frustrar quem decidir optar pelo single player. O jogo apresenta apenas um tedioso torneio de partidas rápidas, com adversários extremamente fracos, e um outro modo de minigames que pode até ser divertido inicialmente, mas logo perde a graça. E é isso.

Qual será a dificuldade de criar uma campanha solo, na qual o jogador tem como objetivo tornar o seu Mii um campeão de tênis desde os torneios de juniores até o estrelato, como o que foi feito no incrível “Mario Tennis” para Game Boy Color? Faltou capricho no desenvolvimento e parece que o título foi feito às pressas.

Nota: 8 (Ótimo)