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Resident Evil Outbreak
PlayStation 2
"Enquanto um bloqueia a porta outro pode procurar uma chave perdida para abrir a porta dos fundos."


09/04/2004
da Redação

Desde sua origem, a série "Resident Evil" já usava uma fórmula cheia de elementos ultrapassados: controles pouco intuitivos, gráficos que usavam truques contrários às tendências 3D, um sistema de itens enrolado - tudo isso não impediu a atmosfera aterrorizante de levar o jogo ao status de clássico. Agora a Capcom tenta revitalizar a série com um novo rumo: transformando o game em uma experiência multiplayer.

"Outbreak" não escapa dos moldes da série de maneira radical: os ambientes agora são totalmente tridimensionais, mas as câmeras ainda são estáticas; é possível controlar o personagem com o mesmo sistema relativo à câmera de "Mario 64", mas a mudança do ponto de vista torna essa opção um tanto imprática; você ainda avança sobrevivendo ao ataque de zumbis usando munição contada e resolvendo quebra-cabeças básicos... mas tudo isso é secundário perto da nova estrutura feita especialmente para adicionar maior interação entre os personagens.

Jogo seriado

Jogadores precisam escolher um de oito protagonistas, cada qual com habilidades, poderes e itens únicos. O jogo se desenrola em pequenos cenários de cerca de uma hora de duração, exigindo trabalho em equipe para serem solucionados. Um dos aspectos mais marcantes é sua fragilidade - por exemplo: com alguns poucos golpes, eles podem ficar rastejando indefesos. Nessas horas, é preciso que um companheiro os ajude a levantar, e o ferido andará lentamente se o outro não emprestar um ombro para conduzí-lo. Esse é apenas um dos exemplos de situações que o game propõe.

Cada um dos cenários do game oferece diferentes tarefas. Enquanto um personagem bloqueia a porta com barris outro pode procurar uma chave perdida para abrir a saída dos fundos (ou usar uma gazua para arrombá-la, se a personagem com essa habilidade estiver no grupo). Boa parte da ação se dá com diferentes participantes tentando realizar certas tarefas ao mesmo tempo. Como o espaço para carregar itens é muito restrito (apenas quatro, com exceção de uma personagem), jogadores devem oferecer e pedir itens uns dos outros constantemente.

Jogo sem "LOL!"

Talvez algo interessante de "Outbreak" é que toda a comunicação entre os participantes é feita através de mensagens enlatadas. Usando um botão de conversa variável e os comandos "Siga", "Pare", "Ajuda", "Obrigado", "Sim" e "Não", usando a voz dos personagens para não quebrar a ilusão do game. Apesar de parecer uma restrição primitiva, funciona muito bem no contexto do jogo.

Mas "Outbreak" tem algumas restrições que podem impedir muitos de aproveitar essa interessante mecânica. Jogar online muitas vezes significa contracenar com pessoas que já zeram cada cenário em pouquíssimo tempo, mostrando parte da solução de quebra-cabeças para iniciantes - nada sério, mas tira parte de graça. Como os cenários não são muitos, o game logo se converte em uma repetição para conseguir o melhor tempo e encontrar todos os itens secretos - e não existem planos de adicionar mais fases pela Internet, infelizmente.

Offline infectado

O maior vilão do game, porém, é sua Inteligência Artificial. Jogar offline compromete demais o conceito que traz a diversão à experiência. Os personagens controlados pelo computador não são suicidas, mas simplesmente correm por todas as salas como baratas tontas matando zumbis, ajudando uns aos outros quando necessário e se defendendo. É mais realista do que se eles apenas seguissem você de perto, mas tira parte da graça. O game nem ao menos se preocupa em manter uma estrutura intuitiva, largando o pobre iniciante no meio de uma confusão sem tamanho.

O longo tempo de loading entre telas chega a ser criminoso, mas ao menos existe a opção de instalar 1GB do jogo no disco rígido do console para aliviar um pouco o problema.

"Outbreak" mostra que a série ainda tem potencial de se expandir ainda mais. O aspecto multiplayer certamente adiciona algo interessante para os fãs (e o fato da versão americana oferecer essa conexão gratuitamente é um ótimo bônus), mas a adaptação para jogar offline não é o suficiente para recomendar o título para quem não tem acesso à Internet com o PS2.