Big Brain Academy

da Redação

"Big Brain Academy" dá seqüência à linha de jogos de estimulação cerebral inaugurada com muito sucesso no DS por "Brain Age". Ambos são, na verdade, coletâneas de minigames cujo objetivo vai além do entretenimento, propondo um treinamento para os miolos do jogador.

O game tem uma série de diferenças em relação ao seu antecessor e a maioria delas lhe confere um ar mais descompromissado que o de "Brain Age". Para começar, "Big Brain Academy" é jogado com o portátil em sua posição convencional, ou seja, na horizontal. Além disso, recursos como o microfone e o reconhecimento de escrita, amplamente explorados em "Brain Age", ficaram de fora.

Até mesmo o preço do game, classificado como "budget" (ou seja, bem mais barato que os cartuchos convencionais do DS), é mais camarada. Mesmo o Dr. Ryuta Kawashima, um dos principais estudiosos sobre as diferentes partes do cérebro, e "mestre de cerimônias" em "Brain Age", não dá as caras em "Big Brain Academy".

Sinal de que o game é chato? De forma alguma. Trata-se de uma questão de expectativas bem dosadas. Os minigames, com duração de 60 segundos e divididos em cinco categorias básicas - pensar, memorizar, analisar, armazenar e identificar -, estão disponíveis em três modalidades distintas: Test, Practice e Versus.

Desenferrujando os neurônios

Basicamente, em Practice é possível jogar qualquer um dos minigames, em diferentes níveis de dificuldade; em Test, aleatoriamente, um minigame de cada categoria é escolhido e cabe a você jogar os desafios, cuja dificuldade aumenta de acordo com o seu desempenho. Ao final, além de um veredicto, há outras informações sobre a sua mente; o Versus, enfim, é o multiplayer para até oito participantes.

Em geral, os minigames são divertidos e desafiadores - além dos diferentes níveis de dificuldade, medalhas de bronze, prata e ouro são atribuídas ao jogador, de acordo com seu desempenho. Não existe um programa diário de treinamento ou algo mais, digamos, "sério", como em "Brain Age": você joga o que quiser e quantas vezes desejar. Cada categoria traz três games, totalizando 15 atividades, todas jogadas através da stylus.

Em Think (Pensar), entra em campo a lógica, como em Hevyweight, no qual o objetivo é observar e apontar a figura mais pesada exibida na tela superior; Memorize (Memorizar), como o próprio nome indica, envolve questões ligadas à memória, através de minigames com sons, números e figuras

Já Analyse (Analisar) traz à tona a capacidade de ponderar do jogador, como em Cube Game, no qual o objetivo é contar quantos cubos estão sendo mostrados, mas sem esquecer alguns que podem estar escondidos; em Compute (Armazenar), as questões propostas estão ligadas diretamente à matemática, sendo uma delas fazer o maior número de operações de cálculo possível; Finalmente, Identify (Identificar) consiste em atividades sobre a forma e semelhança de figuras.

Pegando leve com o cérebro

Como "Big Brain Academy" não propõe um programa de treinamento ou coisa do gênero, ele ganha um clima mais casual e, naturalmente, você acaba criando uma empatia com uma ou mais categorias de minigames. Acontece que, na hora de jogar o Test, é preciso encarar uma de cada e, fatalmente, ter um bom desempenho em todas para conseguir a nota bacana.

No final das contas, o Test acaba sendo mesmo o modo principal para se divertir em "Big Brain Academy", já que, tirando o fato de premiar o desempenho do jogador com medalhas, não são oferecidos extras ou coisas do gênero para prolongar a vida útil do título.

O multiplayer oferece várias atividades competitivas em que, basicamente, ganha aquele que obtiver a maior pontuação. Porém, cá entre nós, há muitos jogos mais legais para explorar o multiplayer. É claro que se trata de uma questão de gosto, mas o que você prefere: as corridas de "Mario Kart" ou uma gincana sobre quem memoriza a maior seqüência de números?