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Guitar Hero: On Tour

25/07/2008

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
Banda portátil
Assim como algumas bandas de rock, "Guitar Hero" teve uma ascensão meteórica. O game foi apresentado na E3 de 2005 num estande pequeno no Kentia Hall, onde ficam confinadas as produtoras de menor expressão, como era o caso da Red Octane. Lançado em novembro do mesmo ano, tornou-se sucesso instantâneo, graças a um controle em forma de guitarra e uma mecânica de jogo que fazia o jogador se sentir uma estrela de rock. Ganhou diversos prêmios e hoje virou uma franquia monstruosa, que arrecadou US$ 1 bilhão em 2007.

Depois de inúmeras versões para consoles, é um caminho natural seguir para plataformas portáteis, ainda mais quando é se trata de um videogame popular como o Nintendo DS. A tarefa de levar o game musical ficou com a Vacarious Visions, que conseguiu uma realização tecnológica: conseguir colocar num cartucho uma quantidade decente de músicas e ainda inventar um dispositivo que substituísse a guitarra do original. O feito é digno de festa, pois traz uma franquia de qualidade para o Nintendo DS, mas ao mesmo tempo, fica a impressão que "Guitar Hero" é maior que o portátil pode suportar.

A essência do game está mantida em "Guitar Hero: On Tour". Em vez de um controle em forma de guitarra, traz um suporte que se encaixa no "slot" para jogos de Game Boy Advance. De fábrica, serve para o Nintendo DS Lite, mas com um adaptador que vem no pacote é possível usar também no modelo antigo do DS. Esse suporte traz quatro botões coloridos, ou seja, um a menos que no controle-guitarra dos consoles.

Guitarra desconfortável

A ergonomia do dispositivo é questionável. Nos primeiros momentos, a maior dificuldade do game é achar uma posição confortável para jogar, pois, além de a mão ter que ficar numa posição cômoda, o jogador ainda precisa olhar para a tela. Não seria incomum a mão cansar ou até mesmo doer com uma única música, se uma posição livre de tensão não for adotada. Infelizmente, isso só aparece com o tempo, depois de várias tentativas. Até lá, o jogador pode ter alguma frustração quando tentar trocar de posição e a peça desencaixar do "slot". Nesse caso, é preciso desligar o game, recolocar o "grip", e começar tudo de novo. Apesar de um botão ao menos que as versões para console, isso não torna o game muito mais fácil. Nas dificuldades easy e normal, o desafio é o mesmo, e nos níveis hard e expert, o número de notas aumenta proporcionalmente e a combinação destas ficam mais complexas.

Como ser uma estrela do rock
O funcionamento do game é como nos outros "Guitar Hero". A tela mostra ícones deslizando por um braço de guitarra, e o intuito é pressionar o botão de cor correspondente à nota e "palhetar" no tempo certo. O toque nas cordas é feito passando a palheta na tela sensível. Nas notas longas é possível usar a alavanca de "tremolo", também ativada na tela, para mudar o tom, o que garante mais energia de Star Power nas notas "estreladas". O esquema funciona bem, mas, de vez em quando, há a impressão que a tela não responde ao toque. É possível tocar as cordas na ida e na volta, mas, para fazer isso realmente rápido, não se pode tirar a palheta da tela. No Nintendo DS, o Star Power é feito falando ao microfone, mas, num ambiente barulhento, como dentro de um ônibus, não é raro o poder ser ativado involuntariamente. Às vezes, um cutucão mais forte na tela é o suficiente para isso.

Show compacto

No entanto, o que mais prejudica "On Tour" são as músicas. Primeiro, a quantidade. São apenas 25 canções, com apenas uma faixa bônus. A identificação coma trilha sonora depende do gosto, e para contornar isso, os novos "Guitar Hero" tentam trazer uma gama variada de artistas - com exceção de "Guitar Hero: Aerosmith", que é notoriamente dedicado aos fãs. No DS, esse recurso fica prejudicado. Aqui, a seleção é ligeiramente mais "pop", contando com artistas como Maroon 5 e Smash Mouth. Depois, a qualidade não convence, nem usando fone de ouvido: o som perdeu definição e potência, para caber no cartucho. Ainda assim, traz algumas boas músicas para se tocar, como "Are You Gonna Be My Girl" (Jet), "Pride and Joy" (Stevie Ray Vaughan) e "Black Magic Woman" (Santana).

Para contornar as poucas faixas, a produtora investiu em modalidades de jogo. O modo de carreira funciona mais ou menos como nos antecessores: toca-se quatro músicas em cada estágio para liberar uma quinta, e terminado o show com sucesso, passa-se para outros palcos. Dependendo da pontuação, ganha-se uma quantidade em dinheiro, que é usado para liberar novas guitarras e acabamentos, e roupas para os personagens.

Dedilhando no DS
Mas o game também traz uma modalidade de duelo, no qual se enfrenta outro guitarrista controlado pelo computador ou por um segundo jogador. O intuito é tocar melhor que o adversário e ganhar a atenção do público, mas aqui, em vez de as notas especiais darem Star Power, fornecem itens que são usados contra o adversário. Os efeitos variam: um dos itens faz a guitarra pegar fogo, que precisa ser apagado soprando o microfone; já no ataque do autógrafo, o jogador precisa assinar uma dedicatória. Enfim, há mais de uma dezena de maneiras de atrapalhar o adversário. Há modalidades multiplayer (não há suporte online) mais tradicionais, como o face-off e o cooperativo. Essas modalidades também divertem e ajudam a estender a vida útil de "Guitar Hero: On Tour".

O visual do game é apenas decente. Os personagens são praticamente os mesmos das versões para consoles, mas, na tela pequena do portátil, os detalhes se perderam. A apresentação do show também ficou mais pobre, e as animações perderam a sincronia - aqui, os movimentos não estão de acordo com a música.

CONSIDERAÇÕES

"On Tour" é a experiência possível de "Guitar Hero" para Nintendo DS. A Vicarious Visions fez uma ótima adaptação, mas pequenos contratempos - imprecisão de controles, desconforto do suporte, som de qualidade apenas aceitável e a lista pequena de músicas - diluem o entusiasmo característico da série. A experiência completa do game está mesmo nas versões para consoles - principalmente no Xbox 360 e PlayStation 3, que possuem download de conteúdo -, mas, para quem tem apenas o Nintendo DS, "Guitar Hero: On Tour" é um game que ainda vale a pena, mesmo sem a mesma intensidade nas caixas de som.

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    Guitar Hero: On Tour (DS)

    36 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Vicarious Visions
    Lançamento: 22/06/2008
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1-2 jogadores
    RecomendadoAvaliação:
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