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Yoshi's Island DS

08/12/2006

RAFAEL MONTEIRO
Colaboração para o UOL
Em 1991, chegava aos Estados Unidos o Super Nintendo, console que contava com um dos mais formidáveis títulos de lançamento de todos os tempos, "Super Mario World", talvez rivalizado somente por "Mario 64", para Nintendo 64. Anos mais tarde, em 1995, surgia "Super Mario World 2", mas com um subtítulo inusitado, "Yoshi's Island", que assinava a lei áurea do dinossauro, agora personagem principal do jogo.

Na época, "Yoshi's Island" trazia gráficos com aparência de giz de cera, um estilo de jogo vasto e bastante explorado, além de uma dificuldade progressiva, que instigava o jogador até o final. Eis que em pleno 2006, "Yoshi´s Island DS" traz a mesma fórmula, salpicada com novas idéias, desafios e a mesma boa e velha dificuldade. Poderia um clássico se manter após mais de uma década?

O clássico retorna

A versão DS foi co-desenvolvida pela Artoon, que também produziu "Yoshi's Toopsy-Turvy", jogo com sensor de movimento para GameBoy Advance. O principal elemento do game é a troca de bebês: no Super Nintendo, Yoshi carregava Mario em suas costas para salvar seu irmão, Luigi, das garras de Bowser, obviamente passando por muitas fases até fazê-lo.

O jogo exibe a ação na tela inferior, sendo que, normalmente, a superior funciona puramente como uma extensão vertical. O jogador escolhe, com o botão X, se Yoshi ficará na tela de cima ou de baixo. Raras são às vezes em que as duas são usadas de maneira criativa - quando muito, um objeto gigante começa a persegui-lo, por exemplo. A verdadeira originalidade está reservada às batalhas contra chefes, como um inteligente fantasma invisível, que só pode ser atingido quando seu reflexo é exibido em um espelho na tela inferior.

A sensibilidade ao toque da tela inferior não é utilizada - ao menos, não no jogo em si. E nem tudo são flores em relação ao uso expandido das duas telas: "Yoshi's Island DS" tem um verdadeiro ponto cego, escondendo muita coisa em um espaço tão pequeno.

Embora o enredo seja semelhante ao da versão para Super Nintendo, o desenrolar dos fatos traz outros bebês, dentre eles a Princesa Peach, o gorila Donkey Kong, o ganancioso Wario e até mesmo o próprio Baby Bowser. Cada bebê concede uma habilidade diferente para Yoshi: Mario lhe permite correr, Peach abre seu guarda-chuva e o carrega por correntes de vento, Donkey Kong se dependura em cipós enquanto carrega o dinossauro e Baby Bowser dispara bolas de fogo.

De todos os bebês, o único que apresenta problemas, é Wario: o conhecido ladrão de outros jogos carrega um ímã utilizado para puxar objetos, desde moedas até blocos. A forma como o mesmo funciona deixa a desejar, sendo necessário estar de costas para o objeto e próximo, pois a distância de efeito é bem pequena.

A capacidade dos Yoshis de transformar inimigos em ovos permanece, e além das habilidades específicas, cada bebê possui uma forma diferente de jogar ovos, algumas vezes quicando, outras vezes explodindo etc. Os ovos são usados para atingir nuvens que deixam itens, para pegar objetos fora do alcance e até mesmo para a mais óbvia das funções, o ataque direto.

O que parecia ser o ponto forte do jogo, a troca de bebês, acaba quebrando o ritmo. No original, não importava o quanto o jogador explorasse, sempre estaria à mercê de sua inteligência e habilidade. Agora, as diversas habilidades dos bebês acabam fazendo com que seja possível um jogador esperto e habilidoso ficar impotente perante uma situação ao não ter o bebê certo para a ocasião.

Um mundo colorido

Boa parte dos gráficos permanece fiel ao Super Nintendo, mas é possível perceber que foi feito um sutil trabalho de melhoria, mantendo o visual de giz de cera, com outros pequenos detalhes, como uma melhor animação para Yoshi.

Em 1995, o jogo era equipado com um chip chamado Super FX 2, da mesma série que criou um dos primeiros jogos poligonais em videogames, "Star Fox". Com um chip poderoso para os efeitos, "Super Mario World 2", trazia belos gráficos. Qual não é a surpresa ao ver que nem todos esses efeitos chegaram ao DS: com um hardware mais potente, só é possível imaginar que a equipe não teve o tempo necessário para aplicá-los.

O choro insuportável

Vários jogadores de Super Nintendo furaram seus tímpanos em 1995 após ouvirem Baby Mario chorar algumas vezes. Sempre que Yoshi era atingido, o bebê flutuava em uma bolha por alguns segundos, e você deveria recuperá-lo ou perderia uma vida. Enquanto isso, ele chorava muito.

Os efeitos sonoros da versão DS foram bastante suavizados e só Baby Wario mantém um choro tão irritante, enquanto os outros bebês estão mais suportáveis. Incrivelmente, isso não será um ponto positivo para alguns jogadores, que aprenderam a conviver com essa dor e considerá-la parte do ritual de jogar "Yoshi's Island".

Outro setor que marcou bastante o jogo em seu tempo, foi o musical. Algumas das mais alegres músicas já compostas, diga-se de passagem. Mas no Nintendo DS, a surpresa é que essa mesma música foi suavizada, assim como os efeitos sonoros, tornando-as quase calmas demais para serem consideradas adequadas.

CONSIDERAÇÕES

"Yoshi Island DS" é diversão garantida para aqueles que jogaram o primeiro. O game conta com uma boa aventura principal, cuja duração depende do ritmo do jogador, além de extras como minigames baseados no próprio título, fases secretas e um museu - este uma bela adição à série, mas com navegação um pouco precária. Ele pode até mesmo frustrar em alguns momentos, mas de jeito algum deve ser descartado por defeitos tão pequenos perto de sua fórmula clássica e estilo de jogo inspirador.

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    Yoshi's Island DS (DS)

    49 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nintendo
    Lançamento: 13/11/2006
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1 jogador
    RecomendadoAvaliação:
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