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A ciência explica: de que formas videogames fazem bem para o cérebro

Ter videogame na cabeça pode ajudar o usuário no mundo real - Reprodução
Ter videogame na cabeça pode ajudar o usuário no mundo real Imagem: Reprodução

Do Gamehall, em São Paulo

08/03/2017 14h37

Mesmo se tornando uma mídia cada vez mais popular, videogames ainda são vistos popularmente como uma "perda de tempo", que acabam servindo mais como distração e que, em piores casos, pode até causar problemas como agressividade e alienação social, além de problemas físicos.

Embora seja claro que a interatividade dos jogos eletrônicos possam causar certos efeitos negativos - especialmente em excesso -, mais e mais estudos revelam que pessoas que interagem com games regularmente recebem uma série de benefícios no seu dia a dia.

Por isso, UOL Jogos separou de que formas os games podem ajudar seus usuários a viverem vidas melhores, seja reforçando a memória ou até mesmo ajudando a interagir com outras pessoas.

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    Melhoram a coordenação motora

    Exemplos: "Call of Duty", "Battlefield"

    Em 2014, um estudo conduzido na Universidade de Toronto mostrou que pessoas que jogam videogame tendem a ter uma coordenação motora melhor do que a de outros.

    Na pesquisa, era necessário manter um marcador dentro de um quadrado maior, que se movia em um padrão complicado que se repetia. No começo todos tinham problemas em seguir a rota, mas logo os jogadores de videogames de ação começaram a seguir a rota mais facilmente.

    Além disso, um estudo publicado na revista PLOS Online revela que crianças e adolescentes que jogam games tem um córtex mais grosso na região frontal do olho esquerdo no cérebro, região que é associada à coordenação motora.

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    Aumentam o foco

    Exemplos: "Battlefield", "Gears of War"

    Uma série de pesquisas, como este estudo de Vinkrath Bejjankhi e associados, mostram que ao contrário do que muitos pensam, videogames também ajudam a melhorar os sentidos de percepção e foco de seus usuários.

    Em jogos de ação como "Battlefield", "Call of Duty" e "Gears of War", jogadores são encorajados a aprenderem certos padrões para evitar dano e eliminar inimigos. Esta experiência acaba passando para o mundo real, com estas pessoas tendo performance melhor em testes de percepção do que quem não joga games.

    Não só isso, quem não tinha experiência muita experiência com jogos eletrônicos e teve 50 horas de acesso a games foi bem melhor do que quem não teve acesso a nenhum game.

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    Jogos de ação melhoram a visão

    Exemplos: "Call of Duty", "Unreal Tournament"

    Outro velho chavão de quem acha que videogames são um problema diz que eles estragam a visão. A verdade é exatamente o contrário.

    Uma pesquisa feita em 2009 pela Universidade de Rochester descobriu que quem joga games de ação com movimentação mais rápida, como "Call of Duty 2" e "Unreal Tournament 2004", desenvolvem uma sensividade ao contraste das imagens, o que ajuda a perceber mudanças súbitas em tons de cinza

    Esta habilidade ajuda pessoas a ler e até dirigir em ambientes mais escuros.

    (É importante notar que jogos mais calmos, como "The Sims", não causaram mudanças neste tipo de sensibilidade visual)

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    Expandem a criatividade

    Exemplos: "Animal Crossing", "The Sims"

    Um estudo publicado na revista científica "Computer in Human Behavior", utilizando como base o chamado Torrance Test - que procura explorar os diferentes níveis de criatividade das pessoas - indicou que a maior parte dos games (com exceção de gêneros como corrida) acaba tornando seus jogadores pessoas mais criativas.

    O estudo também dá destaque especial a jogos que chama de "interpessoais", como "The Sims" e "Animal Crossing", que incentiva a seus jogadores a cuidar de outras pessoas e relacionamentos.

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    Diminuem a ansiedade

    Exemplo: "Bejeweled" Hoje em dia videogames são considerados uma forma comum de aliviar o estresse diário, mas um estudo científico indica que jogos de quebra-cabeça com interfaces e mecânicas simples, como "Bejeweled", são capazes de melhorar o seu humor e reduzir risco de diabetes, doenças cardíacas e depressão.

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    Jogos online ajudam na socialização

    Exemplo: "World of Warcraft"

    Apesar do estereótipo de jogadores como pessoas anti-sociais, pesquisas como a do psicólogo Mark D. Griffiths mostram que ambientes online como "World of Warcraft" e jogos competitivos em equipe como "League of Legends" levam seus usuários a interagirem mais com outros dentro do game.

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    Incentivam a fazer atividades físicas no mundo real

    Exemplos: "Wii Sports", "FIFA"

    Embora a maioria dos games envolva ficar parado e olhando para uma tela, jogos que requerem mais movimentos do jogador podem servir como uma forma mais intuitiva e divertida de fazer exercícios, com pesquisadores do Centro de Ciências da Universidade de Oklahoma chegando a considerá-los uma alternativa para o público infantil.

    Outro estudo também revela que jogos com temática esportiva, como "Madden NFL" e "FIFA", podem encorajar seu público a tentar jogá-los no mundo real.

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    Fazem motoristas dirigir melhor

    Exemplos: "Mario Kart", "Unreal Tournament"

    Uma pesquisa conjunta da Universidade de Nova York Shanghai e a Universidade de Hong Kong descobriu que certos jogos podem ajudar a melhorar os reflexos de seus jogadores, tornando-os motoristas melhores e com maior tempo de reação.

    O estudo mostrou que quem tem experiência com jogos de corrida como "Mario Kart" ou até mesmo shooters como "Unreal Tournament" consegue reagir mais rapidamente do que quem joga pouco - o que pode ser vital na hora de evitar acidentes.

    Além disso, pessoas que não jogavam games que começaram a jogar como parte do experimento tiveram uma melhora significativa nestes quesitos.

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    Podem reduzir efeitos de envelhecimento

    Exemplos: "NeuroRacer" Quanto mais envelhecemos, mais nosso cérebro e corpo encontram dificuldades em realizar ações que anteriormente poderiam ser feitas facilmente

    Com os mecanismos certos e "treino", porém, é possível reduzir significativamente estes efeitos no corpo e mente, e videogames tem se provado uma forma excelente de fazer isso.

    Um exemplo acadêmico é o chamado , um jogo criado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco, que fez com que idosos de 60 a 85 anos melhorassem seu desempenho em habilidades multitarefa após acesso contínuo ao game.