Mario Vs. Donkey Kong

da Redação

O primeiro jogo de Shigeru Miyamoto, criador de "Mario" e "Zelda", foi o clássico "Donkey Kong". Apesar de suas continuações e variantes, um remake do clássico foi lançado em 1994 no Game Boy (sim, aquele antigo). O título explorava os conceitos do original, adicionando movimentos de "Super Mario 64" e novas fases cheias de variedade - um clássico instantâneo. Agora a jovem equipe da Nintendo Software Technology - o estúdio americano que recruta os formandos da faculdade de videogames Digipen - tentam explorar ainda mais o tema com "Mario vs. Donkey Kong".

Ave, Mario

O jogo é antes de tudo, uma homenagem. Referências às carreiras dos dois gigantes não são poucas (até na caixa do jogo você vê a frase "Jump, man!", relembrando o nome original de Mario, Jumpman), mas agora todas recriadas em pseudo-3D com a mesma técnica empregada em "Donkey Kong Country". A história também mudou: o macacão não raptou a bela Pauline, mas um carregamento de Mini-Marios... o brinquedo de maior sucesso do momento.

A estrutura também está transformada: como na edição de 1994, você ainda precisa passar pela obrigatória fase de carregar a chave até a porta (com direito ao mesmo mini-tutorial antes de cada missão), mas agora existe uma segunda parte, na qual Mario deve ultrapassar obstáculos para recuperar um Mini-Mario. Depois de seis fases (e com seis bonecos), o game traz uma fase que lembra "Lemmings": o encanador deve servir de líder e trazer os brinquedos até uma caixa, onde cada um salvo será transformado em uma "energia" para a batalha contra Donkey Kong que fecha o mundo.

Siga aquele macaco!

No começo, a aventura parece extremamente curta: jogadores treinados devem chegar ao quinto de seis mundos em questão de minutos. Mas o game traz outros seis mundos secretos, além de versões "Expert" que são liberadas com estrelas - bônus dados quando o jogador completa uma fase em pouco tempo, matando todos os inimigos e sem morrer para bater o Hi-Score.

Assim como "Donkey Kong" do Game Boy, essa nova versão conta com o mesmo apelo viciante do predecessor - você vai insistir em tentar "só mais uma vez"... em um processo que normalmente se repete por cinco, dez, quinze, vinte vezes. A introdução lenta de novos movimentos para o herói e novas peças para as fases deixam a experiência cada vez mais interessante e prende o jogador por horas.

Síndrome de videogame portátil

A escolha de usar bonecos e elementos 3D dão uma maior profundidade para os gráficos do game, mas como quase tudo é muito pequeno, o resultado é um tanto pixelado. Quem não agüentava a constante tagarelice das adaptações modernas de "Mario" e "Zelda" no GBA vai ter problemas sérios com esse game: as falas continuam, e estão até mais excessivas nessa versão. Mesmo com esses problemas, porém, o game traz uma apresentação competente.