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Game Boy

Kingdom Hearts: Chain of Memories

11/03/2005

da Redação
Unir duas das mais populares marcas dos desenhos animados e dos RPGs para videogames, Disney e Final Fantasy, resultaram no sucesso de "Kingdom Hearts", um esforço conjunto para criar um jogo de ação com elementos de RPG para o PlayStation 2. Com belos gráficos e uma trama cheia de emoções, as aventuras de Sora, Donald e Pateta acabaram de forma abrupta, deixando portas abertas para uma continuação. Mas entre esse título e "Kingdom Hearts 2" para PlayStation 2 a Square Enix encaixou "Chain of Memories", uma breve aventura para Game Boy Advance que estabelece a conexão entre os dois games.

Perdidos novamente

A nova aventura começa exatamente no ponto em que termina o jogo do PS2 - usando exatamente o mesmo vídeo, através de uma nova tecnologia do portátil. Sora e seus amigos começam a explorar um castelo, ainda sem saber exatamente onde estão. A surpresa é que esse lugar traz reproduções das memórias dos personagens, e uma figura misteriosa guia os aventureiros - que aparentemente não se lembram bem da sua última jornada... nem o jogador, visto que nem manual nem game se esforçam em explicar bem os acontecimentos do outro game.

O tema de memória e esquecimento não é apenas o tema e o fio principal da narrativa, mas também serve como desculpa para que cada andar do castelo seja uma reprodução de um dos mundos do "Kingdom Hearts" original (com a exceção do mundo de Tarzan, que foi excluído). Até os inimigos e amigos são os mesmos do jogo para PS2, deixando os acontecimentos em cada mundo como a principal diferença.

Cartas para que te quero...

A mecânica do jogo é, no mínimo, diferente. Trazendo elementos de jogos como "Baten Kaitos" e "Legend of Mana": o combate é realizado com o uso de cartas colecionáveis, enquanto as fases (andares do castelo, cada um com um mundo da Disney) são definidas pelo jogador usando um segundo tipo de carta.

A ordem da ação é simples: o jogador chega no andar, derrota inimigos usando os golpes das cartas que tem em sua coleção, e ganha como recompensa cartas que geram novas salas. Para abrir as portas para as novas salas (o layout do andar é pré-definido), o jogador deve utilizar cartas que respeitem certas regras sobre suas cores e números. Enquanto isso, o "naipe" da carta define o conteúdo da sala: mais ou menos inimigos, maior poder dos heróis, lojas etc. Cada andar traz quatro salas especiais, cada uma com uma cena que avança a trama - o jogador começa com a carta para abrir a primeira, e ao ver a cena, ganha a carta para abrir a segunda... e assim por diante.

O combate é uma mistura de estratégia e ação igualmente confusa. O jogador move Sora pela tela, podendo andar para os lados e pular. Ao encostar em um inimigo no mapa, ele inicia o combate em uma tela de tamanho restrito contra um grupo de inimigos. Para realizar golpes, o jogador deve selecionar cartas de seu baralho, que é apresentado completo na ordem pré-definida (é possível salvar três configurações independentes). Ao escolher uma carta, Sora usa um ataque, aciona uma magia ou chama um amigo como Donald, Pateta, Aladdin ou outros heróis disponíveis dependendo do mundo. Os inimigos também usam cartas - se você e o oponente atacarem ao mesmo tempo, o personagem com a carta de número maior cancela o golpe do outro. Para evitar isso, é possível "carregar" múltiplas cartas para um único ataque mais forte. Se o jogador gastar todas as cartas, ele precisa "recarregar" o baralho - com um processo que demora cada vez mais e devolve menos cartas cada vez que é repetido em uma mesma batalha.

Mas se a idéia é boa no papel, a execução desses combates é uma decepção. A rapidez da ação não permite que o jogador planeje estratégias, fazendo com que as lutas sejam quase apenas um processo de ação - só que extremamente desajeitado. Combates com alguns chefes são especialmente frustrantes, enquanto outros ficam extremamente fáceis quando os inimigos gastam todas as suas cartas.

Dejá vu? De novo?

A natureza linear dos andares faz com que "Chain of Memories" seja um game bastante curto. A aventura principal pode ser completada em menos de cinco horas com facilidade. Para compensar isso, o jogo traz ainda uma segunda jornada com um outro personagem - apesar de oferecer uma nova trama, é uma decepção ver que essa outra missão recicla NOVAMENTE os mesmos mundos de "Kingdom Hearts".

O ponto forte do game são sem dúvida seus gráficos. Além dos vídeos impressionantes, os mundos e personagens são representados com muitos detalhes e animação excelente. A música segue a mesma linha do jogo para PlayStation 2, e apesar de não ter diálogos dublados, os personagens falam breves frases em certas ocasiões.

CONSIDERAÇÕES

"Kingdom Hearts: Chain of Memories" não se esforça para inteirar o jogador dos acontecimentos do primeiro game, e com um sistema medíocre, é recomendado apenas para fãs do original que querem saber mais sobre o que acontece com Sora e seus colegas entre os dois títulos para PlayStation 2.

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    Kingdom Hearts: Chain of Memories (Game Boy)

    86 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Square Enix
    Lançamento: 07/12/2004
    Distribuidora: Square Enix
    Suporte: 1-2 jogadores; Cabo Link
    RegularAvaliação:
    Regular

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