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Game Boy

Sigma Star Saga

07/09/2005

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
A produtora WayForward, que trabalhou em jogos como "Shantae" e "Scorpion King", reaparece com uma inusitada mistura entre um adventure, do estilo de "The Legend of Zelda: A Link to the Past", e os tradicionais jogos de tiro, à la "R-Type" ou "Gradius". Apesar de parecer uma reunião de clássicos, falhas graves estragam as boas intenções da produtora.

Isso não quer dizer que seja um título ruim. "Sigma Star Saga" tem qualidades que começam com a mistura de dois gêneros bem distintos, além de idéias originais e realizações técnicas competentes.

Ponte aérea

O início pode enganar um pouco sobre a verdadeira identidade do game. A ação começa com um puro "shooter" de visão lateral de velocidade frenética. Ao mesmo tempo, aproveita para contar um pouco da introdução, que retrata a guerra entre humanos e uma raça alienígena chamada krill e o protagonista Ian Recker acaba sendo o único sobrevivente do combate. Mas a batalha está longe de terminar e seu comandante propõe que Ian finja que foi morto e que seja capturado pelos oponentes.

Assim, o herói ganha uma armadura viva, de tecnologia alienígena, e passa a ser um agente infiltrado. Após um treino no simulador, o jogador explorará o primeiro planeta. Logo de cara, percebe-se que "A Link to the Past" foi inspiração para os cenários. No começo, o personagem terá apenas uma pistola para usar contra os inimigos, mas no decorrer da aventura ganhará novos itens que permitirão ultrapassar os diversos obstáculos, uma clássica mecânica de jogo de adventures como o próprio "Zelda" ou "Metroid".

A grande diferença deste RPG para os outros é que as batalhas, de encontros aleatórios, são feitas com a nave e requerem que se derrote uma quantidade de criaturas. Os oponentes, quando abatidos, liberam uma esfera azul que é a materialização da experiência. Ao pegá-la, pontos são adicionados ao seu personagem. Ao acumular uma determinada quantidade, o nível sobe e o seu guerreiro fica mais forte.

Batalha nossa de cada dia

Apesar de a batalha ser divertida no começo, logo passa a ser um estorvo. E esse é o maior problema do título. Os encontros acontecem de tempos em tempos e não há como evitar os combates. Como se não bastasse, os mapas são extensos e muitas vezes é preciso ir e voltar o mesmo caminho. Assim, o sistema de combate, apesar de interessante, fica apenas irritante devido à obrigatoriedade e à quantidade.

São diversos tipos de naves e, escolhidas aleatoriamente a cada combate. Cada uma delas tem um tiro próprio do veículo e outro especial, que pode ser modificado pelo jogador. Além dos tiros "normais", é possível usar bombas, que destroem quase todos os inimigos com apenas um ataque.

São três as características que mudam os tiros e as opções dependem das "Gun Datas" que obtiver. Elas estão nas fases de exploração, algumas no meio do caminho, outras em locais mais escondidos, mas os melhores precisam de itens especiais para revelar sua localização. A primeira opção é o tipo da artilharia, a segunda diz respeito ao tiro em si e a terceira modifica as características do impacto do projétil. A combinação gera, virtualmente, milhares de tipo de tiros, mas somente alguns são realmente eficientes.

Cada planeta tem um portal que leva a uma fase especial de nave, diferenciada, com um chefe no final do caminho. Derrotando-o, o enredo avança e o jogador poderá visitar outros planetas. Há inimigos nas fases de exploração também, mas só servem para liberar itens de cura ou bombas.

Bons ingredientes e uma receita queimada

O visual é um dos pontos altos de "Sigma Star Saga". Os cenários foram claramente inspirados em "A Link to the Past". Apesar de um pouco "blocados", com os elementos alinhados de forma organizada até demais, cada umas peças está desenhada com detalhes. Os avatares têm um pouco mais de personalidade, grandes e bem detalhados, além de animados com graciosidade. Isso se reflete também nos inimigos, concebidos com inspiração. Em compensação, nas fases de nave a maioria das criaturas mais parece amebas ou outros bichos primitivos. Mas os cenários fazem uso da técnica de fluxo em camadas, que gera um senso de profundidade tradicional na maioria dos games de tiro.

A trilha musical não chega a ser ruim, mas a repetição das fases de tiro a torna um elemento a mais de irritação. Os efeitos sonoros são competentes e, apesar de quase todos os diálogos serem em texto, algumas falas incidentais ajudam a melhorar a experiência.

CONSIDERAÇÕES

"Sigma Star Saga" tem uma premissa interessante, misturando elementos clássicos de RPG e jogos de nave. Mas as incessantes batalhas, sem opção de evitá-las, põem tudo a perder. A aventura é bem estruturada e o enredo tem todos os elementos para surpreender. Se o jogador conseguir suportar essa seqüência de combates, que simplesmente quebra qualquer tentativa de manutenção de ritmo, terá melhores chances de gostar dessa inusitada mistura.

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    Sigma Star Saga (Game Boy)

    26 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Wayforward
    Lançamento: 16/08/2005
    Distribuidora: Namco
    Suporte: 1 jogador
    RegularAvaliação:
    Regular

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