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GameCube

Super Mario Sunshine

30/08/2002

da Redação
A espera foi longa: seis anos desde a última verdadeira aventura de Mario. E como o último jogo da série foi responsável por uma revolução que é copiada por praticamente todos os jogos do gênero, não é exatamente uma surpresa que as expectativas em relação a Super Mario Sunshine sejam altíssimas. O resultado final é, no mínimo, inesperado.

A mais nova aventura de Shigeru Miyamoto traz o encanador para um local bastante estranho, a ilha Delfino (desde Super Mario Bros. 2 o herói não tinha uma aventura fora do Reino dos Cogumelos). Mas essa incrível colônia de férias está toda pichada e teve seus tesouros que garantiam seu brilho roubados. Para piorar tudo, o suspeito é idêntico a Mario, que recebe a tarefa de colocar tudo no lugar. O que se segue é uma longa aventura na qual o bigodudo italiano deve enfrentar monstros, caçar Shines e resolver quebra-cabeças.

A grande novidade é FLUDD, um acessório que Mario carrega nas costas e é capaz de usar água para ajudar na missão de limpeza. Além de remover manchas e ferir inimigos, o aparelho permite ao herói atingir certos locais de difícil acesso. Aqueles que temiam que FLUDD transformasse o game em algo diferente do que amam não precisam se preocupar: o espírito da série continua intacto, mas com mudanças suficientes para interessar mesmo quem já venceu Super Mario 64 mais de 64 vezes. Ao mesmo tempo, a ferramente adiciona muitas possibilidades à jogabilidade que é fácil se deixar levar por pequenas brincadeiras e esquecer os objetivos principais.

Duas coisas imediatamente chamam atenção: primeiro, os gráficos não falham em impressionar, com efeitos de água, distorção de calor, reflexos, fumaça... amarrados com uma direção de arte típica da série - só que com um tema tropical. Todas as fases são ensolaradas, cheias água, areia e um céu com poucas nuvens (esqueça as tradicionais fases de neve). Super Mario Sunshine não tem contagens de polígonos altíssimas ou efeitos especiais nunca antes vistos, mas o todo certamente vai agradar com suas cores vibrantes e pequenos detalhes. O jogo às vezes engasga um pouco na taxa de quadros (principalmente ao usar o jato duplo de água matando muitos inimigos), mas o problema não chega a incomodar muito.

A segunda coisa é o controle. A nova aventura do bigodudo traz uma precisão incomum nos jogos desse estilo. As respostas são imediatas, os movimentos executados com facilidade e simples de aprender. Apesar de socos e chutes terem sido extintos desde Mario 64, a introdução de pequenas manobras como o salto giratório e as cordas elásticas (assim como o retorno de Yoshi, que pode ser montado como em Super Mario World) apresentam situações suficientes para que o jogo não perca a graça até você conseguir o Shine número 120.

As fases estão maiores do que nunca, certamente um grande passo desde o episódio anterior. Cada um dos mundos é enorme - e na maioria dos casos pode ser visto à longas distâncias, facilitando a busca do protagonista. Além disso, a variedade entre as fases e até mesmo nos elementos internos de cada uma fazem com que a exploração seja sempre interessante. Uma novidade: existe um excesso de personagens com os quais Mario pode conversar espalhados pelo mundo (especialmente quando você leva em conta que a maioria só fala besteira).

Outra surpresa: a Nintendo dessa vez colocou pequenos vídeos entre certos eventos da trama que vão aos poucos explicando quem é o culpado pela depredação da ilha - algo que muitos fãs nunca esperariam ver um jogo da série. Fora alguns problemas de sincronia labial, eles cumprem seu papel - só não espere Shakespeare ou Metal Gear Solid.

Mas infelizmente, nem tudo são rosas nesse paraíso tropical. As fases grandes e menos lineares trazem um problema: a câmera. Ao contrário da câmera de Super Mario 64 que parecia magicamente sempre saber onde ficar, a câmera de Sunshine parece esperar que o jogador fique constatemente ajustando a visão com o direcional C. Os jogadores mais experientes vão ficar contentes com tanto controle do ponto de vista, mas a grande maioria vai ter problemas para acertar pulos e coordenar o movimento do italiano com a visão.

Aqueles que temiam um jogo curto podem descansar em paz. Além de trazer alguns desafios penosos, o título chega quase ao ponto de frustrante em determinados pontos - felizmente, esses desafios são opcionais para aqueles que querem conseguir todos os Shines.

Os mais saudosistas vão curtir inúmeras pequenas referências aos antigos jogos da série espalhados pela ilha, seja na música, nos inimigos, em parte das fases ou nos fundos de certos níveis de bônus.

CONSIDERAÇÕES

Talvez o maior defeito de Super Mario Sunshine seja levantar demais as expectativas de quem queria reviver as aventuras do encanador mais famoso do mundo. O jogo certamente é um dos mais competentes do gênero já lançados, e apesar dos pequenos problemas não vai falhar em agradar até o mais crítico jogador - mesmo que não atinja as expectativas inalcançáveis que a série impôs a si mesma.

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    Super Mario Sunshine (GameCube)

    308 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nintendo
    Lançamento: 25/08/2002
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1 jogador, Cartão de memória
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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