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GameCube

Pikmin

18/12/2001

da Redação
A Nintendo tem uma longa tradição de recriar certos estilos de jogos de maneira a mudar suas características, transformando-os em algo mais divertido e acessível. Foi o que aconteceu com as séries Punch Out!, Mario Kart e muitas outras. E agora o maior designer da empresa, Shigeru Miyamoto, acabou fazendo o mesmo com os jogos de estratégia em tempo real, inspirado em formigas que ele viu em seu jardim. Conheça Pikmin, a mais nova loucura do criador de Mario e Zelda.

Apesar da comparação ser justificada, Pikmin não é nem de perto um jogo parecido com Command & Conquer ou Warcraft. Sim, ele empresta alguns elementos do gênero de estratégia em tempo real, mas isso é apenas um detalhe. Pikmin é um game com objetivos, ritmos e apresentação completamente diferente. Uma vez esclarecido isso, vamos ao miolo do título.

Tudo começa quando o Capitão Olimar navega pelo espaço em sua nave, a Dolphin, e colide com um asteróide, cainda em um enorme planeta azul. Olimar encontra sua nave despedaçada em 31 partes, em um local com oxigênio venenoso - sendo que seu suporte de vida só durará 30 dias. Ele sabe que não conseguirá recuperar as 30 peças espalhadas sozinho, e começa a ficar desesperado. E é assim que ele encontra um 'Onion', uma grande estrutura vermelha, que cospe uma pequena semente. Desta nasce uma obediente criatura da mesma cor, que ele decide batizar de Pikmin (pensando nas Pikpik de seu planeta natal). O Pikmin então corta uma flor e traz uma ficha para a Onion, que produz mais Pikmin. E com essa tropa cada vez maior, Olimar consegue recuperar o motor da nave e viajar pequenas distâncias (as diferentes fases do jogo), sendo acompanhado pela Onion.

Tudo isso acontece no primeiro dia do game, que serve de tutorial. Os demais dias contam com um limite de 15 minutos, ao final dos quais terríveis criaturas atacam - e se Olimar e os Pikmin não voltarem para seus respectivos lares (as Onions e a Dolphin), eles são comidos. Olimar encontra durante suas aventuras duas outras formas de Pikmin: azul e amarelo. Cada um deles é capaz de realizar tarefas diferentes como resistir a fogo, água e carregar bombas. Os Pikmin também ganham níveis, e as flores em suas cabeças crescem para indicar essa diferença.

Desta forma, você se vê forçado a gerenciar grupos de centenas de Pikmin a realizar inúmeras tarefas para reconstruir a nave no tempo determinado. Na sua primeira jogada, você levará dias para recuperar cada peça, e por isso é necessário recomeçar o jogo inúmeras vezes. Cada vez que você joga novamente consegue economizar tempo ao gerenciar melhor seus Pikmin - e essa mecânica se repete no decorrer do game. Você terá que construir pontes, destruir obstáculos, empurrar objetos, matar criaturas e conseguir mais Pikmin para melhorar sua performance nessas tarefas.

Duas coisas impressionam no jogo: a primeira é a simplicidade do conceito, que consegue ser desafiador sem ser frustrante, e recompensador por sua dificuldade balanceada. Cada desafio é proposto de maneira inteligente e criativa, e cada jogador pode enfrentá-la de uma maneira diferente para tentar conseguir resolver o problema no menor tempo possível. A segunda coisa que chama atenção é a narrativa: Olimar mantem um diário de sua exploração, e o texto é claramente baseado no estilo de Robinson Crusoé, não apenas divertindo o jogador, mas criando todo o clima de aventura e descobrindo, aumentando demais a imersão.

Do ponto de vista gráfico, Pikmin brilha quando visto das câmeras mais afastadas. O detalhe de cada textura imita de maneira quase surreal o microcosmo do mundo onde Olimar está preso. Infelizmente, quanto mais a câmera se aproxima, as texturas começam a se provar borradas. Não é o maior problema do mundo, mas os detalhistas podem reclamar desse pequeno defeito. Um efeito de blur é utilizado durante o decorrer do jogo para simular o exagero de luz, e traz certo charme a apresentação. A framerate é constante, e só engasga mesmo no último chefe do jogo (o que não é de surpreender... vocês entenderão quando chegarem lá).

Na parte sonora, a trilha é tudo que você poderia esperar da Nintendo, com efeitos repetitivos mas carismáticos - o barulho dos Pikmin girando ao redor de Olimar é simplesmente hilário. Alguns podem reclamar do pequeno número de canções, mas elas são fáceis de escutar e não incomodam.

Uma vez terminado o jogo, abre uma nova opção de desafio, e você pode tentar refazer certas porções da aventura tentando conseguir o maior número de Pikmin no menor tempo possível. Os trinta dias levam quase oito horas para terminar, mas é improvável que alguém consiga vencer o jogo na primeira tentativa. No geral, a duração do jogo é bem planejada para seu conteúdo.

CONSIDERAÇÕES

Pikmin é um típico jogo da Nintendo: criativo, carismático e bastante acessível. Se a idéia de um jogo de estratégia diferente lhe parece interessante, Pikmin certamente é uma boa escolha. Para os demais, é impossível não se levar pelo charme dessa excelente obra de Miyamoto.

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    Pikmin (GameCube)

    26 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nintendo
    Lançamento: 02/12/2001
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: WII
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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