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Como assim!? As reviravoltas mais chocantes dos games

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Do Gamehall, em São Paulo

16/07/2017 11h00

Histórias em videogames, no geral, não tem muito segredo: o jogador deve controlar um soldado/guerreiro/encanador e atirar/fatiar/pular em terroristas/demônios/tartarugas para salvar o mundo/civilização/princesa.

Às vezes, porém, alguns games conseguem dar um tapa na cara de seus jogadores ao trazer uma reviravolta chocante, que muda a direção do resto da narrativa ou ajuda a recontextualizar o que aconteceu até aquele momento.

UOL Jogos separou alguns destes momentos, que vão desde mortes surpreendentes até a revelação do verdadeiro caráter de certos personagens.

Logicamente, SPOILERS ABAIXO!!!

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    Metroid - Samus Aran é uma mulher

    Hoje em dia, mesmo quem apenas ouviu falar de "Metroid" sabe que Samus Aran, protagonista da série, é uma mulher.

    Ainda assim, quem terminou o primeiro game lá nos anos 1980 com seu Nintendinho em menos de 5 horas provavelmente esperava que a pessoa por baixo daquela armadura gigante fosse um homem, especialmente porque nada mostrado anteriormente indicava o verdadeiro sexo da personagem, então naturalmente a maioria dos jogadores - em geral do sexo masculino - não pensou muito a respeito.

    Embora exista um elemento de objetificação com a revelação original de Samus (a "recompensa" ao terminar o jogo em menos de 1 hora era vê-la de biquíni, afinal de contas), mas ela ainda é adorada pela comunidade feminina como exemplo positivo de heroína nos games

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    Star Wars: Knights of the Old Republic - Quem é Darth Revan?

    Um dos jogos mais populares e aclamados baseados na série "Star Wars", em "Knights of the Old Republic" o jogador controla um cara (ou moça) que se vê no meio de um conflito entre a República e as forças do implacável Darth Malak, que tomou poder após trair seu antigo mestre, Darth Revan.

    Perto do fim do game, porém, você descobre a verdade: O protagonista na verdade era o próprio Darth Revan, que após ser derrotado pelos Jedi teve sua mente apagada e foi reintroduzido à sociedade como um zé-ninguém na esperança de que um dia pudesse lutar contra Malak.

    A partir daí, fica ao jogador a decisão de se redimir pelos atos de sua vida passada, ou voltar ao Lado Negro e retomar seu antigo posto das garras de seu discípulo.

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    Red Dead Redemption - O triste fim de John Marston

    Em "Red Dead Redemption", John Marston não quer nada mais do que deixar seus dias de bandidagem para trás, mas acaba sendo forçado pelo governo americano a caçar os membros da sua antiga gangue, usando sua mulher e filho como reféns.

    Após completar o serviço, John vive alguns dias de paz... Até o exército americano invadir sua fazenda atirando para todos os lados. Sabendo que não há muito que possa fazer, o caubói manda sua família para longe antes de brutalmente morto - levando alguns soldados junto com ele, claro.

    A partir daí, o jogador controla o filho de John, Jack, que até pode conseguir se vingar do homem que causou todo este sofrimento à sua família, mas no processo vira exatamente o tipo de fora-da-lei que o pai não queria que ele fosse.

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    Final Fantasy VII - A morte de Aerith

    Momento que traumatizou muitas crianças e adolescentes nos anos 1990, a morte de Aerith (ou Aeris, como você preferir) Gainsborough pelas mãos do vilão Sephiroth ainda é lembrado como um dos maiores choques no mundo dos games, mesmo 20 anos depois.

    Após invocar um feitiço especial para impedir a destruição do mundo via o chamado "Meteor", Aerith é recompensada com uma espada gigante na barriga. Os efeitos de sua morte são sentidos pelo resto do jogo, não só em termos de jogabilidade - ela era um dos seus companheiros de equipe, afinal de contas - e relação com os outros personagens, mas até na própria batalha final, quando seu espírito ajuda a destruir Meteor definitivamente.

    E não, há menos que você use hacks, não há como salvá-la.

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    Silent Hill 2 - O que realmente aconteceu com a esposa de James

    Em "Silent Hill 2", o protagonista James Sunderland vai à misteriosa cidade em busca de sua esposa, Mary, que morreu há 3 anos atrás, mas supostamente enviou uma carta ao marido para encontrá-la por lá.

    Após enfrentar uma série de monstruosidades e pessoas com sérios problemas psicológicos, James encontra uma fita que mostra o que realmente aconteceu: foi ele quem matou Mary, que estava sofrendo de uma doença terminal, poucos dias antes dos eventos do jogo.

    Isso nos faz repensar e questionar a índole de James, que até então parecia uma figura relativamente heroica: será que ele fez isso para parar o sofrimento da esposa? Ou será que o fez por motivos mais egoístas, incapaz de aguentar o fardo que ela representava? Ou os dois? Ou nenhum dos dois?

    O senso de ambiguidade em relação ao caráter de James - que pode ser reforçado ou enfraquecido dependendo do final - é mais um motivo pelo qual "Silent Hill 2" ainda é considerado uma das melhores narrativas dentro de um videogame.

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    BioShock - Um homem escolhe; um escravo obedece

    Em "BioShock", o jogador controla Jack, um homem que sobrevive a um acidente de avião e acaba indo parar em Rapture, uma cidade submarina criada para ser um paraíso objetivista, mas que (naturalmente) tornou-se um caos com mutantes viciados e monstros escafandristas.

    Para escapar deste inferno, Jack conta com a ajuda do rebelde Atlas, que diz que o único jeito de fugir da cidade é matando seu fundador, Andrew Ryan.

    Ao confrontar Ryan, porém, o jogador descobre a verdade: Jack é na verdade um experimento científico criado por Atlas - que na verdade é o gângster Frank Fontaine, que ajudou a levar a cidade a este estado -, servindo-o de forma subliminar por meio da frase "Would you kindly" ("Poderia caridosamente", em tradução livre). Não só isso, o protagonista é biologicamente filho do empresário, o que não o impede de esmagar sua cabeça com um taco de golfe à pedido do "pai", cujas últimas palavras são "Um homem escolhe; um escravo obedece".

    O jogo chega a dar algumas dicas de que há algo mais envolvendo Jack (as tatuagens de corrente em seu pulso, por exemplo), mas ainda assim é um baque e tanto para os desavisados.

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    Metal Gear Solid 2: The Sons of Liberty - Raiden

    Em uma reviravolta que causou revolta em boa parte dos fãs da série, em "Metal Gear Solid 2: The Sons of Liberty" o herói da série, Solid Snake, só é jogável por uma breve sessão do game, que pode ser completada em menos de uma hora.

    Depois disso, o foco muda para um novo personagem, Raiden, que encarna o papel de "novato despreparado" enquanto Snake, agora um personagem secundário, serve mais como um mentor e guia tanto para ele quanto para o jogador, explicando as bizarrices envolvendo clones, conspirações centenárias e inteligências artificiais que controlam o governo americano.

    (É um jogo um tanto esquisito)

    Os fãs ficaram furiosos com a troca, e alguns até hoje não perdoam o diretor do game, Hideo Kojima. Snake só voltaria a ser um personagem jogável em "Metal Gear Solid 4" - tendo, é claro, envelhecido prematuramente entre os dois jogos.

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    Final Fantasy VI - Mundo em Ruínas

    "Final Fantasy VI" começa relativamente normal, com um grupo de heróis tentando derrotar um Império maligno que quer dominar o mundo.

    Isso é, até Kefka decidir se meter na história.

    Antes apenas um dos principais capangas do imperador Gestahl, Kefka toma o poder dos Espers (humanos que tem poderes mágicos) e vira um deus, traindo e matando seu antigo regente no processo.

    Não bastasse isso, Kefka destrói o mundo, partindo continentes e acabando com boa parte de sua fauna e flora.

    Sua vitória é tão devastadora que Terra, Celes e o resto dos heróis só conseguem se reunir para derrotá-lo um ano depois destes eventos.

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    Horizon: Zero Dawn - Um mundo realmente pós-apocalíptico

    Na onda de mundos destruídos, em "Horizon: Zero Dawn" não se sabe, inicialmente, o que levou a humanidade a voltar à idade da pedra, ou porque existem robôs em formas de animal que habitam o planeta.

    No decorrer da trama o jogador, junto com a protagonista Aloy, descobre o que realmente aconteceu: toda a vida na Terra foi completamente destruída por robôs, que se alimentaram da sua biosfera. Graças a um grupo de cientistas e especialistas liderado pela Dra. Elizabet Sobeck (da qual nossa heroína é clone), o projeto Zero Dawn reviveu a fauna e flora do planeta, com os robôs animais servindo como "guardiões" deste novo mundo.

    Por que os humanos não voltaram a seu antigo esplendor? Porque o rico desgraçado que foi responsável pela criação dos robôs assassinos sabotou o projeto, seja por uma crise nervosa ou simplesmente para esconder o fato de que ele causou o apocalipse.

    Palmas para ele.

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    Spec Ops: The Line - "Isso é tudo culpa sua"

    Com uma história surpreendentemente subversiva, inspirada pelo clássico livro "Coração das Trevas" de Joseph Conrad, "Spec Ops: The Line" começa com um shooter em terceira pessoa qualquer: o Capitão Martin Walker, líder de um esquadrão da Força Delta, deve entrar em contato e resgatar sobreviventes da cidade de Dubai, que foi destruída por uma tempestade de areia sob o comando do general americano John Konrad (sacou?)

    No decorrer da narrativa, porém, Walker e seu esquadrão se veem forçados a lutar contra as forças de Konrad - soldados americanos, note-se -, e cometem atrocidades após atrocidades, incluindo a morte acidental de um grupo de civis graças a um ataque de fósforo branco, e a destruição do reservatório de água da cidade.

    Para piorar as coisas, o próprio general começa a falar com o protagonista, criticando e julgando suas ações.

    Ao final da história, Walker - destruído mental e fisicamente - é o único sobrevivente de seu esquadrão, e ao chegar ao centro de comando de Konrad descobre que o general havia se matado meses antes dos eventos do jogo. A voz na verdade era uma manifestação de seu ódio e culpa do capitão, misturados com o colapso nervoso que parece ter sofrido no caminho.

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    Call of Duty 4: Modern Warfare - A bomba

    Embora não chegue nem perto da agressividade de "Spec Ops: The Line", "Call of Duty 4: Modern Warfare" não virou um dos jogos mais importantes da última geração de consoles sem trazer sua própria reviravolta surpreendente.

    No game, as forças armadas americanas invadem uma nação fictícia no Oriente Médio, que foi tomada pelo terrorista Khaled Al-Asad.

    (O jogo foi lançado alguns anos antes da Guerra da Síria, só para constar).

    Algumas missões depois, porém, uma bomba nuclear (supostamente plantada pelas forças de Al-Asad) é detonada na capital, aniquilando os fuzileiros nos seus arredores e matando um dos personagens jogáveis - sendo que você pode controlá-lo em seus últimos momentos.

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    God of War - "O Fantasma de Esparta"

    Kratos é um dos anti-heróis mais famosos dos games, mas no primeiro "God of War" o público não sabia muito sobre suas origens, e porque ele tem a pele tão pálida ao ponto de ser chamado de "O Fantasma de Esparta".

    No decorrer do game, vamos descobrindo mais sobre sua vida, incluindo o pacto que fez com o deus da guerra Ares para salvar sua vida de um exército bárbaro.

    Finalmente, lá para o fim da história, o jogador descobre a verdadeira tragédia de Kratos: sob comando de Ares, ele destrói uma vila de crentes à deusa Atena, acidentalmente matando sua mulher e filha no processo.

    Tomado pela culpa, Kratos é amaldiçoado por uma feiticeira a viver com a marca de seu pecado, e sua pele é coberta pelas cinzas de sua família, tornando-se a figura pálida e lúgubre que os fãs conhecem e adoram.

    No decorrer da série, Kratos é perdoado pelos deuses por matar sua família e chega até a se substituir Ares como a divindade da guerra por uns tempos, mas mesmo assim continuou a manter o visual do "Fantasma de Esparta".