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Os 10 motivos que fizeram de "One Piece" o maior mangá de todos os tempos

Reprodução/Shueisha
Imagem: Reprodução/Shueisha

Do UOL, em São Paulo

19/07/2017 04h00

Precisamente 20 anos atrás, em 19 julho de 1997, era publicado nas páginas da revista de quadrinhos japonesa Weekly Shonen Jump o primeiro capítulo de "One Piece" - o maior mangá de todos os tempos.

Nascida da mente do então novato autor Eiichiro Oda, a história do jovem pirata Monkey D. Luffy em busca do lendário tesouro One Piece cativou todo o Japão, rapidamente transformando-se em uma das marcas mais conhecidas da cultura pop do país. O mangá inspirou um anime, filmes, games, bonecos, brinquedos e produtos licenciados de todos os tipos.

Até hoje, o mangá já vendeu mais de 416 milhões de volumes pelo mundo - 176 milhões a mais do que o segundo lugar do ranking das obras mais bem-sucedidas no formato. Em termos de quadrinhos no geral, "One Piece" só perde para Batman e Superman em vendas, mas é campeã incontestável entre séries assinadas por um único autor.

Mas quais foram os motivos que fizeram de "One Piece" esta monstruosidade descabida, que deixou muito para trás seu contemporâneo "Naruto" e até mesmo o clássico "Dragon Ball"?

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    Heróis que se completam

    Luffy é o capitão mais cabeça de vento dos quatro mares, e leva a maioria das situações na brincadeira. Mas em todas as áreas que ele deixa a desejar, os outros Piratas do Chapéu de Palha compensam. O imediato Zoro, a navegadora Nami, o médico Chopper, o cozinheiro Sanji e todos os outros membros do bando têm habilidades únicas e seus próprios momentos sob os holofotes. E eles nunca hesitam para defender um ao outro.

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    Uma única grande missão

    Ao longo de suas jornadas pelo mundo, Luffy e companhia já atiçaram revoluções, derrubaram tiranos, resgataram prisioneiros e foram capturados por inúmeros contratempos. Mas a missão do bando é a mesma desde o primeiro capítulo: obter o tesouro One Piece e tornar-se o maior dentre todos os bandos de piratas. Por mais que desvios em um caminho tão longo sejam inevitáveis, cada nova batalha ou aliança aproxima Luffy de seu grande objetivo, e sua jornada de um inevitável fim.

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    O traço único de Oda

    Pegue qualquer quadrinho dos mais de 800 capítulos de "One Piece", mesmo fora de contexto, e certamente você será capaz de identificar o traço de Eiichiro Oda. O estilo dos desenhos do mangaka é perfeito para trazer à vida o extremamente diverso mundo da série, que tem monstros, animais falantes, ciborgues e todos os outros tipos de criaturas em meio aos humanos 'comuns'. E a arte de Oda evoluiu muito ao longo das últimas duas décadas: os quadros ganharam complexidade mas não perderam a clareza.

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    Um mundo consistente

    O mundo de "One Piece" que conhecemos hoje é muito maior do que aqueles que imaginávamos quando a série começou. Mas nenhum dos novos elementos ou facções apresentados ao longo dos anos na história fogem das regras que foram estipuladas lá atrás. O mundo ainda tem apenas quatro mares, cortados no merididiano pela cadeia montanhosa Red Line e no equador pela perigosa Grand Line - e no fim dela há a ilha Raftel, que guarda o One Piece. Essa lógica consistente torna a série fácil de acompanhar. Eiichiro Oda criou um mundo com preceitos bem simples e, com grande atenção aos detalhes, nunca os quebrou.

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    Tudo tem consequências

    As ações de Luffy e seu grupo lá atrás no início de suas aventuras ainda reveberam até os dias de hoje. Todos se lembram de como os Piratas do Chapéu de Palha derrubaram o tirano Crocodile em Alabasta, por exemplo, e reagem de acordo com essa fama quando ficam cara a cara com os heróis. Isso não apenas dá mais credibilidade ao mundo da obra como também recompensa o leitor de longa data, que também se lembra de episódios anteriores da jornada.

  • Reprodução/Toei Animation

    Batalhas inesquecíveis

    As lutas de "One Piece" nunca se resumem a meras trocas de raios laser ou disputas matemáticas de 'nível de poder'. Vence na série quem age com inteligência e criatividade. E por isso, a jornada é mais interessante do que o destino final: ver como uma luta se desenrola é mais importante do que apenas saber quem vencerá. Eu lembro exatamente como Luffy e companheiros venceram seus maiores oponentes, mas não posso dizer o mesmo sobre outros mangás populares.

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    Grandes vilões

    De Arlong a Kaido, os vilões de "One Piece" sempre deixam uma impressão muito forte nos leitores. Eles podem ser personagens que aparecem repentinamente, como Rob Lucci ou Caesar Clown, ou então figuras que já tinham sido apresentadas antes, como Gekko Moriah ou Doflamingo - mas todos surpreendem quando chega a hora do enfrentamento final. E o melhor: isso costuma valer até mesmo para capangas.

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    Histórias emocionantes

    Quem não derramou ao menos uma lágrima enquanto a velha tripulação de Brook cantava "Saquê de Binks" pela última vez não tem um coração. Fico com calafrios só de lembrar. "One Piece" é repleto de momentos genuinamente emocionantes, seja por tristeza como nos casos das trágicas infâncias de Robin e Chopper, ou por felicidade como no reencontro de Luffy com uma pessoa em particular.

  • Reprodução/Toei Animation

    Os mistérios de cada ilha

    Até mesmo uma ilha 'simples' como a desértica Alabasta esconde segredos. Mas os locais que o Bando do Chapéu de Palha visita vão ficando progressivamente mais malucos com o passar do tempo. Há uma ilha voadora, uma cidade onde os brinquedos têm vida, um arquipélago feito de doces, um reino construído nas costas de um elefante gigante... os cenários são tão criativos e cheios de nuance quanto os personagens que os habitam.

  • Divulgação/Shueisha

    Bom humor e carisma

    O sorriso exagerado de Luffy que estampa capas de vários dos volumes do mangá é a cara da franquia... e não apenas literalmente. Apesar de retratar os temas mais pesados possíveis (incluindo escravidão e genocídio), "One Piece" nunca perde o bom humor. O Bando do Chapéu de Palha sabe ser sério quando precisa, mas a aventura nunca perde a leveza; afinal, essa é uma história sobre um grupo de amigos que viajam pelo mundo em busca de um grande tesouro.