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Caesar IV

12/12/2006

da Redação
"Caesar" tem história para contar: a série nasceu em 1993, pelas mãos da Impressions Games e, desde então, a tarefa de construir e administrar um vilarejo na Roma antiga, transformando-o em um verdadeiro império, conquistou muitos adeptos. Posteriormente, a produtora ainda arriscou-se no Egito, com "Pharaoh", e na China antiga, com "Emperor".

Nenhuma das investidas, porém, foi tão apaixonante quanto "Caesar". E, após oito anos de recesso, a série volta, pela primeira vez, com gráficos tridimensionais. A responsável pela produção é a Tilted Mill, que tem em sua equipe alguns funcionários que atuaram em versões anteriores. É um retorno sem grandes novidades, mas que preserva a essência do original.

Muito além do pão e circo

Em "Caesar IV", você é o governador e, como tal, deve construir cidades em pleno Império Romano, atendendo a população em suas necessidades básicas ou até bem mais que isso, dependendo da classe social em questão. Tal divisão, aliás, é a principal inovação do jogo.

Agora, a civilização se desdobra em três diferentes classes sociais: a primeira são os plebeus, força braçal da cidade que, ao mesmo tempo em que tem baixas exigências (dê-lhes alimento, água e moradia, e está tudo certo), também não pagam impostos; depois, vem a classe média, que trabalham nos serviços públicos, têm necessidades um pouco mais elaboradas e também não contribui para os cofres; e, finalmente, há os patrícios, que não trabalham, querem tudo do bom e do melhor, e contribuem para as contas.

Equilibrar a infra-estrutura da sua cidade, de forma a satisfazer todas as classes sociais, como você pode imaginar, é o maior desafio de "Caesar IV", e pode ser uma tarefa muito gratificante. Agora, conhecendo bem as necessidades e exigências de cada setor da população, progredir a província tornou-se uma tarefa mais elaborada, sem cair tanto no vazio pouco objetivo que às vezes acomete jogos de administração - quando você tem a cidade aparentemente perfeita mas, ainda assim, não param de pipocar problemas, por exemplo.

Os ricaços são os mais difíceis de satisfazer, com seus gostos requintados e exóticos. Ao menos, é um estímulo ao comércio de mercadorias com outras cidades, para conseguir os artigos de luxo. Até lá, no entanto, é preciso dar vida a uma infra-estrutura enorme para atrair os patrícios - algo que não acontece, no entanto, se você não empregar os plebeus e a classe média adequadamente.

Barbaridade

A campanha single-player de "Caesar IV" se divide em três partes: Kingdom, que funciona como tutorial, e Republic e Empire, que reúnem as missões do jogo. Normalmente, os objetivos são variados, como atender certas vontades de Roma, conquistar um determinado índice de prosperidade e por aí vai. Mas, no final das contas, para atingir estes fins o meio é o mesmo, ou seja, erguer uma cidade boa o suficiente para progredir - leia-se "gerar dinares".

O microgerenciamento é bastante intenso: há várias estruturas para construir e, normalmente, uma depende da outra para funcionar - de nada adianta, por exemplo, coletar a madeira sem ter uma fábrica de móveis e, claro, o mercado onde eles podem ser vendidos. E assim desenrolam-se também o sistema de água, saúde, entretenimento e até mesmo a decoração da cidade, essencial para fazer os moradores - principalmente os abonados - se sentirem bem.

A porção militar continua fraca como sempre foi e, em alguns momentos, chega até a aborrecer, pois, para proteger-se dos bárbaros, você precisa parar tudo o que está fazendo para construir muros ao redor da cidade, às vezes destruindo estruturas que estão no meio do caminho, pois nesse ponto a interface de "Caesar IV" é bem engessada. Alistados alguns soldados, eles ficam à disposição para proteger. Nada capaz de empolgar, no entanto.

Além de não possuir um modo Sandbox, com cenários para jogar livremente, o jogo também não apresenta multiplayer. Nada, entretanto, que envolve partidas cooperativas, por exemplo - no máximo, comparar desempenhos em rankings online. Ao menos, já "quebra" a barreira do single-player e, mesmo não sendo grande coisa, os veteranos da série podem se atrair por essa disputa.

Maravilha de Roma

No setor visual, está a outra grande mudança de "Caesar IV": os gráficos vistosos, quando em alta resolução e com todos os efeitos no máximo, dão gosto de ver. Os cidadãos estão muito mais animados e não é raro parar alguns instantes só para apreciar a "vida virtual" acontecendo.

As construções aparecem com uma riqueza muito maior de detalhes e o zoom é muito potente, permitindo apreciar o jogo sob a perspectiva de visão que você desejar. Apenas os efeitos visuais é que não impressionam. Além disso, a otimização não está lá essas coisas, principalmente com todas as opções gráficas ligadas, o que causa quedas na taxa de quadros por segundo. O prejuízo não é apenas aos olhos: há vezes em que você precisa clicar várias vezes até que o jogo registre a ação. Mas, para resolver, é só dar uma maneirada nas opções visuais.

Ave, César

CONSIDERAÇÕES

O prazer de jogar "Caesar" está de volta. No quarto episódio da série, as classes sociais e os gráficos renovados dão novo fôlego à construção de cidades romanas, e nem as limitações do modo single-player e da porção militar são suficientes para abalar o retorno. Sorte dos candidatos a César virtual.

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    Caesar IV (Pc)

    94 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Tilted Mill
    Lançamento: 26/09/2006
    Distribuidora: Vivendi Universal Games
    Suporte: 1 jogador
    Configuração mínima: Pentium 4 de 1.6GHz ou equivalente; 512MB de RAM; 2GB de HD; CD-ROM; placa de vídeo 3D de 64MB; Windows 2000/XP
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    Tamanho: 446MB

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