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Call of Duty

11/12/2003

da Redação
Nenhum ser humano sensato se diz a favor das guerras. Mas existe uma razão pela qual existem tantos filmes, livros e jogos sobre o assunto: o apelo quase romântico do heroísmo dos combatentes, que sobrevivem contra as estatísticas, e lutam por algo que acreditam.

A série "Medal of Honor" nasceu dessa onda e virou um grande sucesso por onde ela passou. "Call of Duty" parecerá familiar para os fãs do jogo da Electronic Arts por um motivo simples: a produtora Infinity Ward é formada por ex-membros da equipe de "Allied Assault".

"Vocês ainda não viram nada"

"Call of Duty" não falha em surpreender aqueles que acharam que já tinha visto tudo em um jogo de guerra. O tema do título segue de perto os elementos tão interessantes da guerra: trabalho em equipe e sacrifício. Boa parte do jogo é passada como parte de um pelotão, tentando encontrar brechas por cidades tomadas por nazistas. Como a força invasora, o seu personagem deve sempre buscar cobertura e seguir os conselhos (assim como defender) os demais membros da sua turma. Tudo isso fica claro no primeiro discurso do seu comandante na primeira parte do game: "Vocês ainda não viram nada".

O jogo tenta manter um ar de realismo, mas adere a muitas das regras fictícias do jogos: levar alguns tiros apenas diminui sua energia, e kits de primeiros socorros fazem curas instantâneas e milagrosas. Isso faz parte da ação de "Call of Duty", que é certamente um dos mais dinâmicos jogos de guerra para um jogador. O jogo empresta, porém, alguns aspectos de "Halo" no departamento de armas: apenas dois rifles ou metralhadoras podem ser carregados (além de sua pistola e granadas).

Todo o sistema do jogo é voltado para essa rapidez da invasão, evitando missões solitárias, cenas de furtividade e outros elementos desse tipo. Por isso mesmo, o sistema de controle é simplificado com a remoção de opções de andar silenciosamente ou correr. O seu personagem anda bem rápido, e perde velocidade apenas quando ativa a mira das armas, levantando-a à altura dos olhos. Em contrapartida, a necessidade de encontrar cobertura adiciona, além da opção de agachar, a possibilidade de se deitar.

Eles estão em maior número!

Todos esses elementos se combinam de uma maneira quase perfeita. Cada missão é feita com isso em mente, e fica fácil começar a compreender o enorme risco da invasão da Normandia. Esses elementos são ainda mais reforçados por alguns efeitos especiais que lembram "O Resgate do Soldado Ryan": quando um disparo de morteiro cai perto de você, matando seus colegas, a ação fica em câmera lenta, e o som abafado. Esse tipo de recurso é extremamente imersivo - e quase perturbador. A apresentação visual e musical do jogo não deixam a desejar.

A história do jogo não chega a ser tão elaborada quanto a de "Medal of Honor", pecando pela desconexão das três partes diferentes de sua campanha (da perspectiva americana, britânica e russa). As cenas de explicação das missões parecem um tanto falsas na maneira que são apresentada, e a trama como um todo é desconexa. Mas isso não chega a machucar o jogo, uma vez que, no campo de batalha, os esforços da Infinity Ward ficam claros. É difícil não se impressionar com a quantidade de soldados - aliados ou inimigos - que estão em cada cenário em qualquer dado momento.

Guerra na rede

Além da excelente campanha para um jogador, uma opção de multiplayer online se aproveita da dinâmica do mecanismo para oferecer um dos mais divertidos jogos do estilo disponíveis no mercado.

CONSIDERAÇÕES

Fãs de jogos de guerra não tem como errar com "Call of Duty". Apesar de não ser exatamente revolucionário, os elementos montados pela Infinity Ward se encaixam com uma precisão espantosa para reproduzir os horrores da guerra... de uma forma palatável para o jogador.

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    Call of Duty (Pc)

    30 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Infinity Ward
    Lançamento: 29/10/2003
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1-32 jogadores, online
    Configuração mínima: PIII 700MHz, 128MB de RAM, CD 8X, Placa 3D com 32MB de RAM, 1,4GB de HD
    Outras plataformas: PS3 X360
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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