Jogar um jogo de tabuleiro é uma experiência única. Você está sentado, comprenetrado, e cada escolha é planejada cuidadosamente. Muitas vezes, você se arrepende de uma decisão, e se assombra com a engenhosidade de seu oponente. Todas essas sensações já devem ter passado pela sua cabeça no decorrer de uma partida de damas, xadrez, gamão, banco imobiliário... e esse é o âmago de Civilization.
Baseado originalmente no jogo de tabuleiro homônimo, Civilization traz uma proposta assustadora: construir uma civilização que resista ao teste de tempo. Alguns dos problemas que imperadores aspirantes (ou presidentes, reis, primeiros-ministros ou seja lá o que você se chamar) vão enfrentar incluem revoltas da população, guerras, poluição, corrupção, corridas espaciais... as opções são inúmeras, assim como as soluções para esses dilemas.
O jogo começa como um simples colono e um trabalhador. Mas o seu primeiro estabelecimento irá pesquisar tecnologias como o Alfabeto e a Metalurgia, criará exércitos, negociará com outras tribos... em pouco tempo, você terá um pequeno império, e pretensões de grandeza que podem ser de ordem cultural, militar, diplomática ou comercial. Se você quiser simplesmente tomar as cidades de outras civilizações com a força, pode fazer isso. Mas se você conseguir expandir sua influência cultural, é possível até mesmo que os habitantes do local se revoltem e se unam ao seu governo por espontânea vontade. Tudo isso acontece com enorme naturalidade.
Aqueles que acompanharam toda a série vão reconhecer a fórmula básica. Mas é impossível não perceber duas grandes mudanças: toda a apresentação e interface receberam uma enorme plástica, deixando o visual e o controle mais agradáveis, e as possibilidades são ainda maiores. Novas Maravilhas do Mundo, novas unidades militares, uma mesa de negociação impecável e muita variedade são apenas alguns dos detalhes que vão chamar a sua atenção.
Uma vez mergulhado nos ciclos milenares de Civilization 3, você ficará completamente hipnotizado. É muito comum se esquecer de salvar o jogo durante momentos de tensão, já que você fica completamente imerso no mapa mundi virtual, pensando em maneiras de expandir sua influência. O destaque fica por conta das novas maneiras de vencer o jogo, como a vitória diplomática (você é eleito líder da Organização das Nações Unidas) e a vitória cultural. O que é melhor do que ver outras civilizações IMPLORANDO para serem absorvidas pela a sua?
No geral, algumas mudanças menores foram feitas para garantir o balanceamento do jogo e eliminar redundâncias - Fundamentalismo, espiões, diplomatas, caravanas... todos eliminados. Mas acreditem, eles não fazem muita falta. Os menus foram simplificados e estão muito mais intuitivos e acessíveis. Até mesmo o manual e sua tradução estão excelentes (alguns errinhos de revisão, mas com mais de 200 páginas e termos batante complicados... ninguém é perfeito, certo?).
CONSIDERAÇÕES
Se fosse preciso apontar defeitos em Civilization 3, só poderiamos apontar duas coisas: alguns dos detalhes que davam um charme visual ao jogo foram perdidos na atualização (a apresentação é sem graça, principalmente se comparada com a do original, e faz muita falta aquela tela dos cientistas apresentando suas novas descobertas científicas! Ahh... que saudade!) e algo que não necessariamente é um defeito: esse jogo vicia. Assim como seus antecessores, você promete que vai jogar "só mais um minutinho" e acaba ficando HORAS na frente do monitor tentando completar mais um objetivo... conquistar uma cidade, fazer uma descoberta científica, explorar uma parte do planeta, criar uma Maravilha do Mundo, expan.........