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Crysis Warhead

26/09/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
"Crysis" foi um dos grandes lançamentos do ano passado e mostrou ao mundo o poder da CryEngine 2, motor gráfico criado pela alemã Crytek,que ganhou fama ao criar o primeiro "Far Cry. Porém, os gráficos maravilhosos tiveram um alto custo, uma vez que o hardware necessário para fazer o jogo rodar no máximo de sua capacidade deveria ser topo de linha, algo distante da maioria dos jogadores.

Um ano depois, chega às lojas "Crysis Warhead", originalmente planejado com um pacote de expansão que se tornou um game independente, mostrando eventos paralelos aos do anterior. Além de todas as novidades que se espera de um produto do tipo, as expectativas aumentaram quando a Crytek anunciou que estava fazendo grandes otimizações no código para aliviar os requisitos de hardware, tornando-o mais acessível para mais consumidores.

Com detalhes escassos a respeito do processo, a verdade é que o jogo não ficou exatamente leve, mas teve sim melhorias significativas em todas as áreas, se mostrando um produto mais maduro e interessante que "Crysis".

Do outro lado da ilha

Os eventos de "Crysis Warhead" acontecem simultaneamente aos de seu antecessor, do outro lado da ilha próxima à Coréia do Norte, palco de uma disputa acirrada pela posse da tecnologia de uma nave alienígena caída por ali.

Enquanto Jake Dunn, ou melhor, Nomad se tornou o protagonista daquela aventura, o herói desta vez é o muito mais carismático Michael "Psycho" Sykes, um sargento britânico de temperamento explosivo que participou brevemente do anterior. Aqui, sua missão é a de rastrear um carregamento do exército norte-coreano na ilha, que pode contar uma ogiva nuclear -- justificando o novo título.

A Crytek soube explorar a personalidade de Sykes de uma maneira convincente, introduzindo cenas narrativas e alguns diálogos espirituosos, se aprofundando no relacionamento do personagem com Nomad e com seu amigo Sean, um piloto que faria parte de sua equipe se não tivesse sido reprovado nos testes. E claro, com alguém tão ansioso por ação no centro dos holofotes, o ritmo do jogo se tornou muito mais rápido, com menos exploração e mais tiroteios e explosões, com um equilíbrio eficaz.

Novos brinquedos em um novo parquinho

Embora o grande diferencial da franquia continue no uso da Nanosuit, a armadura especial que garante habilidades especiais como invisibilidade parcial, super-força ou blindagem extra, é claro que certas novidades foram adicionadas. Entre armas, por exemplo, a mais legal é o lançador de granadas, mas com certeza há muitas situações em que minas anti-tanque e as submetralhadoras vêm bem a calhar.

Ação sem igual
Há também novas áreas impressionantes, em especial a que é congelada depois de um ataque presenciado por Psycho. Ali é possível notar o quanto o pessoal da Crytek se esforçou para apresentar gráficos realmente exuberantes, com uma riqueza de detalhes imensa, como pequenas reflexões e movimentos de partículas que não existem em nenhum outro jogo da atualidade. Os outros estágios, ainda que mais tradicionais visualmente, parecem ainda mais bonitos que no original, como se o mundo fosse realmente mais vivo que o da concorrência. É uma sensação de imersão realmente superior e que contribui bastante no envolvimento - ainda que o jogo resolva acabar justamente quando você está mais empolgado.

Performance em dúvida

No que diz respeito à performance (e às promessas feitas antes do lançamento), o resultado é um pouco decepcionante. A princípio a impressão que se tem é que "Crysis Warhead" não se tornou mais leve, e sim, conseguiu ficar mais bonito utilizando os mesmos recursos de "Crysis". E o grande gargalo é a placa de vídeo, que irá definir se você realmente poderá ver toda a beleza do game.

Explicando de forma bastante simplificada, durante nos nossos testes, ambos os jogos apresentaram desempenho praticamente idêntico em resoluções mais altas, com uma placa de vídeo de ponta -- com preços que variam no mercado formal brasileiro em torno dos 1500 reais. A diferença é que "Crysis Warhead" se mostrou muito mais vivo, com texturas mais vibrantes e novos efeitos de partículas, por exemplo, no padrão Enthusiast, que é o que aplica todas as opções gráficas no máximo.

Trailer da E3 2008

A taxa de quadros caiu dramaticamente usar outra configuração e trocar a placa de vídeo por uma bem mais em conta para os padrões brasileiros, ainda que na faixa dos 600 reais. Logo foi obrigatório utilizar a segunda melhor pré-definição de gráficos, a Gamer, e ainda assim com muitos momentos de lentidão. Só em resoluções mais baixas, como as nativas de monitores de 17 polegadas e abaixo, o jogo foi se apresentar de maneira um pouco mais humilde, mas ainda assim fazendo grande uso da placa de vídeo.

Como a meta da Crytek foi fazer com que o jogo rodasse na média dos 30 quadros por segundo, muitos jogadores que curtem partidas online ficaram receosos, uma vez que uma taxa maior garante melhor precisão nos combates. E o modo multiplayer não parece ter sido tão prejudicado - se seu computador roda bem a campanha principal, deverá segurar bem a jogatina online.

Por falar nela, o modo multiplayer recebeu um tratamento especial, incluído no pacote em um segundo disco, intitulado "Crysis Wars". É uma coleção bastante robusta, com 21 mapas, e os modos de jogo introduzidos no anterior com o Power Struggle, que lembra o esquema da série "Battlefield", além de obrigatórios como Deathmatch e Team Deathmatch. O controle dos veículos foi refeito, mais precisos, e há um aparente reequilibro das armas e dos poderes da Nanosuit, que com certeza dão um toque diferenciado à ação.

CONSIDERAÇÕES

"Crysis Warhead" é uma excelente pedida para os fãs de jogos de tiro em primeira pessoa. Ainda que a campanha principal seja curta, ela é muito mais bem amarrada e envolvente do que no "Crysis" original, ainda que deixe todas as respostas para uma inevitável continuação oficial. De quebra, há ainda um segundo disco extra com um multiplayer robusto. E, mesmo não sendo milagrosamente leve como todos gostariam - inclusive os realizadores - é um produto muito bem acabado e envolvente, com um custo x benefício incrível, uma vez que tem preço sugerido de quase metade do valor do original e funciona de forma independente.

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    Crysis Warhead (Pc)

    28 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Crytek Budapest
    Lançamento: 16/09/2008
    Distribuidora: Electronic Arts
    Suporte: 1-32 jogadores, multiplayer online
    Configuração mínima: Windows XP/Vista
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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