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Dark Messiah of Might & Magic

07/12/2006

da Redação
"Might and Magic", série criada pela New World Computing em 1986, já rendeu títulos para diversas plataformas ao longo dos anos, com especial destaque para o RPG homônimo e para "Heroes of Might and Magic", jogo de estratégia em turnos. Com a falência da 3DO, então detentora da marca, a Ubisoft adquiriu os direitos sobre a franquia, por US$ 1,3 milhão, e logo colocou a mão na massa.

Sob responsabilidade da Arkane Studios, "Dark Messiah of Might and Magic" marca o retorno da saga, agora muito mais com cara de jogo de ação que de RPG - tanto é que a tecnologia gráfica Source, consagrada por "Half-Life 2", foi empregada no desenvolvimento. Mesmo assim, o game sofre com problemas de otimização e com sistemas de batalha e evolução de personagem nada empolgantes.

Truques fajutos

Você é Sareth, um jovem estudante do poderoso feiticeiro Phenrig, seu tutor, mentor e pai adotivo. Após um longo treinamento nas artes da magia e da guerra, o rapaz é enviado à cidade de Stonehelm, com a missão de ajudar outro mago, Menelag, a recuperar a Caveira das Sombras, artefato perdido há muito tempo. Claro que não demora muito para algo não sair como o esperado, e eis que surge a profecia do Messias Negro, que passa a conduzir os acontecimentos da trama.

Na aventura, logo após o tutorial você apresentando à Xana, uma espécie de guardiã de Sareth e que vive na mente do protagonista. Freqüentemente, sua voz se manifesta, na maioria das vezes para dar coordenadas e informações nos capítulos da campanha single-player, que dura cerca de 15 horas. Completa o rol feminino Leanna, sobrinha de Menelag e "affair" de Sareth.

"Dark Messiah of Might and Magic" tenta introduzir alguns elementos típicos dos jogos de interpretação de papéis, contudo, sem obter sucesso. Existem "skill points" que, de tempos em tempos, dão novas habilidades ao personagem principal, estas divididas em três categorias: combates, feitiços e variadas.

O problema é que as magias não têm nível de evolução. Por exemplo: a visão noturna, que já começa de posse do jogador, permanece com o mesmo efeito até o final do jogo - ou seja, não pode ser melhorada para durar por mais tempo. Sendo assim, não demora para os feitiços ficarem defasados.

Aliás, sequer há um critério não-linear para distribuição dos pontos, feita assim que você atinge certos trechos das fases. Em nada, então, adianta matar todos os inimigos, esforço necessário na maioria imensa dos RPGs, pois em "Dark Messiah of Might and Magic", tirando uma ou outra arma, os inimigos mortos não deixam nada, nem itens nem pontos de experiência.

Chutes e espinhos

No começo, os combates até parecem razoavelmente promissores, pelo menos se considerarmos como funcionam os confrontos mano-a-mano em games com visão em primeira pessoa. As armas passam por bastões, espadas, adagas e arco-e-flecha (tem ainda um escudo, para usar com a espada). Com o botão esquerdo, você desfere o golpe, enquanto o botão direito é para a defesa. A roda do mouse circula entre as magias, itens e armas disponíveis.

Ao segurar um pouco o botão de ataque, Sareth executa um ataque especial, que causa mais danos ao adversário. Estas ações podem ser combinadas com as setas de movimentos, criando algumas seqüências de golpes. Com a barra de adrenalina cheia, torna-se possível executar o inimigo, movimento que varia conforme o local que o golpe atinge - na cabeça, por exemplo, termina em decapitação. O jogo traz dosas generosas de sangue e até a espada fica suja conforme você dizima os oponentes.

A tecnologia gráfica Source possibilita eliminar os inimigos com a ajuda do cenário: a tecla F faz com que Sareth chute, ação útil para jogar de grandes alturas orcs, mortos-vivos e outras criaturas, empurrá-los para paredes de espinhos, jogar-lhes caixas e por aí vai. Mas, mesmo nestes casos, os eventos são todos lineares e a barra fica forçada demais.

Como a variedade de golpes e alternativas de evolução é mínima, não demora muito para que os combates fiquem maçantes e percam graça. Alguns inimigos devem ser mortos de forma distinta, como o ciclope da primeira fase, no qual Sareth precisa acertar flechas com a ajuda de uma balista. Fora os combates, as fases têm poucos quebra-cabeças, e a maioria deles consiste em chegar a determinado local, com a ajuda de plataformas ou escalando cordas. É muito pouco para manter o fôlego de "Dark Messiah of Might and Magic".

Multiplayer que vale

Curiosamente, a porção multiplayer foi desenvolvida por uma produtora diferente, a Kuju Entertainment. Ao menos, há cinco classes de personagem: arqueiro, mago, sacerdotisa, cavaleiro e assassino. E o melhor é que realmente existem diferenças de estilo entre eles: a sacerdotisa, por exemplo, é a típica unidade de suporte, capaz de ressuscitar aliados, enquanto o cavaleiro é imune à magia.

Além do feijão com arroz - leia-se deathmatch, team deathmatch e capture the flag -, há uma modalidade bastante empolgante: trata-se da Crusade, que lembra a fórmula de conquista de território popularizada pela série "Battlefield". Aqui, no entanto, humanos e mortos-vivos disputam o domínio de 5 mapas, interconectados entre si, e não somente um.

Não que "Dark Messiah of Might and Magic" valha a pena tão e somente pelo multiplayer, mas ele se destaca bem mais em relação à campanha para um jogador, transformando-se em um fator imprescindível para garantir alguma repercussão ao título.

Os gráficos são o que se poderia esperar de uma versão atualizada da tecnologia Source, com ambientes extremamente bem definidos e efeitos de física formidáveis. A maioria dos cenários é escura e as reações dos personagens, quando mortos ou caídos, são bastante convincentes. Contudo, loadings extremamente demorados e "travadas" freqüentes cortam o barato.

Tirando um ou outro diálogo repetitivo ou artificial, a trilha sonora cumpre seu papel com maestria, com muitos efeitos sonoros e aquelas músicas com melodias típicas de jogos de fantasia, realçando os momentos de ação.

Ação demais, RPG de menos

"Dark Messiah of Might and Magic" não é um game ruim, mas os problemas técnicos e, principalmente, as limitações nos combates e evolução do personagem, somadas à falta de originalidade como um todo, comprometem um jogo que, inevitavelmente, nutria expectativas razoáveis. As 15 horas da campanha single-player podem até divertir um pouco, mas é o multiplayer que acaba se sobressaindo.

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    Dark Messiah of Might & Magic (Pc)

    70 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Arkane Studios
    Lançamento: 24/10/2006
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1-32 jogadores, multiplayer online
    Configuração mínima: Pentium 4 2.6GHz ou equivalente; Windows XP; 512MB de RAM; placa aceleradora 3D com 128MB; DirectX v9.0
    Outras plataformas: X360
    RegularAvaliação:
    Regular
    DOWNLOADS
    Tamanho: 1.38GB

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