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F.E.A.R. Perseus Mandate

14/01/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Grande sensação entre os jogos de tiro, em 2005 "F.E.A.R." caiu nas graças do público e da crítica especializada por aliar gráficos de primeira linha a um enredo que misturava grandes doses de ação à altura dos clássicos do gênero. Tudo com muitos sustos e toques de terror bem ao estilo dos filmes de fantasma japoneses como "O Chamado" e "O Grito", que na época estavam no auge de sua popularidade no ocidente.

Consagrado, o jogo migrou para os consoles da nova geração e ganhou uma boa expansão, chamada "Extraction Point", que diferentemente do original, desenvolvido pela Monolith, (criadora também do engine que move os títulos da franquia), foi produzida pela TimeGate, que assina este "Perseus Mandate", uma expansão que não requer o jogo original para funcionar.

História paralela

Ao contrário da primeira expansão, que começava imediatamente a partir do final de "F.E.A.R.", este novo jogo, se é que podemos chamar assim, funciona como uma história paralela aos acontecimentos mostrados anteriormente.

Para aqueles que não se lembram, aí vai uma recapitulação dos eventos: na pele de um integrante do time F.E.A.R. (First Encounter Assault Recon), uma equipe militar especializada em eventos de origem sobrenatural que conta com o apoio da Delta Force, o jogador recebe a missão de eliminar o telepata Paxton Fettel, que invadiu as instalações da Armacham Technology Corporation (ATC) com o apoio de um exército de super-soldados clonados chamados de Replicas, controlados por ele. O lugar esconde os segredos do projeto Origin, que liga os passados de Fettel e do próprio protagonista (que também tem poderes psíquicos) a uma poderosa telepata chamada Alma, que de alguma forma exerce uma forte influência no lugar.

Depois de intenso conflito envolvendo o time F.E.A.R., os Replicas, a Delta Force e os seguranças da ATC, a trama termina de maneira aberta, mesmo com a devastadora explosão do prédio da companhia e a morte de Fettel.

Mas Alma tem seus objetivos a cumprir e, com a destruição parcial da cidade, o herói percorre os subterrâneos do metrô até chegar a um hospital, testemunhando uma série de eventos assustadores envolvendo a morte de companheiros e a volta de antigos inimigos e aliados, culminando em um apocalíptico e enigmático final mostrado em "Extraction Point". Já "Perseus Mandate" segue uma curta trama paralela, mostrando uma segunda equipe da F.E.A.R. e um novo protagonista (também anônimo e com as mesmas habilidades) com a missão de investigar um outro prédio da ATC, que virou alvo de um grupo de soldados chamados Nightcrawlers. Donos de poderes semelhantes aos dos personagens principais, eles têm o objetivo de encontrar uma amostra do DNA de Fettel para um dos responsáveis pelo programa.

Com o desenrolar da história, afetada pelos acontecimentos dos jogos anteriores que ocorrem simultaneamente, o time de heróis se depara com local onde os Replicas são criados e encontra a temível Alma, ampliando de forma interessante a mitologia da franquia, mesmo que isto acabe trazendo mais dúvidas e questionamentos do que respostas aos mistérios do enredo.

Mostrando a idade

Mesmo com o esforço de criar uma nova perspectiva ao universo de "F.E.A.R.", esta expansão acaba funcionando contra a série, em função de utilizar a mesma tecnologia gráfica, que já acumula quase três anos de idade.

Os desavisados não perceberão que se trata de um novo capítulo já que tudo parece igual: cenários urbanos, na maioria com aspecto industrial, pontuados por flashes com eventos sobrenaturais e sustos bem colocados soam exatamente como anteriormente.

Apesar das novas armas - um fuzil, uma metralhadora giratória e uma arma de raios -, os Nightcrawlers e algumas melhorias no modo multiplayer, o jogo não consegue esconder o peso do tempo, com texturas pobres e modelos simplórios para os padrões atuais. Como agravante, ele parece pesado, pouco otimizado para altas resoluções e novos componentes, principalmente se executado no Windows Vista.

O único aspecto que parece ter sido realmente aperfeiçoado é o da inteligência dos inimigos, que agora são mais agressivos, principalmente com o bom uso de seus poderes especiais, mantendo os combates bem equilibrados. Mas é um ponto positivo que brilha pouco diante de um pacote tão insosso e sem personalidade.

CONSIDERAÇÕES

"Perseus Mandate" parece uma expansão caça-níqueis do consagrado "F.E.A.R.", já que simplesmente se contenta em reciclar, sem a menor ousadia ou sinal de empenho, todos os elementos que fizeram a fama do jogo original, mas com uma tecnologia hoje defasada. É um pacote que deverá agradar apenas aos fãs da interessante, ainda que truncada, mitologia da série.

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    F.E.A.R.: Perseus Mandate (Pc)

    3 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: TimeGate Studios
    Lançamento: 06/11/2007
    Distribuidora: Vivendi Games
    Suporte: 1-16 jogadores, multiplayer online
    Configuração mínima: Pentium 1.7 GHz ou superior; 512MB de RAM (1GB para Vista); GeForce 4 TI ou ATI Radeon 9000 (GeForce 6600 ou ATI Radeon 9800 para Vista); Windows XP SP2 ou Vista
    RegularAvaliação:
    Regular

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