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Joint Task Force

06/12/2006

da Redação
O ano é 2008. Problemas políticos, pobreza, desastres industriais, superpopulação mundial e, principalmente o terrorismo, viraram o planeta do avesso, gerando uma crise sem precedentes. Você assume o papel do major O'Connel, comandante da força-tarefa que dá nome ao jogo e cuja missão, a grosso modo, é manter a ordem e a paz mundial, combatendo uma guerra que toma proporções cada vez maiores.

"Joint Task Force" seu auto-intitula um jogo de combate e estratégia em tempo real, mas, em pouco tempo, nota-se que o elemento predominante é mesmo a ação, que deixa a porção tática em segundo plano. Ao menos, diferentemente do que costuma acontecer com a maioria esmagadora de jogos do tipo, o contexto escolhido não foi a Segunda Guerra Mundial, mas sim uma versão alternativa da realidade.

As 20 fases da campanha single-player são ambientadas em 5 cenários: Somália, Bósnia, Afeganistão, Colômbia e Iraque. Embora a trama seja fictícia, há referências a acontecimentos reais e bem recentes, como o atentado de 11 de setembro de 2001, a rede terrorista Al-Qaeda etc. Nada contra games de estratégia da Segunda Guerra, mas nada como um frescor novo na abordagem, principalmente se é atual.

Imprensa marrom

Em "Joint Task Force", o microgerenciamento do seu exército é um aspecto fundamental, pois não existe coleta de recursos naturais ou construção de estruturas: o dinheiro para manter a tropa é liberado durante a missão, conforme os objetivos são cumpridos. Com ele, você adquire novas tropas que são "entregues" em poucos instantes no campo de batalha. É o comandante que compra as unidades de infantaria, enquanto os veículos pesados vêm içados por um helicóptero, adquiridos em torres de controle aéreo.

Como toda guerra moderna, a cobertura da mídia é enorme e insaciável, tanto que "flashes", mostrando cenas das reportagens, são exibidos com freqüência, em janelas que aparecem durante o jogo, imitando uma tela de TV. A opinião da imprensa e dos civis influencia diretamente na quantidade de fundos que você recebe para manter-se no front. Por isso, é bom ficar atentos às casualidades, tentando evitá-las.

As unidades abrangem o feijão-com-arroz de costume, mesmo nas especiais, como o médico e o engenheiro, que curam as tropas e consertam os veículos, respectivamente. Somados aos tanques, veículos de artilharia e antiaéreos e aos helicópteros e caças, têm-se uma combinação eficiente.

O problema é que, como "Joint Task Force" é muito mais focado na ação - do tipo, "vá até o ponto X e destrua alvo Y; depois, vá até o ponto A e destrua o alvo B" -, o ritmo dos acontecimentos é tão rápido que quase não sobra tempo para a estratégia. No máximo, é possível pausar o jogo e dar ordens às unidades, mas isso não adianta muito, no final das contas.

A inteligência artificial contribui decisivamente para o nível elevado de frustração: é preciso dar ordens básicas às unidades, que quase não possuem poder de ação e reação. Logo, é comum se deparar com parte de sua tropa dizimada, sem alarde, enquanto você dedicava atenção a outro ponto do mapa. Quando o comandante está entre as baixas, a missão acaba na hora - salvar e carregar são ações bastante freqüentes.

Destruir, destruir, destruir

Normalmente, a missão consiste simplesmente em destruir todas as forças adversárias do mapa, percorrendo-o quase que por completo. Os comandantes evoluem em nível de experiência e você pode dar-lhes novas habilidades, mas a maioria é passiva, ou seja, reforços no poder de fogo ou defesa, por exemplo. Uma variedade de ações ativas, como convocar um ataque aéreo ou lançar mão de uma bomba com alto poder de destruição, poderia acrescentar maior tempero ao jogo.

Entre um objetivo e outro, é bastante recomendável parar e recuperar unidades e veículos, com o apoio dos médicos e engenheiros. Trata-se de um procedimento comum em jogos de estratégia, mas aqui ele é feito com freqüência, e o pior: os reparos demoram um tempo desnecessário, criando um marasmo desnecessário no ritmo da ação. Como se não bastasse, algumas vezes bugs fazem com que, inexplicavelmente, os veículos andem em círculos ou até mesmo simplesmente não sigam a ordem dada.

Como o balanceamento das unidades não é dos mais elaborados - basicamente, o mais forte vence o mais fraco -, e não existem alternativas para novas abordagens no campo da batalha, a produção de unidade é altíssima e, com freqüência, estas são abatidas, sem dar ao jogador muito tempo para criar táticas. Partes do cenário, ao menos, oferecem locais onde é possível se proteger do fogo adversário ou esconder-se, tanques têm cortinas de fumaça e a infantaria outros equipamentos, como detectores de mina.

Além da campanha, o modo single-player de "Joint Task Force" traz um rápido, porém eficiente tutorial, e um modo de cenários. Bem diferente do marasmo da jogatinha solitária é o modo multiplayer, com três facções, JTF, Dictator, ou Terrorist - cada uma com seus heróis e opções de customização -, e modalidades bem originais que, ao invés de forçar um clima estratégico que o game não oferece, usufrui os bons momentos de ação.

É possível, por exemplo, regular o recebimento de dinheiro durante o multiplayer, o que muda o clima do game. As zonas de combate têm bandeiras e, conforme elas são dominadas, o jogador (ou jogadores, se for em modo cooperativo) ganha mais fundos. Existem outras opções, digamos assim, mais exóticas, como a Armageddon, que determina a explosão de todos os veículos em um tempo pré-definido, deixando no campo de batalha apenas as unidades de infantaria.

Os gráficos, ao menos, estão em ótima forma, com a animações bastante coerentes. Os cenários são animados e reagem aos acontecimentos, com estruturas ruindo em explosões, cercas arrasadas pela passagem de tanques e outros detalhes que fazem a diferença. A câmera é bem fácil de movimentar e, mesmo com o nível de zoom no máximo, as texturas são agradáveis.

Na guerra, o som predominante é mesmo o dos tiros, explosões, impactos e o dos ruídos dos veículos, terrestres ou aéreos. Há muitas vozes digitalizadas, mas faltam-lhes personalidades e sobram exageros no tom, em certos momentos.

Vale o multiplayer

CONSIDERAÇÕES

"Joint Task Force" é bonito, apresenta um enredo caprichado, e tem um multiplayer muito estimulante, graças aos seus pontos criativos. Com mais recursos estratégicos e menos enfoque na ação, poderia ser um grande título, comparado ao original "Soldiers: Heroes of World War II", mas com o contexto atual no lugar da Segunda Guerra. Mas, infelizmente, o game da Most Wanted ficou pelo caminho.

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    Joint Task Force (Pc)

    69 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: HD Interactive
    Lançamento: 12/09/2006
    Distribuidora: VU Games
    Suporte: Multiplayer online
    Configuração mínima: Windows
    RegularAvaliação:
    Regular
    DOWNLOADS
    Tamanho: 445MB

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