Topo

Rift: Planes of Telara

DOUGLAS VIEIRA

Colaboração para o UOL

12/12/2011 15h31

Para quem é fã de RPGs online, “Rift” é um jogo mais do que recomendado – peca apenas nas missões paralelas, um pouco repetitivas. O sistema de “Soul” (as classes do personagem, que pode ter três “almas” ao mesmo tempo) e os “rifts” (fendas) do título, que são pequenas invasões nas quais os jogadores lutam em grupo contra ondas de inimigos, conseguem dar ao jogo uma identidade própria em meio aos tantos MMORPGs que inundam o mercado.

Introdução

“Rift” impressiona já nos primeiros minutos – desde o pequeno filme que apresenta o universo do jogo, dividido em dois grupos: os Guardians e os Defiants. A rivalidade entre facções é um conceito clichê nos RPGs online, mas "Rift" consegue desenvolver novas idéias e mecânicas inovadoras dentro do tema.

Pontos Positivos

Versatilidade das classes

Na criação e evolução de personagens, "Rift" se destaca pela versatilidade. Os arquétipos da fantasia estão lá: você pode escolher entre ser um Warrior, um Rogue, um Cleric ou um Mage. Mas em pouco tempo você percebe que o jogo tem nuances mais profundas, graças ao sistema de "Souls".

A sua primeira missão é escolher uma “Soul”, nome dado às classes do jogo. São muitas opções que garantem a oportunidade de criar guerreiros versáteis. Quer um Rogue que evolui como Ranger, mas oferece suporte de Bard e tem algum tipo de especialização com adagas? Totalmente possível.

Dentro de cada Soul há diversas habilidades, que são aprendidas conforme vocÊ investe pontos (a árvore de habilidades é dividida em duas partes, e os pontos investidos na área superior liberam técnicas que estão embaixo). Para deixá-las mais fortes é preciso pagar um treinador, que vai colocá-la em um novo nível e elevar o seu dano, duração ou outro fator que ofereça alguma vantagem durante os combates.

A maior vantagem desse sistema é permitir desenvolver personagens únicos, com habilidades e poderes que o diferenciam dos outros membros da mesma classe, criando um vínculo maior entre jogador e personagem.

Sistema de fendas

As fendas, que dão nome ao jogo, são espaços dos quais aparecem diversos monstros que precisam ser derrotados em alguns minutos - como as "dungeons" em outros RPGs.

Algumas estão próximas às cidades, outras em regiões mais afastadas, e ao passar por estes pontos os jogadores automaticamente recebem um convite para se unir aos grupos que estão nestas áreas – ou seja, você já entra nas grandes frentes de batalha, e o que é melhor, o “loot” (item derrubado pelos monstros) é dividido automaticamente entre os participantes.

Passar por essas fendas com um grupo grande é, de longe, uma das formas mais divertidas de evoluir o personagem, sem falar naquela sensação de estar dentro de batalhas épicas, como as vistas em “O Senhor dos Anéis”.

Mecânica de combos

Em "Rift" as batalhas não consistem em apenas disparar flechas ou acertar golpes de espada ou magias como um desesperado, mas em realizar combos. Diferente do que acontece em “Cabal Online”, por exemplo, aqui eles não contam acertos (“hits”).

Durante o combate é possível utilizar golpes simples e que não causam tanto dano, mas são importantes para preencher um contador, exibido ao lado do retrato do inimigo. Ao atingir pelo menos dois pontos em um máximo de cinco, o guerreiro tem a possibilidade de acionar um golpe mais forte, que realmente machuca o oponente.

Essas habilidades que gastam pontos não ficam restritas ao dano alto, e podem oferecer vantagens como causar um status negativo no oponente (como sangramento ou redução no movimento) ou permitir ao seu personagem se mover mais rápido, por exemplo. Os combos dão ao jogo um nível mais estratégico do que apenas clicar e esperar pela morte do inimigo. Não basta ter armas mais poderosas para vencer em "Rift", é preciso escolher com sabedoria quais habilidades e golpes utilizar durante o combate.

Pontos Negativos

Faltam avisos de perigo

O mundo de “Rift” é realmente grande, e você é livre para transitar dentro das regiões do jogo. Entretanto, isso tem um preço: muitas vezes vai descobrir uma região inédita, andar muito por ela e encontrar um inimigo que vai te matar com algumas pancadas. A pior parte é que, se você não quiser gastar muito dinheiro para ressuscitar, precisa levar a alma do personagem até o corpo, como em "World of Warcraft". Além de tomar um tempo considerável, muitas vezes você encontra uma pequena aglomeração de inimigos “guardando caixão”. Ou seja, vai retornar ao game já no meio de uma nova batalha. Para evitar essa pequena dor de cabeça, faltou um aviso de “área recomendada para o determinado nível”.

Nota: 9 (Excelente)