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Rise of Nations: Rise of Legends

23/06/2006

da Redação
Em 2003, "Rise of Nations" chegou às prateleiras com a promessa de reunir elementos de duas séries de estratégias famosíssimas: "Civilization", em turnos, e "Age of Empires", em tempo real. O sucesso foi imediato, é claro, pois por trás do jogo estava Brian Reynolds, que fez seu nome trabalhando ao lado de "Sid Meier", em títulos como "Civilization II" e "Alpha Centauri".

Logo, o jogo recebeu uma expansão, "Thrones & Patriots", mas a Big Huge Games percebeu que, aos fãs dos games de estratégia mais "lights" ou rápidos, a abrangência de "Rise of Nations" soava um pouco assustadora. Por isso, sem medo de mudar (e isso é admirável hoje em dia), a produtora deu a "Rise of Legends", sucessor espiritual do jogo, ares bastante novos.

"Rise of Legends" deixa pra trás todo o apuro e afinco histórico de "Rise of Nations" para colocar no campo de batalha três raças bem diferentes: Vinci, mestres da tecnologia com suas exóticas máquinas movidas a vapor; Alin, cuja temática lembra as Mil e Uma Noites, com a magia dos elementos areia, fogo e vidro; e Cuotl, os mais misteriosos da parada, remetendo diretamente aos maias e outras civilizações pré-colombianas. O palco do conflito é o mundo de Aio, em uma mistura atraente de magia e tecnologia.

História pra boi dormir

Mesmo com facções tão interessantes, infelizmente, "Rise of Legends" não apresenta uma história consistente como se poderia esperar. A campanha single-player, dividida em três atos, começa narrando a história de Giacomo, um jovem inventor que se envolve no resgate de um artefato e tem o irmão morto quando tenta recuperar o objeto. A partir de então, o que se vê é o surgimento de um mal secular, que ameaça a humanidade, algo se só uma violenta e grande batalha pode resolver.

Se a história não convence, a condução da mesma, ao longo de cenas de animação com a própria tecnologia gráfica do jogo, também não tem muita profundidade. Entre uma missão e outra, existe um mapa estratégico onde o jogador determina seu próximo passo, distribui atributos conquistados, melhora suas forças etc.

O mapa divide-se em várias regiões, algumas dominadas pelo inimigo e outras por você. É necessário tanto atacar os adversários quanto proteger os seus domínios, o que, teoricamente, dá ao jogo um ar não-linear. Teoricamente, pois na prática os movimentos são todos calculados. Atacar um território mais reforçado é praticamente suicídio - algo que o próprio jogo adverte -, então resta apenas seguir o script, em um modo de conquista convencional dos games do gênero.

Ao menos, durante o jogo, "Rise of Legends" mostra seu potencial, em um esquema mais simples que o de "Rise of Nations", mas ainda sim com muitas pesquisas e "upgrades" para fazer. Os recursos também diminuíram: agora, é preciso se preocupar somente com o wealth (riqueza), que seria o bom e velho ouro, e o timonium - os Cuotl, ao invés de wealth, dependem do recurso energy (energia).

Cada facção possui seus heróis, capazes de evoluir e aprimorar seus poderes, sempre muito importantes no campo de batalha. São poucas as construções, que servem para funções bem específicas, à medida que o progresso do jogo está ligado aos distritos, que disponibilizam novas tecnologias.

"Parla!"

Mesmo que não sejam necessariamente novidades, "Rise of Legends" traz à tona recursos bem vindos aos games de estratégia, como os danos aos edifícios, que não inutilizam as estruturas, mas diminuem sua eficiência; o desgaste das unidades quando estas se encontram em território inimigo; e, por que não citar, e não-necessidade de possuir os "famigerados" peões para construir edifícios.

O estilo de jogo é ágil, mas não necessariamente ofensivo, já que quase sempre há algum upgrade a fazer. De qualquer maneira, para aqueles que jogaram "Rise of Nations", é bom saber que é muito mais simples travar batalhas em "Rise of Legends", já que estas acontecem sem tanta cerimônia.

Na dificuldade padrão (moderada), demora algumas missões até o jogo fornecer algum desafio mais sério, pelo menos para quem já é mais experiente no gênero. A inteligência artificial não é das mais agressivas, algo que muda um pouco no modo skirmish, que conduz a ação com maior liberdade.

No multiplayer, naturalmente, a situação fica um pouco melhor, principalmente porque "Rise of Legends" traz uma ferramenta de pesquisas de adversários à altura, algo bastante útil para economizar tempo e proporcionar boas partidas online - o que, afinal, é o que todo mundo quer.

O melhor de "Rise of Legends" está mesmo é na direção de arte, não apenas pelo visual bacana, mas principalmente pelo design das unidades. No começo do jogo, cada novo personagem que fica disponível para alistamento vale uma atenção especial, seja pela maneira como se movimenta ou pelos modos de ataque. Dado o teor repetitivo que, ultimamente quase domina os games de estratégia, ter essa sensação de novidade não apenas é raro, mas também gratificante.

Com relação ao som, "Rise of Legends" é falho, não conseguindo reproduzir, principalmente nos efeitos de áudio, todas as emoções que rolam no campo de batalha. Chega a ser estranho ver uma trilha tão discreta mesmo enquanto o mundo praticamente "desaba" nos combates gigantescos, com edifícios vindo abaixo.

Relaxa e joga

Mesmo com o peso de suceder, ainda que espiritualmente, uma série tão genial quanto "Rise of Nations", dentro do que se propôs, "Rise of Legends" se saiu bem. A tática, que já foi vista com "Age of Mythology", que veio após "Age of Empires II", deu certo novamente, ainda que longe de apresentar o mesmo brilho e densidade do exemplo citado.

Contudo, "Rise of Legends" não é um game para se levar tanto a sério: conquista pelo visual e pelo clima de fantasia, proporcionando uma experiência interessante, mas nada muito significativo ou mesmo memorável. Com alguns ajustes na inteligência artificial e no enredo, o jogo chegaria um nível além.

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    Rise of Nations: Rise of Legends (Pc)

    59 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Big Huge Games
    Lançamento: 09/05/2006
    Distribuidora: Microsoft
    Suporte: 1-8 jogadores, multiplayer online
    Configuração mínima: Processador de 1.4GHz; 512MB de RAM; placa de vídeo 3D de 64MB; Windows XP
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    Tamanho: 620MB

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