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Grid 2

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

12/09/2012 19h15

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    Quatro anos depois de "Grid", a Codemasters prepara uma sequência para o jogo

É comum entre fãs de games de corrida a noção de que o gênero é dividido em duas linhas: a dos simuladores realistas, como "Gran Turismo", e a dos títulos no estilo arcade, como "Need for Speed". Mas há um meio termo, ocupado por jogos como "Project Gotham Racing" e "Race Driver: Grid".

"Grid 2" segue a mesma linha de seu predecessor, misturando até certo nível a ação frenética de um "Ridge Racer" aos carros menos surrealmente acrobáticos de "Forza Motorsport". O resultado, promete seu produtor executivo Clive Moody, é um game que se diferenciará da concorrência - e justificará o intervalo de 4 anos entre o "Grid" original e sua sequência.

Omissão de opções

A grande aposta do time de desenvolvimento da Codemasters com "Grid 2" é a completa ausência de opções de personalização para o manuseio dos carros. Na busca de um sistema único que não aliene nenhum jogador e coloque todos no mesmo patamar em competições, a produtora inventou uma tecnologia batizada de TrueFeel.

Trata-se do fruto de meses de simulações feitas com todos os veículos disponíveis no jogo em sua poderosa nova engine de física. Em entrevista ao site Eurogamer, o idealizador do sistema, Tim Dearing, disse que, com ele, "os jogadores serão capazes de dirigir sem problemas após algumas voltas, mas ainda terão muito a aprender para aperfeiçoar sua técnica".

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    "Grid 2" usa a versão mais avançada da Ego Engine, motor gráfico de "Dirt" e "F1 2012"

Mesmo sem opções de personalização, o game é capaz de oferecer experiências bem distintas na direção para cada um de seus carros. A prova disso está em demonstrações já feitas pelos desenvolvedores. Em uma delas, uma Mercedes SL65 AMG parecia contornar curvas com grande facilidade. Enquanto isso, em outra, um modelo recente do Shelby Mustang demonstrava seu peso, tendo mais dificuldades na hora de fechar um arco.

A busca por um equilíbrio na direção parece ter influenciado a produtora britânica em uma decisão polêmica: a remoção da visão interna do cockpit, marca registrada de títulos como "Dirt" e mesmo do "Grid" original. Segundo a Codemasters, poucos jogadores utilizavam de fato essa opção de câmera.

A produtora garante que investirá o tempo e os recursos economizados com essa escolha para aprimorar ainda mais os gráficos do game, com texturas metálicas e efeitos de iluminação impressionantes.

ASSISTA AO TRAILER DE ANÚNCIO DE "GRID 2"

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Dois jogos em um

Diferente do que fazem jogos como "Need for Speed: Most Wanted", "Grid 2" terá uma completa segregação entre seus modos de campanha e multiplayer. O progresso em um não afetará o outro, já que eles serão estruturados de maneiras bem distintas.

A separação do modo online demonstra certa influência da fórmula de sucesso de "Call of Duty". Na montagem de seu carro para o multiplayer, os jogadores deverão ter a mesma atenção estratégica que eles teriam na hora de selecionar suas armas para uma partida de "Modern Warfare 3".

Outra ferramenta importante para o sucesso de "Grid 2" é a rede online RaceNet. Ela permitirá visualizar estatísticas de jogo não só nos consoles e computadores, mas também através de tablets e celulares. De fato, a Codemasters sabe que precisa se esforçar para oferecer uma experiência online distinta e manter a comunidade ativa ao redor do jogo.

Com um estilo gráfico inspirado pelas obras do cineasta Michael Mann, de "Miami Vice" e "Inimigos Públicos", admite seu diretor, "Grid 2" terá corridas urbanas inspiradas em cidades reais, como Chicago e Paris, que lembram as provas do game anterior, além de disputas em estradas no deserto da Califórnia, bem ao estilo de "Need for Speed: Hot Pursuit".

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    o game não terá apenas pistas urbanas, mas também disputas nas estradas da Califórnia