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PlayStation 2

Dead to Rights II: Hell to Pay

20/04/2005

da Redação
O primeiro "Dead to Rights" estreou no Xbox em 2002 e, na época, trouxe uma dose de novidade e de desafio num jogo de ação com tiro em terceira pessoa bem ágil, sem frescuras e de alta dificuldade, do tipo que somente os mais experientes conseguiam encarar por muito tempo. Não é surpresa que a Namco reduziu bem o desafio nas posteriores versões para PlayStation 2 e GameCube. À primeira vista, o game era similar a "Max Payne", mas a mecânica de jogo era bastante diferente.

A segunda versão do game chega com alguns ajustes, que contrariam a atual tendência de crescente complexidade. "Dead to Rights II", até mais que o antecessor, se atém ao tiroteio franco e simples, ainda que com algumas fases de luta corpo-a-corpo.

Um tira da pesada

Inicialmente, o game parece ser um clone de "Max Payne", com quem compartilha algumas características, mas o foco aqui certamente é outro. O desafio de "Dead to Rights" não é acertar os inimigos, já que a mira é automática, e sim escapar da saraivada de tiros, neutralizando todos no processo. O resultado é algo muito próximo de um filme policial estereotipado, com um herói durão capaz de derrubar uma organização criminosa sozinha sem perder sua pinta.

Muitas vezes, o ataque é a melhor defesa, mas o policial Jack Slate possui diversos truques que permitem ficar a salvo da chuva de chumbo grosso. Seu mais característico movimento é um salto que pode ser executado em diversas direções, ao mesmo tempo em que acerta os inimigos. Esse movimento também pode ser executado em câmera lenta, fazendo com que a precisão e o poder de ataque de Jack seja maximizado. É o famoso "bullet time", popularizado pelo filme "Matrix" e usado também em "Max Payne". Ainda que manjado, o efeito funciona tanto em eficiência quanto em plasticidade, e realmente é satisfatório observar o seu personagem matando três ou quatro inimigos num único salto.

Naturalmente, um movimento tão eficiente exige uma contrapartida: ele é limitado pelo nível de adrenalina, indicada por uma barra auxiliar que é preenchida lentamente com o tempo, matando inimigos ou sofrendo danos. A adrenalina serve também para usar outros truques de Jack, como pegar um inimigo como escudo-humano ou determinar o nível de letalidade de seu cão, Shadow. Assim como Joe Musashi de "Shadow Dancer" ou Galford de "Samurai Shodown", Jack também pode usar seu parceiro canino para ajudar no combate.

Outro ponto interessante de "Dead to Rights II" são os ataques de curta distância, escolhidos entre 13 animações bastante vistosas, que permitem matar o oponente com um só golpe ao mesmo tempo em que a barra de adrenalina é preenchida completamente. Durante a animação, os inimigos podem até acertar alguns tiros, mas, estranhamente, eles parecem perder o poder de mira. Mesmo assim, o agarrão não pode ser usado seguidamente, precisando esperar cerca de dez segundos para ser repetido.

Sessão da tarde

Os jogos do gênero são orientados para a ação, e nesse caso as armas não precisam ser recarregadas. Apesar de uma gama razoável de instrumentos de combate, muitas vezes o jogador estará usando o que estiver mais à mão, sem se preocupar com as características de cada uma delas. Além de pistolas, metralhadoras e espingardas, o policial conta com cilindros explosivos, coquetéis molotov e lança-foguetes. Por incrível que pareça, a pistola acaba sendo a arma mais eficiente do game.

Como na versão anterior, há também partes que o policial luta apenas com socos e chutes, além de algumas armas brancas. Novamente, esse modo não foi produzido com a mesma competência que a aventura principal. A mecânica se mostra fraca e sem desafio, com uma inteligência artificial ignóbil. Felizmente, essas partes foram bem enxugadas nesta segunda versão, que também eliminou por completo os minigames.

A simplicidade do game também se mostra no design das fases, totalmente linear, com indicação dos locais que podem ser acessados. O personagem até precisa pegar chaves e acionar alguns interruptores, mas nem é possível chamar isso de quebra-cabeça. O trabalho visual é competente e se encaixa no contexto do game, mas a falta de mais objetos interativos é sensível. Apenas alguns carros e barris podem ser alvos dos tiros e explodir tudo ao seu redor. Por outro lado, a trilha musical e os efeitos sonoros parecem de brinquedo, com uma qualidade vista em games de gerações anteriores. Mas, estranhamente, combinam com o clima lúdico o jogo.

Diversão descompromissada

A dificuldade permanece um pouco alta nesta versão. Mesmo no nível normal, grande parte dos jogadores verão a tela de Game Over diversas vezes até decorar a localização de todos os inimigos. A produtora Namco fez um bom trabalho de ajuste de dificuldade, provendo o jogador com um desafio de qualidade e mantendo o equilíbrio entre os diversos elementos da aventura. O seu personagem nunca possui munição ou capacidade demais, e nem adianta ficar escondido a todo instante, pois os bandidos podem usar bombas para atingi-lo.

CONSIDERAÇÕES

Sem frescuras, o game oferece ação rápida e frenética para o jogador. O problema é o volume de jogo, que dura algumas poucas horas e não recompensa você com muitos extras que façam o usuário querer jogar mais de uma vez. Infelizmente, diante de grandes produções que divertem por meses, o preço de entrada de "Dead to Rights II" é alto para sua compra - mas não para um aluguel.

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    Dead to Rights II: Hell to Pay (Playstation 2)

    74 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Namco
    Lançamento: 12/04/2005
    Distribuidora: Namco
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    RegularAvaliação:
    Regular

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