Dynasty Warriors 5

da Redação

Até o ano 2000, a Koei era mais uma daquelas softhouses especializadas em um tipo de jogo - os de estratégia, em seu caso. A sorte da empresa começou ao mudar com o lançamento de "Dynasty Warriors 2" e logo enxergou um filão lucrativo de games em que um guerreiro histórico enfrenta exércitos inteiro - exatamente como nos romances clássicos da China antiga. "Dynasty Warriors 5" vendeu centenas de milhares de cópias no Japão no seu mês de estréia - um evento longe de ser histórico.

Apesar do sistema simples e de poucas novidades, o quinto episódio ainda consegue fisgar o jogador pela adrenalina de batalhar contra uma desvantagem numérica absurda. Aliado a um enredo sólido (baseado nos clássicos romances chineses), uma galeria enorme de generais (muitos precisam ser liberados) e itens e armas especiais, o jogo consegue prender a atenção por muito tempo.

Alguém para chamar de amigo

A mecânica de jogo continua bastante simples. Primeiro, o jogador escolhe um general de uma das três forças da China antiga: Shu, Wei ou Cao. No começo, seis guerreiros de cada grupo estão disponíveis e mais personagens são liberados conforme certas condições, como terminar o modo de história, vão sendo completadas. Os controles são iguais para todos, a diferença está em suas estatísticas ou na plástica e raio de ação dos golpes de cada um.

Uma das novidades de "Dynasty Warriors 5" é a possibilidade de escolher um ajudante, em vez de ter um exército inteiro sob seu comando. São quatro deles no início da aventura, mas conforme for progredindo, serão enviados mais soldados e a escala de eficiência, naturalmente, vai subindo gradativamente. Assim como seu general, os ajudantes também ganham experiência, evoluem e tem poderes especiais. No começo eles são quase inúteis, mas um ajudante experiente consegue usar técnicas arrasadoras. Além disso, eles podem ter funções extras como dificultar a queda de moral do seu exército ou aumentar o número de itens recebidos no final da batalha.

Todos contra você

Com os pés no campo de batalha, o jogador praticamente enfrenta sozinho todo o exército inimigo. No mapa é possível ver a localização dos oponentes, assim como os generais do outro grupo. Para dar conta de tantos combates, o jogo oferece uma série de golpes. O mais básico é o ataque com o botão quadrado. Com ele é possível fazer combos; a seqüência máxima é definida pela arma, que varia entre quatro a seis. Nesse último caso, o combo pode ser esticado até nove contagens, se a barra especial Musou estiver completa.

Os golpes carregados (Charge) são mais poderosos e derrubam quem for pego por eles. Esse ataque pode ser usado sozinho ou encaixado dentro de um combo; dependendo do estágio da seqüência o movimento varia. Se usado em pleno salto, cada guerreiro ativa um golpe aéreo característico. À medida que seu general acerta inimigos ou toma pancada, uma barra auxiliar, a de Musou, vai sendo completada. Uma vez cheio, o personagem estará pronto para ativar um ataque devastador. Esse golpe pode ser usado a qualquer hora, mesmo depois de um ataque Charge ou mesmo quando estiver sendo atacado. O poder do ataque aumenta se sua vida estiver baixa; nessa situação a barra Musou se enche com o tempo.

Ajuda animal

No começo dos combates, o seu general está a pé, mas não demora a encontrar algum inimigo montado num cavalo. O animal pode ser usado pelo personagem, o que confere um ganho de mobilidade e, para muitos, poder ofensivo. Apesar de o controle do eqüino estar melhor nesta versão, ainda não é perfeito, mas o ganho de permormance compensa o sacrifício.

Outra novidade de "Dynasty Warriors 5" é um item capaz de domar tigres. Essas feras são invencíveis e representam grande ajuda nas batalhas, e podem ser levados para o campo de combate junto com os assistentes. Alguns oponentes também usam o mesmo truque e, nesse caso, é preciso derrotar o domador para se livrar dos poderosos felinos.

Ataque dos clones

A qualidade geral dos gráficos é bastante satisfatória, tendo na simplicidade do cenário o seu ponto fraco. Os modelos dos personagens principais são detalhados e coloridos, um traço típico da série. Mas "Dynasty Warriors 5" surpreende mesmo pela quantidade de inimigos na tela. São pelo menos 20 guerreiros se mexendo ao mesmo tempo sem queda de velocidade. Sim, muitas vezes inimigos somem e aparecem do nada, mas no meio da confusão quase não é possível notar o truque.

A inteligência artificial dos soldados comuns parecem ser controlados por uma única programação, seguindo rotas que lembram o comportamento de um cardume de peixes. Além disso, todos têm exatamente a mesma aparência, mas provavelmente ninguém vai ligar para um figurante que vai morrer com dois ou três golpes.

Naturalmente, os líderes são diferenciados, tanto pela modelagem exclusiva ou pelo nome que aparecem perto da barra de energia. Derrotá-los faz que pontos estratégicos troquem de mãos ou o moral dos inimigos baixem - afinal, o que inspira mais medo do que ver seu general morrer na frente de seus olhos? Existe um pouco de estratégia no meio da ação desenfreada: tomar certas barreiras ou derrotar os líderes certos faz com a batalha seja vencida com mais facilidade. O jogador tem que ficar de olho também no seu comandante, visto que sua morte acarreta no fim de jogo.

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