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PlayStation 2

Beyond Good & Evil

22/12/2003

da Redação
Videogames são constantemente alvo de críticas por serem exageradamente violentos e se preocuparem apenas em suprir divertimento imediato, sem conter o mesmo apelo artístico que um filme. O criador de "Rayman", Michel Ancel, desmente essa tese e cria um jogo que, apesar de sua simplicidade, pode ser considerado revolucionário.

A pequena órfã

"Beyond Good & Evil" conta a história de Jade, uma jovem repórter do planeta Hyllis. A garota perdeu seus pais quando era jovem e foi criada por um tio adotivo: um porco humanóide chamado Pey'j. Juntos, eles cuidam de um farol que serve de orfanato para crianças que perderam seus pais na guerra contra os DoMz, invasores alienígenas de origem incerta.

O parágrafo acima pode não parecer fora do comum para um jogo de videogame, mas a maneira como é apresentado, é. Jade não é uma heroína que depende de dotes físicos para atrair o público masculino nem conta com superpoderes. Sim, ela conta com uma personalidade forte e um grande senso de justiça, mas sua humanidade (aliada a uma apresentação cinematográfica muito emocional) a torna um dos mais interessantes personagens em um videogame em anos.

Ação e emoção

A trama do jogo é igualmente elaborada. Seguindo uma mecânica remanescente de "Zelda" (mas não descaradamente copiada como em "Starfox Adventures"), Jade acaba se envolvendo com uma organização supostamente terrorista conhecida como IRIS. Esses repórteres do submundo querem provar que a Alpha Section, o braço militar que diz defender o planeta Hyllis dos DoMz, não passam de fantoches nas mãos do alienígenas. A heroína é recrutada para provar isso - mas não matando os oponentes. Ela deve fotografar provas que revelem os verdadeiros objetivos da Alpha Section.

Apesar de conter muita ação, essa aproximação não-violenta para a solução da crise é algo que deveria ser louvado, especialmente em uma época em que jogos eletrônicos parecem cada vez mais depender de violência apelativa. Jade precisará usar de força em vários momentos, mas muitos problemas serão resolvidos com furtividade (no melhor estilo "Metal Gear") e com a cabeça na resolução de quebra-cabeças. Ela contará também com alguns ajudantes no decorrer da aventura, que poderão emprestar suas habilidades, mas devem ser defendidos em todos os momentos.

Viagem inesquecível

Assim como a Hyrule de "Zelda", a Hyllis de "Beyond Good & Evil" é um universo alternativo completo, com suas próprias cidades, tecnologias, flora e fauna. Uma das missões paralelas do game é tirar fotos de cada criatura desse mundo para um banco de dados ecológico. E com uma apresentação gráfica invejável e trilha sonora emocionante, o título de Ancel não deve nada.

CONSIDERAÇÕES

Não existe razão nenhuma para não jogar "Beyond Good & Evil", que além de ser um dos mais divertidos e criativos jogos dos últimos tempos, é uma prova que não é preciso adicionar baldes de sangue para se criar um game de sucesso. O único defeito que pode ser citado é que depois de deixar você apaixonado pelo mundo e seus habitantes, a aventura parece acabar muito rápido. Mas não deixe isso desanimá-lo - você não vai se arrepender.

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    Beyond Good & Evil (Playstation 2)

    45 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Ubisoft
    Lançamento: 11/11/2003
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: PS3 X360
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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