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Medal of Honor: European Assault

15/06/2005

da Redação
Depois de uma temporada no oriente, a série "Medal of Honor" volta à Europa para combater o nazismo e sua influência. A franquia retorna um pouco às origens, colocando um personagem da OSS, Office of Strategic Service, a primeira agência de inteligência dos EUA e embrião da CIA. Ele é William Holt.

O episódio anterior, "Rising Sun", que foca as batalhas do Pacífico da 2ª Guerra Mundial, não foi bem recebido, apesar de, estranhamente, ter sido a melhor vendagem da série no Japão. "Pacific Assault", para PC, se saiu melhor, mas também longe de empolgar. O resultado é que grande parte dos elementos que não funcionaram nos antecessores foi prontamente eliminada, e o resultado é uma nova cara à série.

Uma viagem ao Velho Continente

A mudança mais marcante de "European Assault" é a construção das fases, muito mais abertas. Tradicionalmente, a série possui um sistema mais linear, isto é, o jogador tem um caminho quase único para chegar ao final do estágio, como se estivesse acompanhando uma trilha. Mas no atual jogo, os mapas são abertos e o usuário pode ir para qualquer lugar. Para terminar as fases, basta cumprir uma série de missões básicas.

Como os cenários são mais abertos, é necessário fazer uma exploração para achar a localidade dos objetivos. Além das missões primárias, há uma série de objetivos secundários que só são revelados ao chegar em determinados locais. Chegando nesses lugares, o jogador recebe instruções de como proceder para cumprir as missões especiais, cujo destino passa a constar no mapa. Realizar esses objetivos secundários garante uma melhor qualificação das medalhas que dão nome à série.

Com isso, "Medal of Honor" ganha um forte contorno de adventure, mas sem perder sua qualidade como jogo de tiro em primeira pessoa. Nesse quesito, o título praticamente obriga o jogador a lutar entrincheirado, já que o combate corra-e-atire praticamente não funciona. Sendo assim, o modo de mira precisa será bastante requisitado. Ele permite que o personagem consiga mirar com bastante eficiência, ao mesmo tempo em que se pode movimentar o suficiente para se esconder atrás de engradados, por exemplo.

As armas são recriações de armamentos da Segunda Guerra, como a famosa M1 Garand. Há também modelos MP40 e SMG, fora a artilharia mais pesada, como a bazuca. Essa última também serve para destruir alguns elementos do cenário e, assim, liberar novos caminhos nos mapas.

Irmãos em armas

Adaptando-se aos novos tempos, "European Assault" coloca três soldados para ajudar o protagonista, mas não espere um trabalho de equipe do nível de um "Full Spectrum Warrior" ou um "Brothers in Arms". Os comandos de grupo são simples, apenas o absolutamente necessário para que se tenha algum controle. De modo geral, eles atuam por conta própria, seguindo William Holt, e atirando nos inimigos que aparecerem.

Eles possuem energia, mas o jogador pode curá-los usando os kits de primeiros socorros. Cada soldado vivo ao término da missão garante um kit a mais no início da próxima fase. Esse é um detalhe importante, pois os itens que sobrarem da fase anterior não podem ser levados para frente.

Ao invés de um sistema de save points no meio da fase, a produção incluiu itens que fazem ressuscitar seu personagem, caso ele perca toda a energia durante os combates. Esse sistema faz parte do nível de dificuldade, já que sua abundância varia conforme a opção escolhida. Geralmente, realizando as missões secundárias, libera-se mais desses itens.

Existe também um elemento mais arcade. Quase todos os mapas se escondem uma espécie de chefe de fase, um soldado alemão de alta patente, que são tratados como objetivo secundário. Naturalmente, eles possuem alta resistência e poder de fogo. O outro elemento é uma barra de adrenalina que, se cheia, permite acionar um modo de invencibilidade e de munição infinita, além de deixar a ação lenta, resumindo, um "bullet time". Uma pena que a festa dure apenas alguns segundos.

Flagelos da Segunda Guerra Mundial

No modo de um jogador existe, ao todo, onze fases, divididas em quatro campanhas: St. Nazaire, na França; África do Norte; Rússia; e Bulge, na Alemanha. Apesar de os mapas serem relativamente extensos, com vários objetivos não-obrigatórios bem escondidos que convidam para um replay, "European Assault" não é um jogo muito comprido. Cumprindo somente os objetivos básicos, o game pode ser completado em 5 ou 6 horas, em média. O modo multiplayer com tela dividida, também não é o suficiente para prolongar muito a vida útil do título. E, seja qual for a plataforma, não há modo online.

O quesito de maior inconsistência é o visual do game. Os gráficos são melhores que os de "Rising Sun", mas mesmo assim continuam um pouco abaixo dos padrões do mercado. Os cenários são bem variados e reproduzem as características de cada lugar, como o deserto da África ou a cidade de Bulge. Os modelos das armas também estão bem reproduzidos, apesar das texturas serem um tanto grosseiras. O maior problema são os modelos humanos, bem genéricos, sem muita expressividade ou detalhes mais aparentes.

Apesar do mapa extenso, não há nenhum sinal de carregamento de dados aparente. Mas, pelo jeito, faltou memória para incluir a tela de mapas e de objetivos, fazendo uma pequena carga de dados ao acessar e sair dessas telas. Os cenários são bastante ricos, apesar de a qualidade das texturas não ser das melhores. Talvez por isso, ou pela extensão do mapa, a taxa de quadros é um pouco baixa, apesar de estável.

Os controles são os padrões de um jogo de tiro em primeira pessoa e funcionam bem. Um dos poucos problemas está na hora de usar o botão de ação, que é sensível ao contexto. Com o botão pode-se chutar uma granada, colocar bombas em locais determinados e encher a energia de seus companheiros. Mas, geralmente, o botão é utilizado para recarregar a arma e, em situações específicas, pode fazer com que encha a energia do soldado sem o querer. Apesar de pouco comum, trata-se de uma falha que incomoda quando acontece.

Medalha ao mérito

A inteligência artificial, ponto positivo da série, está bastante convincente. Os inimigos continuam chutando granadas, fazendo formações, escondendo em obstáculos e jogando bombas se você estiver muito escondido. E eles não hesitam em concentrar fogo em você se estiver desprotegido. Como dito, a tática corra-e-atire não funciona muito bem aqui. Os seus companheiros, em tese, têm a mesma inteligência, mas dão a impressão que são mais "burros" que os oponentes.

A parte sonora mantém o brilho da franquia. A trilha de estilo épico, apesar de batido, continua funcionando como nunca. E o barulho das explosões, tiros e os gritos dos soldados tentam colocar o jogador no clima da Segunda Guerra. Se uma granada explode perto de você, ficará com uma surdez e uma sensação de apito por algum tempo. As narrações e dublagens também cumprem seu papel, mesclando cenas reais e fictícias.

CONSIDERAÇÕES

"Medal of Honor: European Assault" dá um gás à série incorporando novos elementos. Os mapas abertos, que convidam à exploração, se encaixam melhor no enredo da OSS, com missões de sabotagem, resgate e espionagem. Os objetivos são variados e mescla com grande acerto os elementos de tiro, exploração e até uma ação mais desenfreada com a introdução da adrenalina. Infelizmente, todas essas boas idéias duram apenas onze mapas, que podem ser esmiuçados em menos de 10 horas por jogadores experientes. Mas a diversão é alta enquanto dura.

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    Medal of Honor: European Assault (Playstation 2)

    22 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Electronic Arts
    Lançamento: 06/06/2005
    Distribuidora: Electronic Arts
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: GC XB
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