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PlayStation 2

The Sims 2

11/11/2005

da Redação
Não é raro ouvir questionamentos a respeito do sucesso de "The Sims", vindos normalmente de jogadores mais experientes que questionam o aspecto enjoativo ou "bobinho" da série. O fato é que o best-seller criado por Will Wright, desde a sua concepção, voltou-se ao público casual. Em outras palavras, aquela sua irmãzinha, que nunca deu bola para game nenhum, adora "The Sims".

Por essa razão, em seis anos a série tornou-se a mais vendida de todos os tempos no PC, recebendo um sem-número de expansões e, então, quebrando as barreiras do mouse e teclado e migrando em versões para videogames, inclusive os portáteis. Com "The Sims 2", foi necessário pouco mais de um ano, mas agora os proprietários de GameCube, Xbox ou PlayStation 2 já podem experimentar o título.

No PC, "The Sims 2" voltou verdadeiramente revigorado, não apenas pela novíssima tecnologia gráfica em 3D que faz com que nos sintamos dentro de um seriado televisivo, mas também pelo sistema de transmissão de carga genética, criando verdadeiras árvores genealógicas de Sims. Isso sem falar no ciclo de vida dividido em várias etapas, nas aspirações etc etc etc.

Desencanto

Nos consoles, a carruagem se transformou em abóbora. Não que jogar "The Sims 2" no joystick seja uma experiência ruim, mas está longe do encanto proporcionado pelo jogo nos computadores - o "Sims Mode", com uma jogabilidade mais livre, seria o mais próximo disso, mas ainda sim sem tanto brilho.

Mas é no "Story Mode" que se concentra a maior parte da experiência com "The Sims 2" para os videogames. Porém, logo início se percebe como são limitadas as opções de customização dos personagens, uma vez que já são oferecidas versões prontas dos Sims e apenas no decorrer do game é que se consegue promover algumas modificações.

Escolhido um nome, aparência física, signo e aspiração para o Sim, imediatamente o jogador é atirado em uma casa, que divide com outros Sims controlados por inteligência artificial, ali devendo cumprir uma série de objetivos, que variam justamente de acordo com a aspiração selecionada - são cinco delas: romance, dinheiro, conhecimento, popularidade e criatividade.

Na prática, ironicamente o "Story Mode" de história mesmo não tem quase nada. Não demora muito tempo e logo o jogador se vê naquela repetitiva roda-viva de ir ao banheiro, fazer o jantar, socializar, dormir, acordar, ir ao banheiro, comer, trabalhar, socializar... Tudo para ganhar pontos e dinheiro, que servem para comprar objetos bacanas que farão as barrinhas do Sim ficarem cheias mais facilmente.

Não que "The Sims 2" seja de todo tão enfadonho. Na verdade, o sistema de aspirações, assim como no PC, ajuda a variar um pouco as coisas. Então, se você tiver escolhido romance, por exemplo, terá que rebolar para conseguir pegar todas as moçoilas (ou moçoilos) da vizinhança, enquanto os que tiverem optado pela aspiração dinheiro terão que suar para obter promoções no trabalho.

Naturalmente, tudo tem o seu lado bom e o seu lado ruim: se o seu Sim garanhão levar um "fora" de uma pretendente, por exemplo, perderá pontos de aspiração e, acredite, muitas experiências negativas desse naipe não são nada boas, já que os seres virtuais têm especial aversão ao fracasso e à rejeição. O mesmo vale para o Sim com aspiração para o trabalho que, eventualmente, for demitido.

De qualquer forma, ao menos o jogador não poderá se queixar quanto a não ter nada para fazer, já que o game mantém vários objetivos simultâneos e tão logo você cumpra algum, outro já aparece no lugar. Caso você dê conta de vários deles em intervalos curtos de tempo, seu Sim entra em modo "ouro" ou "platina", colocando em evidência suas habilidades. É possível também visitar diferentes locais pela vizinhança mas, curiosamente, estes têm quantidade menor de Sims se compararmos com versões anteriores.

Limitações

A movimentação dos Sims lembra muito um jogo de ação em terceira pessoa. Na versão para PlayStation 2, a alavanca analógica esquerda movimenta o personagem, enquanto a direita controla a câmera e o zoom. Com o direcional, navega-se pelas ações e menus, e os botões selecionam (ou cancelam) as opções desejadas. Em suma, um sistema funcional e de fácil adaptação.

Contudo, não é apenas a movimentação que faz "The Sims 2" parecer um game de ação em terceira pessoa: a inteligência artificial, como era de se esperar, tem qualidade um tanto inferior se comparada a do PC, o que torna a jogabilidade muito previsível e limitada. Com isso, o jogo corre o sério risco de entediar rapidamente - muito mais que no PC, pode apostar: "faça amizade com o Sim X", "beije o Sim Y", "faça suas necessidades no banheiro", "pule na cama elástica"... até onde (e quando) isso é divertido?

E, nesse ponto, vale relembrar: estamos falando de um modo "Story", que não tem mesmo um enredo. Se você for o tipo de jogador fanático por destravar itens e opções de customização dos Sims, pode até gostar da fórmula. Do contrário, o potencial de divertimento de "The Sims 2" fica seriamente comprometido em questão de poucas horas.

O modo Freeplay dá a impressão de ir por um caminho diferente, mas não passa mesmo de uma impressão. Embora você possa construir sua bela casinha e personalizar família, mais hora menos hora acaba-se caindo no mesmo esquema do Story.

Mas nem tudo é má notícia: apenas com "The Sims 2" você poderá demonstrar suas habilidades culinárias, graças a um sistema que permite escolher os ingredientes de sua refeição. Além disso, o Sim pode utilizar em suas experiências de mestre-cuca ingredientes e vegetais que encontrar pelo jogo. Treinando a habilidade na cozinha, até poções mágicas de efeitos variados podem ser preparadas. Ok, não é nada revolucionário, mas não deixa de ser uma novidade.

Outro recurso que pode valer a pena fica é o suporte para dois jogadores via tela dividida, contrariando um pouco o estigma que "The Sims" carrega de "jogo solitário" - ainda mais depois da mal-sucedida experiência com "The Sims Online" nos computadores. No PlayStation 2 ainda é possível tirar fotos com a câmera EyeToy e importá-las para dentro do game.

Graficamente, "The Sims 2" se sai bem. Mesmo no final do ciclo de vida dos consoles, o visual traz novos efeitos visuais e texturas melhoradas para cenários e Sims, com aquele clima descontraído e cheio de cores vivas conhecido da série. Os objetos também foram modelados na medida certa, o que o jogador pode conferir facilmente através do zoom.

A trilha sonora mantém a variedade também conhecida por quem joga a série, misturando vários ritmos e resultando até em algumas melodias exóticas. O idioma, como não poderia deixar de ser, é o bom e velho Simlish.

Fica pra próxima

Definitivamente, "The Sims 2" não ficou tão bacana nos consoles quanto no PC. Talvez até valha a pena para os fãs inveterados da série da Maxis. Do contrário, a probabilidade de se frustrar rapidamente com a repetição e as limitações já expostas do título é bastante alta.

CONSIDERAÇÕES

Se a experimentação com "The Urbz", comparado ao "The Sims" original, deu certo, infelizmente o mesmo não pode ser dito agora, pois a conversão das novidades de "The Sims 2" para computador se perdeu quase que totalmente no GameCube, PlayStation 2 e Xbox. E aí temos praticamente um retrocesso.

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    The Sims 2 (Playstation 2)

    36 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Maxis
    Lançamento: 24/10/2005
    Distribuidora: Electronic Arts
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: DS PSP GB GC XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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