TMNT: Smash Up!

CLAUDIO PRANDONI
Da Redação

Tartarugas se pegam nos tapas

As Tartarugas Ninja completaram recentemente aniversário de 25 anos de existência. "TMNT: Smash Up!" faz parte das comemorações pela ocasião e pretendia trazer alta qualidade e um retorno das tartarugas à glória da época em que os títulos de ação produzidos pela Konami faziam sucesso nos fliperamas.

Produzido pela mesma equipe da GameArts que colaborou também em "Super Smash Bros. Brawl", "Smash Up" apresenta o mesmo estilo de pancadaria com gráficos tridimensionais e mecânica 2D em cenários interativos e salpicados de itens. Para completar, uma ampla seleção de personagens e minigames para brincar, além de um robusto modo online. Ou ao menos essas eram todas as promessas da Ubisoft.

Falta de originalidade

"Smash Up" cumpre de maneira meramente burocrática o que foi prometido. De fato, alguns elementos são tão simplórios que fica difícil acreditar que é um jogo produzido por parte da mesma equipe de "Smash Bros. Brawl" e ainda lançado mais de um ano e meio após o título de luta da Nintendo.

Cenários destrutivos

A mecânica replica com exatidão "Brawl". Ou quase, já que falta o refino e agilidade das pelejas entre mascotes. A movimentação das tartarugas e outros personagens é lenta, os golpes pouco eficientes e diversos entre si e a interação com o cenário rasa. De fato, muita coisa acontece nas arenas, porém tudo parece ser sempre obra do acaso, dificilmente se consegue usar as armadilhas intencionalmente, como "Smash Bros." incentiva.

A lista de personagens não impressiona e até as roupas alternativas trazem poucas surpresas. "Smash Up" cobre bem o elenco recorrente do universo das tartarugas, mas não mostra esforço em inovar como a Ubisoft tanto prometeu.

Fora das lutas em sim, há um linear modo de história e uma infinidade de minigames. Muitos copiam fórmulas de "Smash Bros." - como percorrer um traçado escalando plataformas ou seguindo em frente desviando de obstáculos - mas de maneira geral também carecem da polidez vista no game de lutas da Nintendo.

Uma poucas características divertidas e originais é o sistema de montar troféus dos personagens, que exige participar de um minigame de tiro ao alvo que faz uso da função ponteiro do Wii e consiste em coletar partes para depois montar as estatuetas como quiser. Como é de se esperar, boa parte dos joguinhos oferece opção multiplayer, assim como as lutas, que permitem até quatro pessoas simultaneamente.

Personagens diversos na pancadaria

Por fim, o modo online flui de maneira razoavelmente confiável (que parece ser o máximo possível por meio do sistema Nintendo WiFi Connection). Gráficos e parte sonora não comprometem, exceção feita às animações dos personagens, um bocado simples. Fosse apenas pela modelagem de heróis, cenários e efeitos especiais o game fica um pouco abaixo de medalhões - a exemplo do próprio "Brawl".

A edição PlayStation 2 difere apenas no ponto de que conta com menos fases, personagens (os malucos coelhos Rabbids, de "Rayman", por exemplo, não aparecem) e também ausência de modos online.