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PlayStation 3

MAG

12/02/2010

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Anunciado com muita pompa, "MAG" é a grande aposta da Sony e de sua subsidiária Zipper Interactive (mesma da série "SOCOM") em tomar parte do público do fenômeno "Call of Duty". O novo game de tiro em primeira pessoa inova por suportar um número absurdo de jogadores online por partida e por oferecer uma comunidade virtual permanente, como nos RPGs sem limites de usuários. Intenções bacanas, com certeza, mas que nem sempre garantem uma experiência memorável.

Campo de batalha permanente

Sem nenhum tipo de campanha ou treinamento offline, "MAG" requer conexão com internet para tudo. É preciso logar e escolher uma de três facções para abrigar seu personagem. O universo do jogo se passa em um futuro dominado por exércitos privados que disputam jogos de guerra obscuros e o desempenho no campo de batalha assegura contratos que dão pequenos bônus para integrantes.

As armas e configurações são bem parecidas entre os tais exércitos e cabe ao jogador escolher aquele que mais te agrada. No início todos parecem idênticos, mas em pontos mais avançados é possível notar a supremacia da facção S.V.E.R. diante da Valor e Raven, o que indica falta de balanceamento dos exércitos ou no sistema de pareamento de jogadores. Independente da razão, nunca houve demora para entrar no campo de batalha.

No lobby, é possível escolher o modo de partida, configurar equipamentos e ainda distribuir pontos entre diversas habilidades, estes adquiridos de acordo com a promoção de seu soldado. É mais ou menos o esquema de "Modern Warfare", em que cada morte e vitória contam pontos de experiência para subir de nível. A customização leva a utilizar melhor certos tipos de armas, diminuir danos de quedas, curar aliados e outras vantagens. É o que prende a atenção e alimenta a vontade de continuar jogando no fim das contas.

Modos de jogo

Além do treinamento básico, "MAG" oferece outros quatro modos de batalha. O inicial é o Supression, que funciona como um Team Deathmach dentro de seu próprio exército. É uma competição para dois times de até 32 soldados cada que serve como aperitivo para o que vem a seguir. De cara os jogadores casuais terão o choque de passar mais tempo mortos do vivos. O jogo é daqueles que não perdem tempo com longas trocas de tiros e seus combatentes caem após receber poucos disparos. Contra os mais experientes, de avatares mais desenvolvidos, chega a ser um massacre.

Ao ganhar mais níveis, outros modos são liberados. No Sabotage e Acquisition (este para 128 pessoas) é preciso cumprir objetivos de destruição e roubo de veículos em mapas maiores. Neles o jogo começa realmente a pedir cooperação entre os seus usuários, o que nem sempre ocorre da maneira esperada. Não é incomum ver grupos de jogadores ignorarem objetivos para caçar algozes ou simplesmente acampar em um ponto específico do mapa para ganhar uns pontinhos extras pelas mortes. Com isso, muitas batalhas perdem a razão de existir e se tornam enfadonhas.

No modo final, "Domination", 256 usuários entram em batalha pela supremacia e a confusão persiste. Não por culpa do número impressionante, já que não se trata de uma batalha massiva de soldados amontoados como na cena inicial de "O Resgate do Soldado Ryan". O jogo divide os soldados em pelotões e nomeia um veterano para ser líder, capaz de estipular os objetivos e acionar ataques especiais. O problema é que, mesmo com um bônus para aqueles que ficam próximo do comandante, muitas das disputas pareceram dispersas e com focos de combate desconexos e pequenos, que não passam a sensação de grande escala proposto pelo projeto.

A bagunça é causada certamente pelos jogadores, mas a culpa é do design, que não é intuitivo, não parece agrupar usuários com mesmo grau de habilidade e não consegue premiar efetivamente a boa performance, improviso e habilidades pessoais como deveria. Com certeza algumas partidas são muito divertidas quando seu time acaba trabalhando bem, mas muitas vezes tudo parece aleatório demais. A vontade de ser grande atrapalha.

A performance do jogo é satisfatória e os desenvolvedores estão agindo depressa no lançamento de atualizações para corrigir bugs que deixaram passar durante os testes beta. Há ainda alguns comportamentos estranhos, como a vez em que alguns usuários passaram voando por nosso caminho, mas são raras as bizarrices. Gráficos e sons são adequados, mas não especialmente bonitos ou marcantes, com um design bastante genérico e frio que atrapalha os iniciantes a identificar corretamente seus inimigos. A pouca quantidade de mapas - são 9 apenas - também não parece ideal.

CONSIDERAÇÕES

"MAG" é um jogo online de tiro em primeira pessoa que tem como grande diferencial o suporte a combates gigantescos para até 256 jogadores simultâneos. Na prática não espere ver combates com tanta gente assim amontoada, já que o título divide os participantes em pelotões que nem sempre sabem o que fazer devido um design pouco intuitivo e sem personalidade. A mecânica funciona bem e diverte os veteranos do gênero que conseguem se virar para trabalhar em equipe, mas os jogadores casuais sofrerão um bocado até entender tudo. As ambições foram grandes, mas a falta de conteúdo e refinamento tornam o game um produtor menor.

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    MAG (Playstation 3)

    imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Zipper Interactive
    Lançamento: 26/01/2010
    Distribuidora: SCEA
    Suporte: Até 256 jogadores
    RegularAvaliação:
    Regular

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