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PlayStation 3

The Beatles: Rock Band

11/09/2009

FABIO PANCHERI
Da Redação
Reviva grandes sucessos dos Beatles
"Hello Goodbye". Depois de um ano de expectativas, menção a jogo do ano sem sequer ter sido lançado e até aparições de Paul McCartney e Ringo Star em evento de game para reforçar a divulgação, tocar "Twist And Shout", "Come Together", "Day Tripper", "Back in the U.S.S.R." e "Lucy in the Sky With Diamonds" em sua guitarra de plástico é realidade. Diga alô a "The Beatles: Rock Band" e adeus à espera.

Além da guitarra, outros instrumentos completam a banda: baixo, bateria e microfone. Não é uma revolução. Trata-se da fórmula criada pelo primeiro "Rock Band" (2007), jogo que virou mania, promoveu uma reviravolta no mercado musical e segue popular e forte nos dias de hoje com canções novas disponíveis para download a cada semana. Diferente de outros extras, as músicas dos "Beatles" não se misturam com o acervo já lançado para "Rock Band", mas o game aceita acessórios de outros títulos musicais. Microfone de "Guitar Hero" serve e você precisará de três.

Beatles para uma nova geração

Questões de royalties a parte, "The Beatles: Rock Band" ser um jogo independente faz todo sentido. Não somente pelo que o quarteto representa na música, mas pela oportunidade de recriar a trajetória da banda. Videogame ainda é uma forma de entretenimento predominante entre o público jovem. Tirando exceções, na geração atual o conhecimento da "beatlemania" vem através dos pais, alguma música usada na trilha sonora de filme ou até mesmo comercial de TV.

Comercial mostra Abbey Road
No modo história, a viagem começa em 1963, com a apresentação no Cavern Club até a última aparição pública do Beatles, no telhado da gravadora Apple, em 1969. A trajetória é recriada com exatidão, seja com a introdução original de Ed Sullivan para "I Want to Hold Your Hand" ou nas gravações no estúdio Abbey Road. Cada passagem de era é acompanhada por um vídeo de animação impecável e o jogador coleciona fotos históricas do quarteto conforme o desempenho. Como alerta o manual, a equipe de produção tomou pequenas liberdades para garantir que todos da banda tomem parte em cada canção. Na gravação original, por exemplo, John Lennon não grita no começo de "Revolution". Ninguém ficará ofendido por isso.

Uma novidade em "The Beatles: Rock Band" é que até três pessoas podem cantar simultaneamente. Se você é daqueles que toca "Mr. Crowley", do Ozzy Osbourne, no expert ao mesmo tempo em que soluciona um cubo mágico pode tentar cantar e tocar guitarra ao mesmo tempo, mas a diversão mesmo é reunir seis pessoas: três vocalistas, um guitarrista, outra no baixo e um último músico na bateria. Não será uma reprodução fiel do quarteto de Liverpool, mas, novamente, ninguém irá reclamar.

Fiel na medida do possível

Salvo estas pequenas alterações para agregar valor à mecânica de jogo, o compromisso com a fidelidade retirou algumas das boas sacadas de "Rock Band". Nada de batucar à vontade para ativar o bônus da bateria ou sessões finais nas quais cada músico pode improvisar. As músicas são e devem ser tocadas como foram lançadas originalmente.

"Octopu's Garden" com guitarra e baixo
A rigidez do modo história também cobra o seu preço. Em "Rock Band" músicas baixadas na loja virtual se integram naturalmente ao modo história, mas em "Beatles" isto não acontece. O jogo vem com 45 faixas, todas disponíveis para sua banda se divertir no "free play". E novas serão lançadas para download, mas elas não se misturam ao modo que reproduz a trajetória da banda. Triste, mas compreensível. Imagino quantas reuniões e discussões não devem ter prescindindo o desenvolvimento de "The Beatles: Rock Band" para definir o que se pode ou não fazer.

Seja como for, se sua música preferida não está presente no playlist inicial, fique tranquilo que um dia estará. "Eleanor Rigby" e "Let It Be" não têm data, mas "All You Need is Love" já pode ser baixada ao preço de dois dólares. Por ora, exclusivo para o Xbox 360 e com toda a renda destinada ao projeto "Médicos Sem Fronteiras", que tem como objetivo ajudar pessoas ao redor do mundo oferecendo assistência médica mesmo nos locais mais isolados.

Quero jogar. Como faço?

A brincadeira começou com "Guitar Hero", em 2005. Uma empresa chamada Harmonix teve a ideia de simular a sensação de tocar uma guitarra no PlayStation 2 e transformou o controle do videogame numa réplica da Gibson SG. Sucesso de vendas, "Guitar Hero" ganhou continuação e versões para todos os consoles. Não contentes, e em uma nova empresa, os criadores resolveram dar um passo além adicionando uma segunda guitarra para ser usada como baixo, bateria e microfone: nascia "Rock Band".

Para quem acompanha as franquias "Guitar Hero" ou "Rock Band", comprar passagem para o submarino amarelo será menos doloroso para o bolso. Toda a parafernália lançada para os games anteriores funcionam em "The Beatles: Rock Band". Até mesmo os microfones sem fio de "Lips", jogo de karaokê do Xbox 360, têm suporte garantido. Se o barulho do "Beatles" chamou a atenção, mas tudo isso é novidade para você, prepare a carteira.

Redação UOL testa o game
Você precisará de um Xbox 360, Playstation 3 ou Wii, cujos preços variam entre 250 a 350 dólares nos EUA. Também terá de comprar o pacote completo de "Beatles", que custa cerca de 250 dólares e inclui uma guitarra, uma bateria e um microfone. Enfim, faltará ainda uma segunda guitarra e dois microfones. Uma sugestão é comprar "Lips", para Xbox 360, ou "SingStar", para Playstation. Ambos acompanham dois microfones e você fica com o jogo de karaokê. Mais 50 dólares. E o baixo? Tanto "Guitar Hero", como "Rock Band" tem versão jogo com o instrumento ao preço médio de 90 dólares.

Fez a conta? Dá mais ou menos US$ 700. Isso, claro, se você estiver na terra do Tio Sam. No Brasil, com todos os impostos devidamente recolhidos, a conta passa fácil de R$ 5.000. É mais negócio comprar uma passagem para Miami e trazer o jogo na bagagem do que comprar no Brasil. Sem exageros. UOL Jogos fez a pesquisa com agências de viagem.

Claro, há a opção de comprar somente o jogo e ir adquirindo instrumentos avulsos com o tempo. Tocar sozinho, no entanto, não tem a mesma graça de reunir todos os amigos para uma jogatina.

CONSIDERAÇÕES

Da abertura ao "The End", "Beatles: Rock Band" é um jogo bem acabado. Cada uma das 45 faixas tem sua própria animação, o modo história faz um bom trabalho em ilustrar a trajetória do quarteto para uma nova geração e não há o que discutir sobre as músicas. A queixa vai para a falta de integração do conteúdo adicional com a estrutura base do game. "Love Me Do" e "Hey Jude" não fazem parte da história dos Beatles? O modo principal causa um grande impacto inicial, mas tende a cair no esquecimento à medida que a discografia do grupo ficar disponível para download. É só um detalhe. O "free play" garante horas e horas de excelente entretenimento. Entre começar com "Guitar Hero", "Rock Band" tradicional ou "Beatles", eu escolheria este último.

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    The Beatles: Rock Band (Playstation 3)

    66 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Harmonix
    Lançamento: 09/09/2009
    Distribuidora: MTV Games
    Suporte: 1-4 jogadores, multiplayer online
    Outras plataformas: WII X360
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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