The Sims 3

RODRIGO GUERRA
Colaboração para o UOL

"The Sims 3" chegou ao mercado em junho de 2009 e imediatamente se tornou um sucesso de crítica e de público. A série idealizada por Will Wright acompanhou bem a mudança dos tempos, se tornando mais ágil e amigável para os usuários. Agora a equipe da Electronic Arts surpreende ao conseguir fazer com que este jogo típico de computadores se encaixe em um controle com duas alavancas analógicas e um número muito menor de botões.

O game, assim como toda a série, é focado em viver vidas virtuais inteiras e das mais diversas. Com "The Sims 3" é possível ser um astro do rock, um cientista de sucesso ou até um criminoso. Todas as decisões do jogador afetam aquela vida virtual, cheia de personalidade, anseios e sonhos.

Construa de tudo em "The Sims 3"

Algumas perdas na versão para consoles são notáveis, como uma comunidade mais ampla e ativa, a quantidade de itens disponíveis para download, entre outras. Por outro lado, os ganhos são muitos e bem-vindos. O jogo está mais voltado para as realizações pessoais dos Sims em uma progressão mais linear do que é visto no PC. O jogador pode realizar desejos dos personagens, ganhar bonificações e depois conferir tudo o que foi feito em uma lista de desafios.

Mas a maior diferença entre "The Sims 3" de PC e dos videogames está no novo sistema de carma. Ao fazer qualquer tipo de progresso, como aprender uma nova habilidade ou ser promovido, o jogador vai ganhando pontos de carma. Esses pontos podem ser usados para dar bonificações aos personagens, como satisfazer todas as suas necessidades ou ganhar na loteria. Mas usar esse sistema em demasia pode trazer consequências ruins, como ter um péssimo dia no trabalho e ser demitido ou acabar com todos os encanamentos da casa destruídos por um terremoto no meio da noite.

O grande irmão

Ficar no controle de uma pessoa é fácil e divertido, mas controlar os personagens em tarefas triviais pode ser entediante. Pensando nisso a EA resolveu dar vida própria para cada uma das almas virtuais do jogo. Quando o Sim se sente só, ele vai parar alguém próximo e puxar uma conversa, se tiver fome vai passar na geladeira e fazer um lanchinho. O jogador pode ficar só olhando o que acontece em seu dia a dia, como se fosse um reality show.

Trailer de lançamento de "The Sims 3"

Mas ao tomar as rédeas daquela vida nas mãos é possível sentir que tudo é bem melhor elaborado e orgânico. Ao simples toque de um botão é possível ver o que está deixando o personagem feliz ou triste e assim resolver o problema, seja limpando o fogão ou colocando o lixo pra fora da varanda de casa. Porém, selecionar itens não é tão simples quanto simplesmente apontar com o mouse e pode ser incômodo. Construir casas e objetos também é complicado, mas após se acostumar com os controles, isso deixa de ser um problema.

Por "The Sims 3" estar rodando em um videogame da geração atual, era de se esperar mais do visual, mas as texturas estão em baixa definição e existem diversos problemas de colisão herdados do PC. O som também veio diretamente dos computadores e a música repetitiva irrita um pouco. Ao menos os Sims continuam falando engraçadas baboseiras em Simlish, o que é uma das marcas registradas da série.