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PlayStation 3

Warhawk

07/09/2007

FABIO PANCHERI
Da Redação
Um headset em cada PlayStation 3. Ao invés de agregar valor à embalagem com jogos que nem sempre são do gosto do comprador, a Sony deveria transformar o acessório de comunicação como item de série do console. Minha primeira experiência na PlayStation Network, a rede online da Sony, foi em "Formula One Championship Edition". Após segurar a terceira colocação durante quatro voltas, um astuto adversário deu um "chega pra lá" no meu carro no 'S' do Senna jogando-o para a caixa de brita. Imediatamente veio ao sangue aquela inevitável vontade de... bem, digamos "elogiar" a estratégia. Nos consoles online, headset não deve ser chamado de acessório, mas de necessidade.

"Warhawk" é a primeira grande razão para conectar o PlayStation 3 à internet. Não pode ser chamado de continuação do sucesso de 1995 para PSOne, mas aproveita dos elementos de simulação e fantasia para criar um ambiente de batalha exclusivamente online que se estende tanto no céu como em terra. A embalagem, que custa U$ 60 - preço usual dos lançamentos do console -, acompanha um livro de instruções, 'making of' em vídeo e um headset sem fio. Mas não espere que a comunicação por voz seja padrão no jogo, pois muitos optaram em baixar "Warhawk" diretamente na PlayStation Network, com um desconto de U$ 20.

Ainda bem!

"Warhawk" fez parte da controversa apresentação do PlayStation 3 da E3 2005, na qual a Sony mostrou exemplos maravilhosos do que seria seu console de nova geração. Na ocasião, um vídeo mostrava soldados vasculhando uma caverna enquanto no céu absolutamente milhares de aeronaves se preparavam para o combate. A produtora Incognito só voltou a mostrar "Warhawk" um ano depois, novamente na E3, numa demonstração sofrível do sensor de movimentos do controle do PS3, o Sixaxis, e com uma ou outra nave inimiga aqui ou ali. Nos meses seguintes, rumores sugeriam que a produção passava por problemas, o que foi confirmado posteriormente com que a notícia de que "Warhawk" seria só multiplayer, com venda online e em disco.

Uma bomba no alvo certo! Como jogo de ação para um jogador, possivelmente seria mais um entre tantas boas opções do gênero ou nem isso. Ao optar em polir o multiplayer ao máximo, PlayStation 3 ganhou um excelente jogo de combate: ele é rápido, dinâmico e lembra em muitos momentos a popular franquia "Battlefield". Ao invés de nações conhecidas, entram em cena os Eucadians e os Chernovans, ou os exércitos azul e vermelho como são identificados no campo de batalha.

Seja qual for a preferência, os armamentos são bem equilibrados. Além dos convencionais - como pistolas, granadas e metralhadora -, tanques, jeeps e as aeronaves que dão nome ao game se juntam à ação. Tudo é muito caótico e rápido e com 32 combatentes num mesmo mapa - máximo tolerado - morrer faz parte mesmo para os experientes. Tanques detonam facilmente as infantarias, mas são vulneráveis ao lançador de foguetes e lança-chamas. Veículos transportam seu time de uma ponta à outra do mapa em questão de minutos e de quebra podem derrubar um Warhawk com sua metralhadora, mas não se este o vir primeiro. Enfim, espere muita, mas muita ação.

"Keep Walking"

Há duas maneiras de controlar os Warhawks. Eles podem voar como um caça, em alta velocidade, ou como um helicóptero, podendo planar para mirar alvos terrestres. Ao se deparar com um Warhawk pelo mapa e inevitável o impulso de subir a bordo e testar o bicho. Seja com os controles convencionais ou com sensor de movimento do Sixaxis, essas aeronaves são fáceis de manobrar. Mas a segunda opção exige um pouco de prática, principalmente porque enquanto jogador está tirando o brevê, outro está atirando na sua cauda. "Warhawk" não tem tutorial, bots ou qualquer opção de jogar sozinho. O melhor para treinar é tentar fechar uma sala com senha só entre amigos ou multiplayer local de até quatro pessoas com tela dividida.

Uma vez acostumado, jogador pode tentar controles mais avançados e a sorte nas salas exclusivas de "dog-fight", que são praticamente um jogo dentro do jogo. O "avançado" não implica uma curva de aprendizado alta. Pensado para grandes audiências, mira automática nas metralhadoras é bem liberal. E mesmo as armas que não têm esse recurso, como o lançador de foguetes, têm ajuda para encontrar o destino: basta manter o botão de tiro pressionado e soltar uma vez que o inimigo estiver na mira. O recurso também vale para as armas secundárias do Warhawk. Como sugere aquele slogan: o segredo é continuar andando. A morte espreita os parados.

As modalidades são as conhecidas do gênero: o mata-mata individual ou em times, capture a bandeira e "Zone", cujo objetivo é dominar uma área do mapa. Por falar em campos de batalha, eles são somente cinco e ajustam-se em tamanho conforme o número de participantes. Ao menos, os mapas são bem distintos passando por um deserto, canyon, uma cidade em ruínas e um grupo de ilhas que exigem o uso do Warhawk. Ou seja, cada qual induz a uma estratégia específica. Qualidade da conexão pode variar conforme o tipo de sala - oficial, criada pelo jogador ou ponto a ponto -, mas muito pouco. No geral, as partidas fluem suavemente, como já pode ser observado no beta.

Guerra, sombra e humor

Visualmente, "Warhawk" transmite aquele sensação de nova geração com nuvens volumétricas e bons efeitos de luz. É gratificante ficar admirando a paisagem ao voar pelos cenários, mas como se trata de um jogo de guerra, não espere que os inimigos sejam complacentes com a sua intenção. Estilizados, os gráficos não apelam para o realismo, o que pode ser notado principalmente nos soldados das infantarias. Eles são meio desajeitados, mas não entenda isso como mal-acabados. Esse ar cômico até que casa bem com o frenesi dos combates. "Warhawk" é só em terceira pessoa, com a câmera bem acima do ombro do seu avatar.

O conjunto sonoro não é espetacular, mas cumpre bem o seu papel. Há uma música que ajuda dar um clima de épico na abertura e em momentos importantes da ação. Quem acopla o videogame a um sistema de som digital ouvirá o som dos Warhawks passando ou sobrevoando pela cabeça. Efeitos de explosões e tiros também fazem bom uso do recurso. Jogador tem a opção de silenciar qualquer voz inconveniente, mas pelo pouco falatório, nota-se que muitos optaram pela versão online, mais barata e sem o headset. Uma pena. Se dispensável no mata-mata individual, fica impossível coordenar qualquer estratégia quando jogado em times. Além disso, tirar uma casquinha do adversário faz parte da diversão.

Menus são simples e diretos. "Warhawk" não usa sistema de lobby comum em videogames. Como nos jogos para PC, navega-se por uma lista de servidores, alguns oficiais, que valem méritos, e os criados por jogadores. Faltam opções de filtro que ajudariam a eliminar mapas ou modalidades que não são a cara do jogador - algo que pode ser adicionado numa futura atualização, mas até lá é preciso paciência. O jogo oferece também uma modesta ferramenta de clãs, que organiza os ícones de sua lista de amigos, e claro, uma página de ranking, com as suas proezas e as dos jogadores da elite de "Warhawk".

CONSIDERAÇÕES

Um dos menos cotados do ano entre os jogos exclusivos para o PlayStation 3, "Warhawk" passou a perna em muita promessa. A ação alucinada casada com os veículos e mapas generosos, uma inspiração de "Battelfield", encontrou lugar certo na PlayStation Network. Fãs devem se alistar sem medo e o estilo descomplicado com visual agradável funciona bem para atrair curiosos e excluídos do gênero. Alguns mapas a mais e um polimento nas ferramentas de busca e estaria perfeito. Para quem for entrar nesta guerra, vale a pena gastar 20 dólares a mais e pegar a versão em disco com headset. Mesmo que a idéia não seja fazer carreira dentro de "Warhawk", é um investimento básico para quem deseja aproveitar o máximo dos jogos online.

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    Warhawk (Playstation 3)

    167 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Incognito
    Lançamento: 09/10/2007
    Distribuidora: Sony
    Suporte: 2-32 jogadores, cartão de memória, PlayStation Network
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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