Parasite Eve: The Third Birthday

da Redação

Na década de 90, o mercado literário japonês foi inundado por obras de horror e ficção científica inspiradas em thrillers médicos de autores ocidentais como Michael Crichton e Robin Cook. Ali surgiram grandes sucessos como "The Ring", de Koji Suzuki, que serviu como base para vários derivados como os filmes que por aqui são conhecidos como "O Chamado", e "Parasite Eve", de Hideaki Sena, que seguiu pelo mesmo caminho.

Com a migração para outras mídias, várias liberdades foram tomadas em relação ao conteúdo original dos livros, deixando as histórias mais próximas do sobrenatural e da ação, com a ciência em segundo plano. A Square foi uma que utilizou de tal artifício para adaptar o romance de Sena em dois jogos de grande sucesso para o antigo Playstation One, "Parasite Eve", em 1998, e "Parasite Eve 2", em 2000, que sabiamente continham um ritmo bem mais acelerado que o do texto original, no estilo "survival horror" que estava na moda na época.

Com a saturação do mercado, a série de jogos foi abandonada pela casa de "Final Fantasy", mas como uma boa marca nunca fica enterrada por muito tempo na indústria dos jogos, a empresa resolveu ressuscitar a franquia em um título exclusivo para PSP, batizado de "The 3rd Birthday".

Tanto a história quanto a mecânica parecem se distanciar dos jogos anteriores, colocando a heroína Aya Brea em uma aventura aparentemente sem ligações com a mitologia principal e com um foco principal nos tiroteios, com uma câmera ainda em terceira pessoa.

A Square-Enix tentou manter segredo total em torno do novo enredo e mecânica até o lançamento, mas a história coloca Aya atendendo a uma chamada de emergência feita pela agência anti-terrorismo dos EUA, sinalizando para uma epidemia em Nova York. Tal fenômeno parece ser causado pelo aparecimento de um monstro apelidado de Twisted, que também parece ser resultado de uma mutação mitocondriana, a mesma que garante os poderes da protagonista.