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Sem interesse das produtoras, diretor desiste de filme baseado em "Bioshock"

do Gamehall

16/02/2011 16h17

Os fãs de "Bioshock" vão ficar tristes por saber que o projeto de legar o game para o cinema foi por água abaixo. Segundo o diretor do filme, Gore Verbinski (de "Os Piratas do Caribe"), disse que um dos motivos foi a falta de interesse das produtoras devido a alta classificação etária do longa baseado no jogo de tiro em primeira pessoa do 2K.

Segundo Verbinski, ele não abriu mão de fazer um filme com uma visão "realmente assustadora", mas esbarrou nos interesses comerciais das possíveis produtoras, que desejavam um público mais amplo para o longa. "Eu não consegui encontrar alguém realmente interessada em bancar um filme com classificação 'R' (para maiores de 17 anos). Além disso, eu também não estava interessado em fazer uma versão do filme para menores de 13 anos", explica.

Verbinski se mostrou bastante desapontado, pois realmente acreditava que o universo de "Bioshock" renderia um bom filme de suspense "Little sisters, injeções e todas aquelas coisas são para maiores de 17 anos. Eu queria fazer um filme que, após quatro dias, a pessoa continuasse tremendo e dizendo 'Jesus Cristo!'. Este é um filme que prometia ser muito, muito assustador, mas teríamos que criar um mundo subaquático, e o custo para isso é muito alto. Eu simplesmente não consegui encontrar alguém disposto a bancar a produção", disse.

Finalizando, Verbinski ainda complementa que "Bioshock" teria tudo a ver com o cinema 3D. "Seria um grande filme em 3D. Eu adoraria entrar no mundo do jogo com um óculos. E penso que, no geral, o jogo é perfeito para a técnica.", comentou.

Se nos filmes, "Bioshock" parece não sair do papel, nos games, a produção da série continua em alta. Programado para o ano de 2012, "Bioshock Infinite" é o próximo jogo baseado na franquia e é previsto para as plataformas PC, PlayStation 3 e Xbox 360.

Admirável mundo novo

"BioShock", ambientado na década de 1960, acontece numa cidade no fundo do mar chamada Rapture, corrompida pelo constante uso de modificadores genéticos e a tensão de seus habitantes em relação ao fundador do lugar, Andrew Ryan. O grande apelo do game se dá pelas possibilidades de melhorar seu herói com superpoderes genéticos e os constantes dilemas morais em relação a eliminar ou salvar as Little Sisters, pequenas meninas que coletam uma valiosa substância dos sobreviventes daquele caos.

O título recebeu vários títulos de jogo do ano: foi eleito nas premiações da inglesa BAFTA e da Game Critics Awards, que reúne críticos de vários veículos especializados. No prêmio da americana Academia de Artes e Ciências Interativas (AIAS, na sigla em inglês), teve 12 indicações, um recorde, das quais levou quatro prêmios, em categorias técnicas (o jogo do ano foi "Call of Duty 4").
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